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Processo Historico Da Educação

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Por:   •  18/3/2015  •  2.773 Palavras (12 Páginas)  •  178 Visualizações

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Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre.

Disciplina: Filosofia da Educação.

Professora: Vera Lucia de Souza Vieira

O QUE É SER mestre: no modelo de Sócrates

Sócrates, como nos é apresentado por Platão, concretiza o mo¬delo de mestre por duas posturas fundamentais: o reconhecimento de sua ignorância, o que leva à necessidade de interrogação constante, e o compromisso de levar os alunos à sabedoria, pelo exercício da interro¬gação, o método da maiêutica.

Sócrates se interrogou sobre seu saber e reconheceu sua ignorância, afirmando que sua única certeza era que ele nada sabia.

Quando Platão reconhece em Sócrates, o modelo de mestre, ele nos leva a interrogar se é possível atribuir a alguém que reconhece sua ignorância a condição de mestre: como pôde Sócrates realizar esse mo¬delo se afirmava a sua ignorância? Como pode ser mestre aquele que nada sabe?

Diferentemente do entendimento mais comum de que o mestre é aquele que tudo sabe, Sócrates é reconhecido mestre, por Platão, justamente por sua ignorância, condição para sua interrogação constante sobre o que foi definido como verdade. Ao confessar sua ignorância, Sócrates está afirmando a necessidade da interrogação como regra de vida.

Aceitar o instituído sem interrogação é optar pelo caminho mais fácil da apreensão do mundo. Por sua vez, a condição de sábio está, justamente, na disposição incômoda, desconfortável e trabalhosa de não aceitar o que já está instituído como sendo a verdade sobre a vida, a realidade, o homem.

O conhecimento é produto da interrogação. É só porque o homem pergunta que ele conhece.

Entretanto, o homem, nesse processo, ao alcançar as respostas, define-as como a verdade sobre a realidade. O domínio dessas respostas vai levar o homem à pretensão de tudo saber.

Porém, ter o comportamento de alguém que tudo sabe é uma impostura, um engano. Tal postura esconde, como Sócrates entendia o seu saber, o compromisso com a interrogação.

No entanto, Sócrates é considerado o modelo de mestre não só por reconhecer a sua ignorância, mas também por ser capaz de, por meio das suas perguntas, do seu exercício de interrogação constante, conduzir o aluno à sabedoria.

Assim, o modelo de Sócrates nos ensina que o mestre é comprometi¬do com o exercício constante de interrogação do instituído. Esse exercício não só parte do reconhecimento da ignorância como condição fundamental para o conhecimento bem como conduz o discípulo à sabedoria, pois, por meio da interrogação, o discípulo reconhece o que ignora e descobre a verdade que existe em si sobre o mundo, a vida e o homem.

Afirmar que o mestre é aquele que reconhece a sua ignorância, e que justamente por essa consciência é capaz de conduzir o aluno à sabedoria, significa relativizar a importância da formação técnica. Tal formação, nesse contexto, não parece ser fundamental e necessária para a educação.

A condição de mestre não se institui porque o professor domina um conhecimento específico, nem porque o professor domina um método, uma técnica e uma tecnologia de ensino. O mestre é instituído quando ele interroga o seu saber, e a educação é resultado dessa interrogação.

1. Um professor entra em sua sala de aula. O currículo acadêmico desse docente informa que ele fez o doutorado em sua área de conhecimento e que no momento,junto a sua atividade docente, ele está em estágio de pós-doutorado em um dos melhores institutos de pesquisa da América do Sul.

No seu exercício docente, o professor cumpre a seguinte rotina: entra em sala de aula, apresenta o conteúdo acadêmico planejado, trazendo as informações mais importantes sobre a disciplina, ocupando todo o seu tempo de sala de aula em transmitir, por meio de mídias mais avançadas, o que é definido como conteúdo acadêmico de sua disciplina. Terminado seu tempo, deixa a sala de aula. Durante o seu período em sala de aula, não há nem tempo nem espaço para a expressão dos alunos, seja no sentido de manifestarem seu não entendimento do que foi dito, seja no sentido de apresentarem alguma conclusão sobre o que foi dito.

