Planilha E Calculo
Ensaios: Planilha E Calculo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: stivnil • 20/9/2013 • 2.905 Palavras (12 Páginas) • 608 Visualizações
A lei de Coulomb é uma lei básica da eletrostática, mas em algumas situações
envolvendo simetria podemos usar uma lei equivalente que pode simplificar o trabalho no
estudo do campo elétrico. Para tirar proveito nestas situações de simetria, vamos introduzir a lei
de Gauss, deduzida pelo matemático e físico alemão Carl Friedrich Gauss (1777 – 1855). A lei
de Gauss relaciona os campos elétricos nos pontos de uma superfície fechada com a carga total
envolvido por esta superfície.
Antes de enunciar a lei de Gauss vamos introduzir um conceito auxiliar, o fluxo do campo
elétrico. Trata-se de um conceito relacionado ao número de linhas de campo elétrico que
atravessam determinada superfície.
Suponha que uma superfície plana, de área A, seja colocado em uma região onde existe um
campo elétrico uniforme E , como está representado na figura abaixo.
A E
b
a
3
Sendo o vetor área A um vetor cujo módulo é igual a uma área A (neste caso a área da
superfície) e cuja direção é normal (perpendicular) ao plano da área, podemos definir o fluxo
do campo elétrico pela seguinte expressão:
E E A EAcos
Observe que para 0o o valor do fluxo é máximo e para 90o o fluxo é nulo.
Para entender melhor o conceito de fluxo, pode-se supor uma espira quadrada de arame
com área interna A, colocado em uma correnteza uniforme de um rio cuja velocidade da água é
v , ou numa região onde exista um vento com velocidade uniforme v . O fluxo do vetor
velocidade v A representa a vazão volumétrica de água ou ar nesta espira. Observe que a
unidade deste fluxo no SI. é m3 / s.
Observação:
Devemos observar que o exemplo acima, no qual temos água ou ar escoando por
uma espira, não tem relação com o fluxo do campo elétrico. O campo elétrico não é
uma grandeza que pode escoar através de uma superfície.
O ponto central da lei de Gauss é uma superfície fechada hipotética chamada de superfície
gaussiana. A superfície gaussiana pode ser de qualquer forma que se queira, mas a superfície
mais útil é uma que reproduza a simetria do problema em questão. Assim, a superfície
gaussiana será frequentemente uma esfera, um cilindro ou outra forma simétrica. Ela deve ser
sempre uma superfície fechada, de modo que possa ser feita uma distinção clara entre pontos
que estão no interior da superfície, sobre a superfície e fora da superfície.
A superfície gaussiana (superfície fechada) não necessita ser uma superfície física real,
como a de um corpo sólido. Na verdade, na maioria das aplicações da lei de Gauss, considerase
uma superfície imaginária, que pode estar no espaço vazio, imersa em um corpo sólido, ou
parte no espaço vazio e parte no corpo.
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Como a lei de Gauss se aplica a uma superfície fechada devemos definir o fluxo de campo
elétrico para estas superfícies gaussianas, este fluxo pode ser calculado imaginando-se a área da
superfície fechada subdividida em quantidades infinitesimais d A e somando um número
infinito de contribuições infinitesimais do fluxo de campo de cada elemento de área. Esta soma
é feita por meio de uma integral.
Na figura abaixo temos a representação de uma superfície fechada arbitrária imersa em um
campo elétrico não-uniforme. Temos em destaque três quadrados que fazem parte desta
superfície. Podemos observar que no quadrado 1 temos cos 0 ( o campo elétrico aponta
para dentro da superfície), portanto a contribuição deste quadrado para o fluxo total na
superfície é negativo. No quadrado 3 temos cos 0 (o campo elétrico aponta para fora da
superfície), portanto a contribuição deste quadrado para o fluxo total na superfície é positivo, e
no quadrado 2 temos cos 0 (o campo elétrico tangencia a superfície), sendo que este
quadrado não contribui para o fluxo total.
1 2 3
1
.
.
N
i
i
E A
E dA
5
O círculo no símbolo de integral indica que a integração deve ser feita sobre toda a
superfície
...