Leitura e interpretação de mapas

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE MAPAS E GRÁFICOS: uma estratégia na prática cartográfica

                Antonio Cláudio da Silva1

RESUMO

As Representações Gráficas, especialmente mapas e gráficos, são elementos importantes na aplicação de conteúdos geográficos, porém, por vezes constituem-se entraves à aprendizagem devido às dificuldades que os educandos enfrentam em manipular estes instrumentos. O presente artigo tem como objetivo apresentar estratégias de trabalho em Representações Gráficas visando o melhor entendimento e assimilação deste tipo de linguagem. O estudo baseou-se em pesquisa bibliográfica onde estudamos diversos autores que abordam o tema.  Temas esses ligados à utilização da linguagem cartográfica no ensino de Geografia têm sido explorados, cada vez mais, principalmente, a partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, por geógrafos brasileiros (katuta, 2002). Os pesquisadores que têm se dedicado a estudar as relações entre a Cartografia e a geografia escolar, confirmam o potencial dessa associação para a compreensão da organização espacial. Segundo eles, os mapas contribuem para a formação de um raciocínio ou consciência espacial porque permitem ao educando localizar-se, orientar-se, ler, interpretar a paisagem e espacializar ou representar análises e sínteses geográficas. O conhecimento do espaço, por sua vez, torna-se importante elemento para o exercício da cidadania. Vários autores têm se dedicado ao estudo do tema nos últimos anos, entre eles pode-se citar: Almeida & Passini (1994), Passini (1994), Castrogiovanni (1998; 2000), Le Sann (1997), Simielli (1996), Francischett (1997), Almeida (1994; 2001) e Moraes (2001).

PALAVRAS-CHAVE: Representações Gráficas. Estratégias Aplicadas. Ensino. Aprendizagem. Conteúdos Geográficos.

ABSTRACT

The Graphical Representations, especially maps and charts are important elements in the application of geographic content, but sometimes constitute barriers to learning due to the difficulties that students face in handling these instruments. This article aims to present work strategies in Graphic representations aimed at better understanding and assimilation of this kind of language. The study was based on literature where we study several authors that address. Themes those connected with the use of cartographic language in the teaching of Geography have been exploited more and more, especially from the late 1980s and early 1990s by Brazilian Geographers (katuta, 2002). Researchers who have been devoted to studying the relationship between cartography and geography school, confirm the potential of this

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1 Licenciado em História e Geografia (Universidade Vale do Acaraú) Pós-Graduado em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Faculdade da Américas UNIAMÉRICA, professor de Geografia do Ensino Médio e no INDUCENTRO.

association to understanding the spatial organization. According to them, the maps contribute to the formation of a reasoning or spatial awareness because they allow the student to locate, orient yourself, read, interpret the landscape and spatialize or represent geographic analysis and synthesis. The knowledge of space, in turn, becomes an important element for the exercise of citizenship. Several authors have been devoted to the subject of study in recent years, among them we can mention: Adams & Passini (1994), Passini (1994), Castrogiovanni (1998, 2000), Le Sann (1997), Simielli (1996) Francischett (1997), Almeida (1994; 2001) and Moraes (2001).

KEY-WORDS: Graphic Representations. Applied Strategies. Teaching-learning. Geographic Contents.

INTRODUÇÃO

Vivemos numa época onde o conhecimento técnico-científico é de suma importância o desenvolvimento do ser humano e sua vida em sociedade. Esse conhecimento é caracterizado por um conjunto de novas tecnologias e dados que perpassam os continentes, trazendo muitas transformações na sociedade. Diante da quantidade imensurável de informações que são apresentadas diariamente, em diferentes linguagens (escrita, oral, cartografada e gráfica), a geografia destaca-se como uma ciência primordial para ajudar a desvendar os atuais acontecimentos, bem como interpretar essas linguagens, favorecendo o entendimento da organização do espaço cartográfico.

As Representações Gráficas há muito tempo são usadas pela disciplina geográfica, mas nem sempre proporcionam resultados satisfatórios. Isso é decorrente, entre diversas razões, do uso de metodologias inadequadas para o ensino-aprendizagem desta disciplina. As vezes os mapas são usados para pintura ou até mesmo como meras ilustrações de um texto, deixando de ser material pedagógico. No caso dos gráficos, são pouco explorados por serem vistos como material de difícil compreensão pelos alunos.

Esses fatos demonstram certas características tradicionais desta ciência como trata as Diretrizes Curriculares do Estado do Ceará para o ensino da disciplina: “Não havia, no trabalho metodológico cartográfico, a preocupação de explicar o ordenamento territorial da sociedade” (BRASIL, 2006, p.48).

A linguagem cartográfica é um meio de comunicação relevante para diversas áreas e deve ser trabalhada na escola, conforme afirma Almeida (2003, p17): “E função da escola preparar o aluno para compreender a organização, espacial da sociedade, o que exige o conhecimento de técnicas e instrumentos necessários à representação gráfica”.

Sendo assim, o fazer pedagógico deste tema deve ser significativo, para que os alunos compreendam como nossa sociedade está espacialmente representada e organizada e, como isso pode influenciar no seu dia-a-dia.

Os alunos, em geral, demonstram defasagens na assimilação dos conteúdos da disciplina de geografia, isso se deve a muitas razões onde podemos destacar a inadequada metodologia utilizada pelo professor, a não formação do professor na área que leciona, o aluno não se vê motivado a aprender muitas vezes por não possuir um conhecimento sobre o assunto devido, dentre outros fatores. Portanto, é objetivo deste artigo apresentar as metodologias que podem ser utilizadas para que a aprendizagem ocorra de forma concreta, isto é que ela seja aplicada pelo educador e assimilada pelo educando da melhor forma possível.