Os Apontamentos e Abordagens Cidades Médias
Por: chokitooliveira • 12/10/2017 • Seminário • 614 Palavras (3 Páginas) • 168 Visualizações
APONTAMENTOS E ABORDAGENS SOBRE CIDADES MÉDIAS
Rondesson de Oliveira Vasconcelos (Bolsista do PET/Geografia-UFAC)
José Alves (Orientador e Tutor do Grupo PET/Geografia-UFAC)
O presente trabalho se insere na discussão a respeito da produção do espaço urbano, destacando algumas características relacionadas ao crescimento urbano e as mudanças trazidas em meio ao crescimento das cidades médias. A presente pesquisa busca abordar o papel das cidades médias, seu desenvolvimento no decorrer dos anos e também sua importância na rede urbana brasileira, como exemplo o deslocamento da indústria das grandes metrópoles para as cidades medias, portanto, procura-se conhecer o processo de expansão urbana. O ensaio é uma revisão literária que busca uma revisão sistemática dos conceitos, características, vantagens e desvantagens dos estudos já desenvolvidos a respeito das cidades médias, e o que caracteriza este estudo é a demonstração de algumas perspectivas teóricas deste tema, buscando um melhor entendimento das características que levaram as cidades médias a se expandirem cada vez mais. As cidades médias, vistas de um contexto geral, são cidades que possuem entre 100 e 500 mil habitantes, estas cidades não fazem parte de regiões metropolitanas, ou seja, não podem ser metrópoles, porém, apresentam um grau de avanço em sua economia e infraestrutura, tendo em vista que o quantitativo populacional é o critério considerado para a sua definição, porém, não é considerado o condicionante mais importante. O mais importante a ser considerado é que as cidades médias são pontos de convergência de cidades menores, onde se estabelecem ao seu redor um entorno composto por centros urbanos que sofrem influencia direta dessas cidades, tais fatores, de certa forma, incentivaram a realização da pesquisa. A principal questão a ser abordada neste estudo é de que forma se deu a expansão das cidades médias no decorrer dos anos, bem como as condições em que se deram esse avanço no cotidiano e na classe trabalhista. As cidades médias surgiram com a ideia de ser palco da mão de obra qualificada, da melhor qualidade de vida, da classe media privilegiada que não seria exposta aos problemas das grandes metrópoles. Ao longo dos anos as cidades médias passaram despercebidas em meio à gestão publica, tendo em vista que estas cidades receberam um contingente populacional maior que as grandes cidades ao longo das ultimas décadas, não foram feitas estratégias de planejamento para que o espaço urbano fosse avançando junto com o crescimento populacional e o desenvolvimento da cidade. O ensaio foi elaborado a partir de produção de texto, indicado pelo professor e tutor José Alves, como forma de pesquisa para elaboração de seminário proposto para o grupo PET - GEOGRAFIA da Universidade Federal do Acre, através de pesquisas bibliográficas, e leituras de textos que serviram para o embasamento teórico e produção do mesmo. A pesquisa tem como questão norteadora mostrar que as cidades crescem muito rápido e com isso os problemas e mazelas surgem no mesmo contexto em que ela se desenvolve, o espaço urbano está em constante mudança, e na medida em que o planejamento urbano e o ordenamento territorial não acompanha o crescimento e mudanças que a cidade sofre, os problemas surgem gradativamente. O que antes era local ou regional, com a chegada dos grupos econômicos, torna-se nacional e até mesmo internacional quando falamos em escala geográfica, e com isso muda-se o contexto econômico, populacional e social dessas cidades. Constata-se, de forma clara que o avanço populacional e o deslocamento da indústria para as cidades médias foram negativamente absorvidos quando pensamos no contexto social, pois, as desigualdades e aglomerações surgiram nesse contexto, a segregação espacial, bem como as relações de trabalho, na medida em que a cidade ia se desenvolvendo economicamente e espacialmente, os problemas surgiam na mesma proporção.
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