Minerais E Rocaha

MINERAIS

Os minerais são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos limites, esse fato caracteriza a distinção entre minerais de composição simples, formados apenas com um único elemento químico, como o Diamante (átomos de carbono), ou por compostos químicos, como o quartzo (SiO2).

Além dessa definição, os minerais também são caracterizados pelo termo “cristalizado”, o qual denota a capacidade do arranjo atômico de se organizar e servir de base para a construção de uma rede tridimensional, tal definição também é dada por exemplo, pela forma geométrica externa assumida pelo mineral (hábito cristalino) ou pela clivagem, que é a forma como muitos minerais se quebram seguindo a direção de sua estrutura atômica.

Características assumidas por sua origem natural e inorgânica, não sintética, fazem com que tais elementos sejam classificados como minerais.

A origem dos minerais é dada a partir da combinação entre os elementos químicos e às condições físicas do ambiente durante o processo de formação, como temperatura e pressão, ocasionando a sua cristalização.

O processo de cristalização é iniciado com o surgimento de um núcleo, o qual a partir do mesmo, todo o mineral vai aderindo forma, como por exemplo, mineral originado do magma ou pela condensação de materiais rochosos vaporizados, além disso, o mineral pode sofrer recristalização, processo pelo qual o elemento sofre uma nova cristalização devido a influência da pressão ou temperatura, ou ambos fatores físicos.

Os minerais podem ser classificados sistematicamente devido a sua composição química e sua estrutura cristalina, como Silicatos (estrutura fundamental é o Silício, compondo aproximadamente 97% dos minerais da crosta terrestre) e os Não-Silicatos (não possuem Silício na sua composição).

A nomenclatura dos minerais é dada conforme as descrições estabelecidas pela Comissão de Normas Minerais e Novos Nomes de Minerais (CNMNM) da Associação Mineralógica Internacional, criada em 1956 para estabelecer parâmetros utilizados para nomear minerais.

Atualmente, os novos minerais devem apresentar em sua nomenclatura ou um nome que indique a localização geográfica de sua descoberta, como também um nome que indique uma de suas propriedades físicas, um nome indique a presença de um elemento químico predominante ou que o nome homenageia uma pessoa proeminente, além de outras definições.

A identificação de um mineral é possível a partir da análise de algumas propriedades, como, hábito cristalino, que é a forma geométrica externa, habitual, apresentada pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina, tendo como os mais comuns o laminar, o prismático, o fibroso, o acicular, o tabular e o equidimensional; a transparência, designada por apresentar minerais translúcidos, ou seja, os que absorvem a luz, ou os opacos; o brilho, definido pela quantidade de luz refletida pelo mineral, que vai de metálico (refletem cerca de 75% da luz incidente), ou opacos, o que é o caso da maioria; a cor; o traço, que é a cor obtida ao riscar o mineral em uma peça de porcelana branca, por exemplo, utilizado geralmente para minerais ferrosos (apresentam traços coloridos); dureza, é a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado, tendo como base, uma escala que vai de um a dez, onde dez apresenta maior dureza; fratura, a partir da quebra do mineral ele apresenta uma forma irregular ou conchoidal; clivagem, quebra a partir de um plano do mineral; densidade relativa, é o número que indica quantas vezes certo volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de água (a 4ºC); geminação, é basicamente o crescimento de cristais intercrescidos de maneira irregular; e propriedades elétricas e magnéticas, alguns minerais por sua composição química apresentam boa condutibilidade elétrica, como, o caso do ouro, prata e cobre.

Aplicação dos Minerais na Indústria

A Mineralogia, ciência dos minerais, relaciona-se diretamente não só com a Geologia, como também com a Física e a Química.

Os minerais podem ser agrupados com base na composição química. O grupo mais abundante é o dos silicatos (por exemplo: quartzo - SiO2). Os principais grupos não silicatos são: elementos nativos (ouro - Au), sulfetos (pirita - FeS2), óxidos (magnetita - Fe3O4), halóides (fluorita - CaF2), carbonatos (calcita - CaCO3), sulfatos (barita - BaSO4) e fosfatos (apatita - Ca5(PO4)3(F, Cl, OH)).

Os minerais são indispensáveis ao bem-estar, à saúde e ao padrão de vida do ser humano.

Alguns usos dos minerais:

• Minerais metálicos podem ser importantes para a sociedade: galena (minério de chumbo), hematita (minério de ferro), cassiterita (minério de estanho), cromita (minério de cromo).

• Minerais usados na indústria química: pirita - fornece enxofre para a fabricação do ácido sulfúrico, halita - fonte de sódio e de cloro.

• Minerais de interesse gemológico: diamante, coríndon (rubi e safira), topázio, berilo (água-marinha e esmeralda).

• Minerais usados para fabricação de fertilizantes: silvita - fonte de potássio.

• Minerais usados na construção civil: calcita - fabricação de cimentos e cal para argamassa, gipso - produção de gesso.

• Minerais usados como abrasivos: diamante, granada, coríndon.

• Minerais usados para cerâmica: argila, feldspato.

• Minerais usados nos aparelhos ópticos e científicos: quartzo, calcita.

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