Geografia da Cidade de Salvador
Por: vanesrribe2 • 12/6/2018 • Resenha • 972 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
Relatório
Disciplina: Geografia da Cidade de Salvador
Docente: Clímaco Dias
Discentes: João Gabriel, Natalia P. e Vanessa Ribeiro
A atividade final da disciplina decorria de apresentações relacionadas a diversos textos, livros e artigos proposto pelo professor ou que o aluno trouxesse e tivesse haver com a disciplina. Além dessas apresentações o aluno, a dupla ou o grupo deveria fazer um relatório referente a sua apresentação.
Nosso grupo escolheu o livro de Jânio Santos, Cidade poli(multi)nucleada, a reestruturação do espaço urbano em Salvador, utilizando a apresentação dos capítulos 2 e 3. O primeiro capítulo é referente às mudanças dos centros da cidade de Salvador e de sua infraestrutura, já o capitulo três é referente a implantação dos shopping centers na cidade e como isso afeta a infraestrutura e desenvolvimento das centralidades da cidade.
Para o capitulo dois, todos os caminhos levavam ao centro de Salvador, Jânio inicia apresentando todos os processos de estruturação e reestruturação das cidades de modo geral, ampliando as explicações, principalmente para as cidades fundadas na época da colônia, e que tiveram uma organização parecida de algum modo. Chamando atenção para Salvador, Jânio articula a compreensão sobre as alterações do âmbito urbano a partir dessa época, com uma série de processos e formas herdadas e adaptadas para o favorecimento da reprodução socioeconômica, visando principalmente o escoamento do capital produzido. Desse modo é analisado detalhadamente o processo de produção do espaço urbano em Salvador relacionando-os aos nexos que influenciaram tal organização estrutural
explicação em relação a alguns conceitos que serão importantes para entender o capitulo. Ele então fala sobre espaço urbano “[...] o conceito de espaço urbano, enquanto uma organização da sociedade, torna-se superado, principalmente, porque passa-se a analisa-la como um produto social.” Sendo assim como entender que o sujeito que produz a cidade, temos então um sujeito que tem papel ativo. Ele ainda fala sobre “Carlos acrescenta a noção do espaço como meio ...”; Jânio escreve o seguinte “A crescente saída da classe abastada do centro, a partir da metade do século XIX, marcou também o inicio do processo de segregação socioespacial.”
Ele nos chama a atenção como a alta migração para Salvador e seu entorno tem haver com o processo crescente de industrialização da Bahia, junto com a falta de políticas públicas para permanência do pequeno produtor no campo. O autor mostra como entre as décadas de 50 e 80 houve grande crescimento populacional de Salvador. A criação do plano diretor da cidade pela CPUCS, esse plano diretor tinha como um dos objetivos principais a implantação das “avenidas de fundo dos vales”; e criação de novas áreas centrais na cidade. Essas avenidas provocaram mudanças na expansão do tecido urbano, foram construídas no intuito de valorizar novas áreas. Essas novas áreas foram alvo de vários conflitos de interesse.
Jânio fala ainda sobre a LOUOS: Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de Salvador, são elementos que norteariam o planejamento urbano da cidade, a zoneação das áreas. Ele vai mostrar como o espaço urbano, segue o que Marx e Engels dizem, e é um produto alienado pelo Estado como não produto do trabalho coletivo (Fetiche da mercadoria). Para o norte da cidade (subúrbio ferroviário e a porção do miolo central) foi “desenvolvido” para as classes mais populares. Já na margem atlântica da cidade, sentido sul-sudeste foi ocupado pelas camadas médias e altas.
O autor vai pontuar o que é centralidade, e que é entendida como produto de diferentes processos que ocorrem na cidade e suas atividades. Sendo centralidades as necessidades das cidades. Ele vai dizer que “a cidade pode ser entendida sob duas escalas, na rede urbana e no nível intraurbano. Onde o que vai diferenciar são os fluxos e como são postos, na primeira convergem, podendo ser material ou imaterial; já no segundo produzem as áreas centrais que expressarão as divisões que podem ocorrer”. O centro da cidade não é necessariamente o espaço geográfico central. É o local que reflete os interesses e os conflitos oriundos das divisões que acontecem na cidade. A centralidade urbana e como essa se reproduz está estreitamente ligada a logica do capital e do consumo.
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