Geografia Política e abordagens sobre fronteira Geografia Politica e Abordagem sobre Fronteiras

Questão 1

O espaço para Raffestin é a prisão original, ou seja, sua existência é independente da existência humana. O homem só vive se tiver inserido num espaço favorável com poucos riscos. Sem o espaço, não há vida.

O território é uma criação humana, é onde o homem se sente seguro, como por exemplo nas cidades, vilas e feudos. O território é o local da força política, das relações sócio-político-econômicas.

Questão 2

Os estados atuais utilizam a plasticidade das fronteiras a seu favor, se estiverem em boa situação, adentram no território alheio, pedindo isenção fiscal, “enviando” trabalhadores, que consomem muito nos seus locais de origem, mas que pouco consomem no território aonde trabalham, a fronteira é um local de diálogo. Porém quando a situação é desfavorável, o estado utiliza o “limite” que é preciso e que tem caráter excludente, por exemplo, taxando produtos de “fora” com altos impostos, fazendo barreiras alfandegárias fiscais (de produtos e pessoas), dificultando a entrada de todo o tipo de mercadoria nos seus limites.

Questão 3

Não. Construir muros/fronteiras, separar territórios de forma arbitrária, somente elevaria ou incitaria tensões entre as partes envolvidas. Na enorme maioria dos casos, as motivações que levariam algum país/estado a construir alguma barreira separando seu território de território(s) vizinho(s) não são puramente questões envolvendo o espaço físico, ocorre por outros motivos.

A primeira solução que poderia ser usada para resolver tais questões seria o diálogo, seria discutir/debater para encontrar soluções pacíficas. No caso de não se encontrar a resolução desses problemas de maneira pacífica, e em casos extremos como o de um conflito, os muros, na maioria dos casos, não teriam muita eficácia, devido ao forte desenvolvimento armamentício presente na atualidade.

Questão 4

A Geografia, ao tratar das fronteiras, deve lidar com fatores relacionados à globalização em um contexto geral, mas sem deixar as particularidades e os contextos locais de lado. Deve-se levar em conta as “zonas de influência” locais (um exemplo claro é a influência das metrópoles do eixo RIO-SP em território mineiro), o “sentimento” das populações locais, o contexto econômico de cada região, as suas características físicas, as suas características sócio-econômicas, possíveis tensões presentes naquelas localidades... e etc, relacionando isso aos “acontecimentos” em âmbito global, uma boa abordagem em relação às fronteiras será feita.