POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO DA ZONA DA MATA DE ALAGOAS
Por: Bruno Belo • 3/11/2016 • Trabalho acadêmico • 2.780 Palavras (12 Páginas) • 353 Visualizações
Sumário
Resumo
Abstract ....... .
Introdução
Cap.1 Desenvolvimento Histórico e Econômico da Zona da Mata Alagoana e os Problemas Ambientais e Socioeconômicos causados pelo o cultivo cana de açúcar.
1.1 Banguê à Usina
1.2 Impactos ambientais e socioeconômicos causados pelo o cultivo da cana-de-açúcar.
Capítulo 2 - Possível solução para o Desenvolvimento Econômico da Região Da Zona da Mata de Alagoas
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Resumo
Na elaboração do presente trabalho que tem como objetivo de propor uma solução para a região da zona da mata de Alagoas, estudando a proposta de uma reforma agrária havendo modificações na distribuição de terras, pois a reforma agrária possibilita um melhor desenvolvimento no estado possibilitando a melhoria de muitas famílias, porém ainda prevalece à concentração de renda e de terras pelos os grandes latifundiários.
Abstract
In preparing this work aims to propose a solution for the region of the forest zone of Alagoas, studying the proposal for a land reform there have been changes in the distribution of land for agrarian reform provides a better development in the state facilitating the improvement of many families, but still dominates the concentration of income and land by large landowners.
Introdução
O presente trabalho é baseado na ideia de alguns autores e busca explicar o processo de desenvolvimento histórico e econômico que se deu no estado de Alagoas. Depois mostra os problemas que a produção da monocultura da cana-de-açúcar causa socioeconomicamente e ambientalmente.
Posteriormente o trabalho vai tentar sugerir uma possível solução de desenvolvimento para a zona da mata canavieira do estado de Alagoas, e a reforma agrária é a principal ideia para obter o desenvolvimento do estado.
Cap.1 Desenvolvimento Histórico e Econômico da Zona da Mata Alagoana e os Problemas Ambientais e Socioeconômicos causados pelo o cultivo cana de açúcar.
- Banguê à Usina
O desenvolvimento do Estado de Alagoas se deu primeiramente por suas boas condições de solo e climáticas e a sua proximidade com o principal centro consumidor, a Europa. A cana foi à primeira cultura comercial não extrativista do Brasil e o engenho era o maior e mais complexo empreendimento econômico existente no mundo na época. Então o açúcar era, desde o final do século XVI, o produto de maior valor econômico no comércio mundial.
A produção de açúcar, no Nordeste foi determinada pela coroa portuguesa, centro do poder político da colônia e que estabelecia todas as regras básicas, doava terras, controlava as exportações, estimulava o tráfico negreiro e matinha à escravidão. O autor Carvalho (2009) delineia que a metrópole proibia todas as atividades que concorressem com a fabricação do açúcar, em sintonia e estreita colaboração com os senhores de engenho e os comerciantes instalados nas cidades do litoral e menciona também que com a Independência do Brasil, a Abolição da Escravidão e a Proclamação da República não alteraram os laços que uniam representação política do complexo do açúcar e o Estado, desde a era escravista, na Colônia e no Império.
Convém mencionar que segundo Carvalho (2009) A estrutura de propriedade da terra, com o conseqüente sistema de poder, criada nos três primeiros séculos de colonização, marcou para sempre o modelo econômico e social de Alagoas. As extensas faixas de terras doadas pelos capitães donatários – as sesmarias – ao tempo que expulsavam os indígenas de seu território permitiam a fixação dos núcleos de ocupação que seriam a base territorial para os futuros engenhos banguês.
O estado de Alagoas foi povoado consequentemente pelos engenhos de açúcar que junto às fazendas de criação de gado, formaram uma sociedade hierarquizada que permanece no poder até os dias de hoje. Isso moldou a economia alagoana, influenciou a política e determinou os principais traços de sua sociedade.
De acordo com CANABRAVA (1981) no mesmo período, a produção de açúcar das Antilhas – introduzida no Caribe, pelos holandeses que haviam sido expulsos do Nordeste no século XVII – sofria um processo de modernização com a introdução de novas variedades vegetais, nova maquinaria industrial, métodos de fabricação inovadores, com o aproveitamento do bagaço para produção de energia; além da criação de novos produtos, gerando um diferencial de qualidade e preço que permitiu à região caribenha, bem próxima do centro consumidor europeu, suplantar a produção nordestina.
Em meados do XIX aumenta a pressão da concorrência externa, tanto já tradicional açúcar antilhano, feito de cana, como do açúcar europeu, produzido a partir da beterraba. No plano regional, os engenhos não conseguiam responder a estagnação desencadeada pelo o fim da escravidão e pela falta de estrutura e tecnologia de fabril e agrícola, que originavam níveis baixos de produção industrial e agrícola e ocasionavam a produção de um açúcar de péssima qualidade.
Instala-se uma crise no setor açucareiro nordestino, então o Estado entra em ação para modernizar produção e viabilizar a exportação. O governo 1875 decide transformar os velhos banguês em unidades industriais avançadas (engenhos centrais), numa alternativa que buscava a especialização, separando as atividades agrícolas das industriais e favorecendo a introdução de inovações tecnológicas. Com a idéia de aumentar a produção nos dois setores e baixando o custo de produção do açúcar, e assim tornando o açúcar do nordeste mais competitivo no mercado internacional.
Essas tentativas de modernizar a produção refletem o período de transição entre os antigos banguês e as modernas usinas. Porem os donos de engenho temendo perder o controle completo sobre o complexo produtor continuou a moer cana nos seus banguês. Os engenhos centrais foram derrotados pela instabilidade na produção de matéria-prima, por não poderem contar com o fornecimento regular de cana a preços que tornassem o açúcar competitivo, não vingam e, em seu lugar, surgem às modernas unidades industriais integradas.
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