Geomorfologia: Uma Atualização de Bases e Conceitos
Por: Mauricio Cescon • 29/3/2016 • Resenha • 745 Palavras (3 Páginas) • 2.390 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: GEOMORFOLOGIA
ACADEMICO: MAURICIO CESCON
Resumo:
Geomorfologia: Uma Atualização de Bases e Conceitos.
Capítulo 01: Ciência Geomorfológica
O relevo é o objeto de estudo da Geomorfologia. A Geomorfologia pode ser vista como uma ciência autônoma, pois existe um objeto bem definido e com conteúdo a ser explicado.
A partir das observações do homem, foi possível estabelecer relações entre as formas de relevo e os seus processos geradores. Essa relação é fácil de ser identificada quando vemos fenômenos causadores de grandes impactos.
Podemos considerar, também, que os processos responsáveis de transformar o relevo, também como objeto de estudo. Esses processos têm suas origens em forças endógenas e exógenas.
As várias formas de relevo são constantemente trabalhadas por processos erosivos. Esses processos, ao longo de grandes períodos de tempo, promovem a erosão das áreas elevadas e a deposição nas áreas mais baixas.
As formas de relevo possuem um comportamento dinâmico, estando sujeitas a ajustes ao longo do tempo, conforme o resultado das ações dos processos atuantes.
O contexto filosófico e religioso, vigente durante as primeiras épocas da história, influiu na forma como os fatos eram observados pelo homem. No Renascimento, foram resgatadas as obras gregas e romanas, porém pouco foi acrescentado à Geomorfologia.
Um importante nome a ser lembrado pela geomorfologia é William Morris Davis, que idealizou um ciclo geográfico, constituindo o primeiro conjunto de concepções que podia explicar a gênese das formas de relevo existentes na Terra.
A partir da segunda metade do século 20 novas perspectivas surgiram para a Geomorfologia. O desenvolvimento científico possibilitou a utilização de novos meios para trabalhos de campo e laboratórios.
Ao longo do tempo novas concepções passaram a ser formuladas ao serem absorvidos pelos estudos do relevo conceitos oriundos da teoria geral dos sistemas. As noções de sistema e de equilíbrio visto em diferentes escalas passaram a fazer parte da fundamentação de uma nova teoria: o equilíbrio dinâmico.
As maiores contribuições para o conhecimento Geomorfológico no Brasil são do século XIX através pesquisadores naturalistas e especialistas. A grande maioria era composta por estrangeiros ilustres e outros por viajantes que percorriam o mundo fazendo pesquisas.
Do inicio deste século até a década de 40, o conhecimento geomorfológico no país vinculou-se, principalmente, às primeiras gerações de geólogos brasileiros.
Do final dos anos 60 ao início dos anos 70, abriram-se novos cenários para a Geomorfologia brasileira. Começam a ser incorporados os conceitos oriundos da Teoria Geral de Sistema, e com eles, a aplicação das idéias relativas ao equilíbrio dinâmico. O elaborador e divulgador de vários trabalhos nessa linha foi Antônio Christofoletti.
No que se refere às imagens orbitais de satélite, sua utilização iniciou-se com a criação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O início e a expansão de muitos programas de pós-graduação, em Geografia e em Geologia, que, aliados a um maior intercâmbio com os principais centros mundiais, favoreceram a rápida aquisição de novas concepções e de novas tecnologias que despontam no nível internacional.
3.2. Atuais Rumos da Geomorfologia
Em linhas gerais, a Geomorfologia brasileira acompanha de perto os rumos teóricos e os caminhos de aplicação que estão sendo trilhados nos mais expressivos centros do exterior. Entretanto ocorrem defasagens decorrentes da dificuldade de acesso rápido às novas tecnologias e da falta de infra-estruturas satisfatórias, no que se refere à existência e funcionamento de estações de recolhimento sistemático de dados ambientais. Em contra partida, apresenta especificidades que lhe conferem características próprias e permitem valores que lhe qualificam.
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