Planejamento e Implantação de Trilha Interpretativa em Área de Floresta Ombrófila Densa
Por: AnnaLyra • 8/12/2020 • Artigo • 2.432 Palavras (10 Páginas) • 178 Visualizações
Planejamento e implantação de trilha interpretativa
em área de Floresta Ombrófila Densa
1. Introdução..........................................................................................................................2
2. Objetivo..............................................................................................................................2
3. Metodologia.......................................................................................................................3
3.1 Inventário da área.........................................................................................................3
3.2 Traçado da trilha...........................................................................................................3
3.3 Seleção de Pontos Interpretativos................................................................................4
3.4 Interpretação Ambiental...............................................................................................5
3.4.1 Levantamento de espécies................................................................................5
3.4.2 Elaboração de Roteiro.......................................................................................5
3.4.3 Elaboração de Manual.......................................................................................7
3.4.4 Sinalização.........................................................................................................7
3.5 Estudo de Capacidade de Carga.....................................................................................8
3.6 Monitoramento............................................................................................................9
3.7 Sistema de Gestão de Segurança.................................................................................10
4. Referências...................................................................................................................... .10
Anna Maria G. C. Lyra Janeiro de 2016
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1. INTRODUÇÃO
As áreas cobertas por remanescentes da Mata Atlântica correspondem à cerca de 10% de sua cobertura original, sendo considerada um dos biomas mais ameaçados do mundo (Simões & Lino, 2003). Dessa forma, a conservação dos atuais fragmentos da Mata Atlântica se torna essencial para a continuação da diversidade biológica e manutenção dos serviços ecológicos.
O respeito aos seres vivos e elementos naturais, a correta caracterização das relações ecológicas básicas e a compreensão da necessidade de conservação das áreas naturais podem ser estimulados através da Educação Ambiental ao ar livre, principalmente por intermédio de trilhas de interpretação da natureza (Barros, 2000).
A interpretação ambiental surgiu no contexto dos parques nacionais americanos e foi definida pelo filósofo Freeman Tilden em uma publicação clássica de 1957, intitulada “Interpreting Our Heritage” (Tilden, 1977, p.8), como:
“(...) atividade educativa que aspira revelar os significados e as relações existentes no ambiente, por meio de objetos originais, através de experimentos de primeira mão e meios ilustrativos, em vez de simplesmente comunicar a informação literal”
Trilhas interpretativas são importantes instrumentos de Educação Ambiental, pois permitem a sensibilização do contato direto com ambientes naturais, onde é despertado o comportamento pró-ambiente do indivíduo, levando-o a adquirir novos conceitos quanto à relação homem-natureza e a agir em favor da conservação ambiental (Chagas, 2006).
2. OBJETIVO
O presente projeto visa o planejamento e implantação de trilha interpretativa em área coberta por fragmento de Floresta Ombrófila Densa da Mata Atlântica, onde estudantes, pesquisadores e visitantes poderão ter experiências ricas de observação da vida silvestre e compreensão sobre o ecossistema local.
Anna Maria G. C. Lyra Janeiro de 2016
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3. METODOLOGIA
3.1 INVENTÁRIO DA ÁREA
A primeira etapa do processo de planejamento para implantação de trilha interpretativa da natureza é a realização de um inventário da área (Alcantara, 2007). Portanto serão levantadas informações sobre as condições do terreno, declividades, passagens de corpos d’água, níveis de erosão, fragilidade ambiental, condições climáticas da região, tipos de ecossistemas, atrativos naturais e culturais, perigos e riscos existentes, etc. Em resumo, será realizado o mapeamento de toda a área onde será implantada a trilha, observando-se todas as características da região.
3.2 TRAÇADO DA TRILHA
De acordo com Andrade e Rocha (2008), as trilhas podem ter as seguintes formas: circulares, que permitem voltar ao ponto de partida sem repetir o percurso; oito, as quais prestam-se a área limitadas, pois aumentam a possibilidade de uso destas áreas; lineares, que conectam o caminho principal a algum destino, sendo as mais comuns e simples, apresentando as desvantagens do caminho de volta ser igual ao de ida e a possibilidade de se cruzar com outros visitantes; e atalho, as quais possuem início e fim em diferentes pontos.
As características naturais e cênicas da trilha deverão ser combinadas de forma criativa. Sua distribuição espacial deverá respeitar a topografia do terreno e evitar ao máximo o cruzamento com cursos d’água e habitats específicos da fauna, causando o mínimo de impacto possível (Andrade & Rocha, 2008). De acordo com o Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB, 2000), em áreas onde houver vegetação arbórea, as trilhas não devem exceder 0,50m de largura, e não deve ser realizado o corte de árvores com CAP>10cm.
Anna Maria G. C. Lyra Janeiro de 2016
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3.3 SELEÇÃO DE PONTOS INTERPRETATIVOS
Os pontos interpretativos são áreas em destaque que servirão como locais de repouso e observação
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