Esse modelo de professor realiza o modelo de mestre, como Sócrates foi apresentado por Platão? Por quê?

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Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre.

Disciplina: Filosofia da Educação.

Professora: Vera Lucia de Souza Vieira

O QUE É SER mestre: no modelo de Sócrates

Sócrates, como nos é apresentado por Platão, concretiza o mo¬delo de mestre por duas posturas fundamentais: o reconhecimento de sua ignorância, o que leva à necessidade de interrogação constante, e o compromisso de levar os alunos à sabedoria, pelo exercício da interro¬gação, o método da maiêutica.

Sócrates se interrogou sobre seu saber e reconheceu sua ignorância, afirmando que sua única certeza era que ele nada sabia.

Quando Platão reconhece em Sócrates, o modelo de mestre, ele nos leva a interrogar se é possível atribuir a alguém que reconhece sua ignorância a condição de mestre: como pôde Sócrates realizar esse mo¬delo se afirmava a sua ignorância? Como pode ser mestre aquele que nada sabe?

Diferentemente do entendimento mais comum de que o mestre é aquele que tudo sabe, Sócrates é reconhecido mestre, por Platão, justamente por sua ignorância, condição para sua interrogação constante sobre o que foi definido como verdade. Ao confessar sua ignorância, Sócrates está afirmando a necessidade da interrogação como regra de vida.

Aceitar o instituído sem interrogação é optar pelo caminho mais fácil da apreensão do mundo. Por sua vez, a condição de sábio está, justamente, na disposição incômoda, desconfortável e trabalhosa de não aceitar o que já está instituído como sendo a verdade sobre a vida, a realidade, o homem.

O conhecimento é produto da interrogação. É só porque o homem pergunta que ele conhece.

Entretanto, o homem, nesse processo, ao alcançar as respostas, define-as como a verdade sobre a realidade. O domínio dessas respostas vai levar o homem à pretensão de tudo saber.

Porém, ter o comportamento de alguém que tudo sabe é uma impostura, um engano. Tal postura esconde, como Sócrates entendia o seu saber, o compromisso com a interrogação.

No entanto, Sócrates é considerado o modelo de mestre não só por reconhecer a sua ignorância, mas também por ser capaz de, por meio das suas perguntas, do seu exercício de interrogação constante, conduzir o aluno à sabedoria.

Assim, o modelo de Sócrates nos ensina que o mestre é comprometi¬do com o exercício constante de interrogação do instituído. Esse exercício não só parte do reconhecimento da ignorância como condição fundamental para o conhecimento bem como conduz o discípulo à sabedoria, pois, por meio da interrogação, o discípulo reconhece o que ignora e descobre a verdade que existe em si sobre o mundo, a vida e o homem.

Afirmar que o mestre é aquele que reconhece a sua ignorância, e que justamente por essa consciência é capaz de conduzir o aluno à sabedoria, significa relativizar a importância da formação técnica. Tal formação, nesse contexto, não parece ser fundamental e necessária para a educação.

A condição de mestre não se institui porque o professor domina um conhecimento específico, nem porque o professor domina um método, uma técnica e uma tecnologia de ensino. O mestre é instituído quando ele interroga o seu saber, e a educação é resultado dessa interrogação.

1. Um professor entra em sua sala de aula. O currículo acadêmico desse docente informa que ele fez o doutorado em sua área de conhecimento e que no momento,junto a sua atividade docente, ele está em estágio de pós-doutorado em um dos melhores institutos de pesquisa da América do Sul.

No seu exercício docente, o professor cumpre a seguinte rotina: entra em sala de aula, apresenta o conteúdo acadêmico planejado, trazendo as informações mais importantes sobre a disciplina, ocupando todo o seu tempo de sala de aula em transmitir, por meio de mídias mais avançadas, o que é definido como conteúdo acadêmico de sua disciplina. Terminado seu tempo, deixa a sala de aula. Durante o seu período em sala de aula, não há nem tempo nem espaço para a expressão dos alunos, seja no sentido de manifestarem seu não entendimento do que foi dito, seja no sentido de apresentarem alguma conclusão sobre o que foi dito.

