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O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS METODOLOGIAS NOS ANOS FINAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Por:   •  18/9/2018  •  Artigo  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  417 Visualizações

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O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS METODOLOGIAS NOS ANOS FINAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO/ Campus Cacoal.

SILVA, Caio Vinicius Alves da[1]

SILVA, Érika Lise Buffon da[2]

SILVA, Magno Maciel da[3]

SILVEIRA, Vera Lucia Lopes[4]

Resumo: O presente artigo, elaborado por meio de análises bibliográficas, tem por objetivo elaborar uma análise sobre o ensino de geografia nas escolas brasileiras, com foco nas metodologias aplicadas nas séries finais da educação básica. Este artigo propõe métodos inovadores para o ensino da geografia escolar, comparando métodos tradicionais e métodos renovados, considerando inicialmente a crescente e visível evolução tecnológica. Objetiva-se ainda, direcionar professores e alunos à utilização de novos instrumentos e recursos como os aplicativos Google Earth e Google Maps, abrindo á novos experimentos de forma que possam criar relações comparativas para compreender o próprio espaço onde vivem.

Palavras-chave: Ensino. Evolução. Metodologia. Geografia.

Introdução

O ensino da Geografia Escolar, hoje, se descreve por diversas orientações teóricas e metodológicas no processo de ensino e aprendizagem.

A Geografia, independente de quaisquer circunstâncias, é vista hoje como uma ciência que ultrapassa seus limites conceituais e traz juntamente com esses novos conceitos, a busca pela compreensão e explicação do mundo em que vivemos, conforme surgem as necessidades (BRASIL 1998).

Sobre o ensino da geografia nos anos finais da educação básica, os PCN’s (1998, p. 30-31), descrevem:

“No Ensino Médio, o aluno deve construir competências que permitam a análise do real, revelando as causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade.  A distinção que aqui se faz é que não se deve compreender o Ensino Médio apenas dentro da ótica de simples continuação do Fundamental ou da redução de um curso de graduação. O Ensino Médio é o momento de ampliação das possibilidades de um conhecimento estruturado e mediado pela escola que conduza à autonomia necessária para o cidadão do próximo milênio. Seguindo os três princípios filosóficos da concepção curricular – princípios estéticos, políticos e éticos[...]”

Com base nas definições dos novos conceitos da geografia, é possível identificar que as metodologias necessárias para a aplicabilidade do ensino em sala de aula, também deve ser adaptada de forma interacional, tendo em vista a revolução da informação e comunicação.

Desta forma, o objetivo do artigo é elaborar uma análise por meio de pesquisas bibliográficas, sobre o ensino de geografia nas escolas brasileiras, com foco nas metodologias aplicadas nas séries finais da educação básica. Para tanto, será abordada a evolução histórica da geografia na escola brasileira, demonstrando que a mesma é alvo de mudanças constantes devido às transformações com relação à sociedade – natureza. Em metodologias aplicadas ao ensino da geografia, será feito um comparativo quanto às metodologias tradicionais e as renovadas com o objetivo de dimensionar o descompasso ocorrido pela evolução de métodos e a permanência do ensino clássico.

Portanto, a análise bibliográfica de caráter exploratório e comparativo, busca redirecionar o educador ao uso de novas ferramentas que permita maior interação entre escola e alunos, procurando neste método renovado, oferecer mais autonomia aos alunos quanto à inserção de suas experiências cotidianas sob a influência das tecnologias de informação e comunicação.  

  1. Evolução histórica da geografia na escola brasileira.

Transformações políticas, econômicas, socioculturais, enfim, esse grupo de indivíduos que vivem, por escolha, sob os princípios comuns de comunidade e coletividade, têm sofrido diversas mudanças que se espelham direta ou indiretamente, de forma expressiva na Educação (AMORIM, 2009). Desta forma, devem-se levar em consideração os conteúdos e métodos de ensino da Geografia, considerando que a mesma está focada no entendimento das necessidades das mais variadas camadas da sociedade.

Desde que se deu por ciência, na segunda metade do século XIX, sob a contribuição dos alemães Friedrich Ratzel, Karl Ritter e Alexander Von Humboldt, e dos franceses Eliseé Reclus e Vidal de La Blache, a Geografia tem sofrido constantes desenvolvimentos. Inicialmente, houve até mesmo divergências quanto à concepção da Geografia como ciência. Uns, em seus pontos de vista a defendia como ciência do Homem ou da sociedade, outros já a tratava como uma ciência dos lugares (AMORIM, 2009).

Historicamente, o ensino da geografia nas escolas brasileiras só passou a ser realidade no inicio do Século XX, de forma secundária. Ou seja, ainda não havia se difundido no âmbito acadêmico. Ainda a respeito disso é preciso considerar o que diz Amorim (2009, on-line):

“O Movimento de Renovação da Geografia no final da década de 1970 é considerado como marco inicial no Brasil, das inovações nos processos metodológicos da Geografia escolar. Mesmo com tais reformas não houve o avanço significativo que se esperava no ensino da Geografia. É fundamental, dentro do ensino de Geografia, como nos demais, reflexões sobre aspectos fundamentais do próprio ensino: objetivos, conteúdos e métodos.”

 No decorrer tempo, principalmente das últimas décadas, é possível perceber o surgimento obrigatório de se modificar as abordagens quanto ao ensino da geografia nas séries finais do ensino básico.

Santos e Moro (2007, p. 132), defende:

“[...] ensinar Geografia hoje é auxiliar o aluno a compreender o mundo em que vivemos: enfocar criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza, oportunizando aos alunos a interpretação de textos, fotos, mapas e paisagens. Entende-se que é por esse caminho que a geografia escolar vai sobrevivendo e, até mesmo, ganhando novos espaços nos melhores sistemas educacionais. Para isso, o professor necessita criar, ousar, aprender ensinando.”

Complementando o que defende Santos e Moro na citação acima, o ensino da geografia na reta final da educação básica, deve ser aprimorado com objetivo de aprofundar o conhecimento adquirido pelos alunos no ensino fundamental, preparando-os para a continuidade do aprendizado, dando foco na necessidade de compreenderem questões relacionadas a organização social e política, relações entre teoria econômica e política ambiental, podendo inclusive investigar a forma com que os moradores do próprio bairro ou cidade se organizam para busca de soluções para os problemas locais, chamando a atenção do poder público.

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