Geomorfologia hídrica - Rio Embu-Guaçu
Por: fernandopimentel • 1/4/2015 • Trabalho acadêmico • 3.059 Palavras (13 Páginas) • 433 Visualizações
Sumário
Introdução
Aquisições
Preparando o Material / Reforçando a Rede / Delimitando a Bacia
Hierarquia de Drenagem
Definindo-se o rio Principal
Construindo e Interpretando o Perfil Longitudinal
Delimitando-se as Sub-bacias
Calculando-se Áreas e Perímetro
Densidade de Drenagem
Coeficiente de Manutenção
Índice de Bifurcação
Dados Fluviométricos, de Apropriação de Recursos e Cálculo do Potencial de Geração de Água da Bacia Hidrográfica
Conclusão.
Introdução
A geomorfologia hídrica é uma importante disciplina para a compreensão dos aspectos sistêmicos de uma bacia hidrográfica, pois esse conhecimento permite uma análise composta de diversos fatores naturais e antrópicos, o primeiro consiste na interpretação de aspectos geomorfológicos, climatológicos, hídricos entre outros, já as informações antrópicas possibilitam explicar alterações nos cursos dos rios, nas ocupações de encostas que levam a deslizamentos e/ou interferem diretamente no leito do rio com sistema de esgoto não tratado entre outros fatores.
Como uma disciplina rica em possibilidades de análises, o presente trabalho é apenas um primeiro olhar para a Bacia Hidrográfica do Rio Embu-Guaçu, no entanto esse ao final do trabalho foi bastante revelador da realidade presente na localidade em estudo.
Esse primeiro olhar foi feito por meio de levantamentos de dados como: Extensão do Rio Principal, Área de Bacia Principal e da Bacia de 4 ordem, Densidade de Drenagem, Índice de Bifurcação, Coeficiente de Manutenção entre outros, que serão descritos no decorrer do trabalho.
Aquisições
A análise da Bacia do Rio Embu-Guaçu inicia-se com a aquisição dos materiais necessários para interpretação dos dados existentes na Folha SF-23-Y-C-VI-3 da cidade de Embu-Guaçu.
Os materiais adquiridos estão especificados abaixo:
- Cópias coloridas em A3 da carta da bacia de Embu, adquiridas na foto copiadora da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP).
- 04 folhas de papel vegetal sendo 2 em tamanho A3 e 02 em tamanho A2, utilizadas para os rascunhos da bacia hidrográfica e do cálculo da extensão do rio principal para elaboração do perfil topográfico.
- Fita Crepe.
- Cola tipo Bastão.
- Borracha Branca.
- Lapiseira 0,7mm.
- Minas 0,07 mm nas cores: vermelho, laranja, amarelo, azul, verde e preto.
- Caneta esferográfica azul para reforço da rede de drenagem.
- Três folhas de papel A-3 milimetrado, para confecção do perfil longitudinal, para efetuar o calculo da área da bacia e sub-bacias.
- Caneta esferográfica azul para reforço da bacia hidrográfica.
- 02 folhas de papel cartão na cor preta, para elaboração da pasta para entrega do trabalho final.
- Linha verde para cálculo da extensão do rio principal da bacia, do perímetro da bacia e do cálculo da densidade de drenagem.
- Tira de papel sulfite para o cálculo e construção do perfil longitudinal.
Preparando o Material / Reforçando a Rede / Delimitando a Bacia
A segunda fase da interpretação da Bacia do Embu-Guaçu, foi a articulação e manuseio das cópias coloridas carta topográfica e montagem da mesma, para que essa facilita-se o entendimento da bacia, e por conseguinte tornar possível a elaboração das etapas seguintes.
Após a montagem da folha de Embu-Guaçu foi realizado o reforço dos cursos de água da bacia hidrográfica com a utilização de uma caneta esferográfica azul. Posteriormente delimitou-se no papel vegetal de rascunho a bacia hidrográfica do Rio Embu-Guaçu com a mina preta.
Essa primeira parte é extremamente importante, pois é a partir da mesma que todos os cálculos iram ocorrer, por isso foi necessária extrema atenção.
Hierarquia de Drenagem
A hierarquia de drenagem possibilita um melhor entendimento da bacia em estudo, pois a mesma nos da indícios para descobrirmos o rio principal.
Para sua elaboração foi necessário transpor toda a rede fluvial da bacia para a folha de papel vegetal de rascunho.
Para transpor a bacia foi utilizado o método de Arthur N. Strahler, onde o encontro de dois rios de mesma ordem, “formam”, dão origem a um rio de ordem superior, a essa análise foi acrescido método de que quando os rios de diferentes hierarquias se encontram, mantém-se a hierarquia maior.
“os menores canais, sem tributários, são considerados como de primeira ordem, estendendo-se desde a nascente até a confluência; os canais de segunda ordem surgem da confluência de dois canais de primeira ordem, e só recebem afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem surgem da confluência de dois canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e de primeira ordens; os canais de quarta ordem surgem da confluência de dois canais de terceira ordem, podendo receber tributários das ordens inferiores. E assim sucessivamente.” (CHRISTOFOLETTI, 1976, p.106 e 107).
Chritofoletti no mesmo livro afirma que a bacia é delimitada para tornar mais objetivo os estudos morfométricos, presentes nas etapas posteriores.
Segue-se a análise da bacia por meio da passagem da rede de canais, confluências, nascentes e segmentos dos rios, devidamente hierarquizados, por meio de numeração para o rascunho em papel vegetal;
• Hierarquias definidas na bacia em questão foram de 1ª (primeira), 2ª (segunda), 3ª (terceira), 4ª (quarta) e 5ª (quinta).
A hierarquização da rede de drenagem da bacia do rio Embu-Guaçu, possibilita perceber que ela possui uma configuração caracterizada como dendrítica, de acordo com a proposta desenvolvida por Christofoletti (1976). Segundo o autor as bacias dendriticas revelam um rio desenvolvido sobre estrutura litológica de resistência uniforme.
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