O gigante acordou na Ucrânia

O gigante acordou na Ucrânia

As manifestações na Ucrânia tiveram inicio depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar, em 21 de novembro de 2013, o acordo de livre-comércio e associação politica com a União Europeia (UE), dizendo que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia.

Devido a esse conflito, o país foi dividido. No leste e no sul do país, o predominante é a língua russa, onde também há a maior dependência do país. No norte e no oeste, onde o idioma mais falado é o ucraniano, essa região com idéias contrárias ao governo, é onde se concentram os principais atos de protestos.

Os três primeiros meses de conflito pioraram quando em 22 de fevereiro de 2014, o Parlamento destituiu o presidente Yanukovich e anteciparam as eleições para 25 de maio.

No dia seguinte, uma ordem de prisão contra o presidente deposto foi emitida, responsabilizando-o por assassinatos em massa de civis nas ruas durante os protestos, deixando dezenas de mortos, inclusive na capital, Kiev.

Assim, as autoridades ucranianas pediram sua extradição, um processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma pessoa condenada ou suspeita de infração criminal.

A saída de Yanukovich da presidência do país aumentou as tensões separatistas, iniciado na região da Crimeia para obter independência política, provocando uma crescente tensão militar com a Rússia, que levou o Senado a aprovar um pedido de envio de tropas feito pelo presidente Vladimir Putin. Esse movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin que recuasse as tropas na Crimeia. A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma declaração de guerra.

Em sua primeira entrevista após fazer passar as tropas, Putin afirmou que a deposição de Yanukovich foi golpe inconstitucional, ato que se opõe ou vai de encontro à constituição (reunião das leis que regem uma nação) de um país; contrário à constituição; e também disse que usará a força militar como seu último recurso, mas completou que tem a opção de fazê-lo.

O secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Jan Eliassom, alertou nesta quarta-feira (5) em Kiev sob o risco do retorno dos “fantasmas” da Guerra Fria e pediu que ucranianos e russos dialogassem para assim encontrar uma saída pacifica à crise.

Essa guerra entre russos e ucranianos vem espalhando prejuízos, aos mercados emergentes, mesmo os mais distantes, como o Brasil. As conseqüências de um possível combate, além das vidas perdidas, ultrapassam as fronteiras, pois impõem o resfriamento da atividade econômica e a fuga das capitais aos EUA, fazendo disparar o preço do petróleo. Outras conseqüências notáveis foram às principais bolsas de valores fechando no vermelho, motivadas pelo receio de um aumento da violência e da aprovação do Ocidente à nação comandada por Vladimir Putin. No pregão, a Rússia perdeu R$ 60 bilhões ao sofrer uma queda de 11,3 % nas ações, a maior caída dos últimos cinco anos. E o rublo, sua moeda nacional, se desvalorizou frente ao dólar.

Esse inicio de Revolução é um exemplo de Geoeconomia, que foi talvez o primeiro autor, Edward N. Luttwak a proclamar no ínicio da Guerra