O Relatório de Estagio
Por: Rodrigo Queiroz • 13/11/2018 • Ensaio • 1.640 Palavras (7 Páginas) • 212 Visualizações
O objetivo desta prática foi a observação da turma assim como ministrar no mínimo de uma aula e relatar as minhas observações através deste relatório. Sendo assim, optei por acompanhar o professor na escola, devido a isso passei em anos diferentes e pude observar cada um deles. Desta forma meu relatório irá passar pela descrição do aporte físico da escola em geral, pela parte administrativa da escola, da minha experiência na escola, da realidade dos alunos e professores em geral e minhas conclusões.
A E.E. Maria Elba Braga onde realizei meu estagio em si não tem uma das melhores estruturas, porém também não e das piores, tem uma quadra coberta que foi obtida com uma verba que o governo liberou para as escolas com este propósito, porém a cobertura em si está terminada mas ainda falta pintar as colunas e fazer o campo embaixo pois esta somente no concreto, quando estava sendo construída o intervalo era num espaço atrás da escola que era um terreno vazio e os alunos ficavam por ali jogando bola ou correndo um atrás do outro, as salas são arejadas embora falte alguns vidros na janelas, não há goteiras, as cadeiras não estão em muito bom estado embora estejam rabiscadas estão e m condição de uso. A escola possui uma sala de vídeo onde é possível usar o Datashow. Não possui laboratório de informática. Mas em suma ela é uma boa escola enquanto estrutura física.
A parte administrativa da escola é boa os funcionários buscam ajudar sempre que possível, eles não ficam com morosidade. O diretor da escola tenta manter a escola num estado que seja bom para os alunos, sendo assim, ele tem que remover certos alunos da escola o que ele só faz quando se esgotam suas opções dentro da escola, ou seja, quando já se tentou conversar, chamar os responsáveis, suspender o aluno ou alguma outra forma de punição, mas ele não os coloca para fora da escola simplesmente, ele arruma vaga em outras escolas da redondeza para eles pois todos têm o direito de estudarem principalmente os jovens. A escola neste ano tem enfrentando uma falta de alguns professores. A vaga existe, mas o que atrasa o preenchimento desta vaga e o aparato burocrático que tem que ser seguido, o diretor não pode simplesmente falar que tem essa vaga e perguntar se alguém pretende a ocupar. Isso prejudica unicamente o aluno e o seu processo de ensino e esta falta ainda acarreta uma perda de conteúdo pois quando houver a contração ou nomeação do professor ele terá de correr com a matéria para pôr em dia ela ou sacrificar uma parte dela para cumprir o cronograma. Alguns alunos acham esta falta de professores algo boa pois eles saem mais cedo, mas há também aqueles que querem aula e chegam a pedir que outros professores da mesma matéria deem aulas para eles, pois os consideram bons ou simplesmente querem ter aula. E um fato que me chamou a atenção que nesta escola os professores não precisão ser “mandados” para a sala de aula, pois quando bate o sino eles vão sem demora o diretor ou o vice-diretor não precisa ficar falando com eles a todo momento para ir para as salas.
Nas aulas que eu acompanhei pude notar que as turmas eram bastante interessadas, claro que há conversa, mas não são de uma forma que torne a aula impraticável. Além da observação também houve uma festividade na escola, uma feijoada aberta a todos que ocorreu num sábado depois da reunião do fim do 1° bimestre. A festa é uma oportunidade de desenvolver uma interação dos professores com os pais de alunos e dos pais com a educação dos filhos. Na minha experiência como docente em algumas aulas eu não tive problemas com nenhuma das turmas, eu levei algumas atividades que eu mesmo crie a partir do meu conhecimento e que eram relevantes a matéria lecionada pelo professor, os alunos em geral gostaram das atividades, não sei precisar se era porque isso fosse algo fora da rotina padrão deles ou porque era o estagiário conduzindo a aula.
Os alunos da escola são dos bairros vizinhos a ela em sua maioria, são bairros periféricos, a realidade deles é de pobreza, alguns podem ter mais renda, mas não passam da classe média baixa. Infelizmente expostos a criminalidade das comunidades aonde vivem e, por conseguinte a drogas. Eu acompanhei o professor nas turmas de 9º ano do fundamental e 1º e 2º do ensino médio.
Alguns alunos apresentam genuíno interesse em aprender enquanto que outros estão na escola por pura obrigação e esses alunos mesmo que não intencionalmente atrapalham os outros alunos e não se pode planejar aula somente para uma minoria de alunos ou separar a turma em quem tem maior necessidade de atenção e aqueles que não. Sendo assim o professor se encontra obrigado a “nivelar por baixo” a aula pois para aquele que tem a facilidade com a matéria se sentira entediado por já dominar determinado conteúdo enquanto que aquele que não tem tanta afinidade não terá o tipo de ensino e atenção necessária para aprender o conteúdo. Além do fato de que certos alunos criam uma certeza quase que inabalável que eles não serão reprovados independente de saberem a matéria ou não ou de serem ou não frequentes as aulas, mas devemos lembra que o próprio sistema das escolas no Brasil incita o aluno a uma certa inércia, pois se for reprovado no ano regular tem a recuperação, se continuar reprovado tem um provão e ainda se mesmo assim ainda não passa tem a dependência durante o ano seguinte. Sendo assim o professor fica impossibilitado de dar uma matéria mais elabora, pois, os alunos não se darão o trabalho de aprender pois já se sentem aprovados para o próximo ano e o professor só terá mais trabalho a fazer com as tentativas de “empurrar” o aluno para o próximo ano. Não se pode esquecer também da compensação financeira que os professores recebem no fim do ano por ter aprovado uma certa quantidade de alunos, ou seja, para alguns isso é só mais um motivo para passar o aluno sem saber da matéria.
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