ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA CARTOGRAFIA
Tese: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA CARTOGRAFIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elainepenha • 13/10/2014 • Tese • 483 Palavras (2 Páginas) • 2.126 Visualizações
CARTOGRAFIA
A Cartografia ocupa um lugar central no estudo de Geografia. O vocábulo cartografia advém das palavras gregas chartis (mapa) e graphein (escrita). Cartografia é a Ciência que trata da construção, utilização e estudo de mapas a partir de observações diretas ou do emprego de dados. O vocábulo foi sugerido pela primeira vez por um historiador português, Manuel Francisco Carvalhosa, o Segundo Visconde de Santarém, numa carta datada de 8 de dezembro de 1839 que foi endereçada ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen.
A Associação Cartográfica Internacional (ACI) define a Cartografia como sendo o "conjunto dos estudos e operações cientificas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração dos mapas a partir dos resultados das observações diretas ou da exploração da documentação, bem como da sua utilização".
Há diferentes ramos da Cartografia. A cartografia matemática, desenvolvida a partir do final do século XVII, trata dos aspectos matemáticos ligados à concepção e construção dos mapas. Já a cartometria trata das medições efetuadas sobre mapas: a medição de ângulos e direções, distâncias, áreas, volumes e contagem de número de objetos.
A ORIGEM E O DESENVOLVIMENTO DA CARTOGRAFIA
A confecção de mapas data de tempos pré-históricos - de uma era que antecedeu até a invenção da escrita. Mapas, cujo propósito central é o de prover a visualização de dados espaciais, foram encontrados em placas de argila sumérias e em papiros egípcios. Na Grécia antiga, Aristóteles e Hiparco produziram mapas com latitudes e longitudes; em Roma, Ptolomeu desenhou a Terra dentro de um círculo. No mundo árabe, a confecção de mapas ocorreu desde o século VII. Na China, isso ocorreu no segundo século, após a invenção do papel, que foi usado também para esse propósito.
Os comerciantes e navegadores da Antiguidade dependiam muito de mapas. Pois quanto mais longe eles viajam, maior era a probabilidade deles se perderem. Como não era possível memorizar todos os caminhos percorridos, muito menos transmiti-los para outros, a única solução era desenhá-los. De fato, com a reabertura comercial do Mar Mediterrâneo, especialmente a partir do século XI, os mapas se tornaram fundamentais.
Durante o século XIII, o horizonte geográfico dos europeus ficava restrito às imediações da Europa, ou seja, o Oriente Médio e o norte da África. Na era das grandes explorações, nos séculos XV e XVI, a confecção de mapas mais precisos e o aperfeiçoamento de instrumentos de navegação como o astrolábio e a bússola, que permitiu o desenho de diversos rumos nos mapas, tornaram possível que os navegantes europeus empreendessem viagens mais longas. A cartografia portuguesa conheceu avanços científicos significativos durante o século XV, mas foi superada, no século XVI, pela holandesa, responsável pela publicação das representações cartográficas, em razão dos baixos custos introduzidos pela moderna impressão. Os cartógrafos não apenas produziam os mapas, mas também participavam de viagens de exploração. Eles mediam terras descobertas e desenhavam nos mapas as paisagens, os povos nativos, as plantas e animais que encontravam. E assim foi se desenvolvendo a Cartografia.
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