Esse modelo de professor realiza o modelo de mestre, como Sócrates foi apresentado por Platão? Por quê?

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Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre.

Disciplina: Filosofia da Educação.

Professora: Vera Lucia de Souza Vieira

O QUE É SER mestre: no modelo de Sócrates

Sócrates, como nos é apresentado por Platão, concretiza o mo¬delo de mestre por duas posturas fundamentais: o reconhecimento de sua ignorância, o que leva à necessidade de interrogação constante, e o compromisso de levar os alunos à sabedoria, pelo exercício da interro¬gação, o método da maiêutica.

Sócrates se interrogou sobre seu saber e reconheceu sua ignorância, afirmando que sua única certeza era que ele nada sabia.

Quando Platão reconhece em Sócrates, o modelo de mestre, ele nos leva a interrogar se é possível atribuir a alguém que reconhece sua ignorância a condição de mestre: como pôde Sócrates realizar esse mo¬delo se afirmava a sua ignorância? Como pode ser mestre aquele que nada sabe?

Diferentemente do entendimento mais comum de que o mestre é aquele que tudo sabe, Sócrates é reconhecido mestre, por Platão, justamente por sua ignorância, condição para sua interrogação constante sobre o que foi definido como verdade. Ao confessar sua ignorância, Sócrates está afirmando a necessidade da interrogação como regra de vida.

Aceitar o instituído sem interrogação é optar pelo caminho mais fácil da apreensão do mundo. Por sua vez, a condição de sábio está, justamente, na disposição incômoda, desconfortável e trabalhosa de não aceitar o que já está instituído como sendo a verdade sobre a vida, a realidade, o homem.

O conhecimento é produto da interrogação. É só porque o homem pergunta que ele conhece.

Entretanto, o homem, nesse processo, ao alcançar as respostas, define-as como a verdade sobre a realidade. O domínio dessas respostas vai levar o homem à pretensão de tudo saber.

Porém, ter o comportamento de alguém que tudo sabe é uma impostura, um engano. Tal postura esconde, como Sócrates entendia o seu saber, o compromisso com a interrogação.

No entanto, Sócrates é considerado o modelo de mestre não só por reconhecer a sua ignorância, mas também por ser capaz de, por meio das suas perguntas, do seu exercício de interrogação constante, conduzir o aluno à sabedoria.

Assim, o modelo de Sócrates nos ensina que o mestre é comprometi¬do com o exercício constante de interrogação do instituído. Esse exercício não só parte do reconhecimento da ignorância como condição fundamental para o conhecimento bem como conduz o discípulo à sabedoria, pois, por meio da interrogação, o discípulo reconhece o que ignora e descobre a verdade que existe em si sobre o mundo, a vida e o homem.

Afirmar que o mestre é aquele que reconhece a sua ignorância, e que justamente por essa consciência é capaz de conduzir o aluno à sabedoria, significa relativizar a importância da formação técnica. Tal formação, nesse contexto, não parece ser fundamental e necessária para a educação.

A condição de mestre não se institui porque o professor domina um conhecimento específico, nem porque o professor domina um método, uma técnica e uma tecnologia de ensino. O mestre é instituído quando ele interroga o seu saber, e a educação é resultado dessa interrogação.

1. Um professor entra em sua sala de aula. O currículo acadêmico desse docente informa que ele fez o doutorado em sua área de conhecimento e que no momento,junto a sua atividade docente, ele está em estágio de pós-doutorado em um dos melhores institutos de pesquisa da América do Sul.

No seu exercício docente, o professor cumpre a seguinte rotina: entra em sala de aula, apresenta o conteúdo acadêmico planejado, trazendo as informações mais importantes sobre a disciplina, ocupando todo o seu tempo de sala de aula em transmitir, por meio de mídias mais avançadas, o que é definido como conteúdo acadêmico de sua disciplina. Terminado seu tempo, deixa a sala de aula. Durante o seu período em sala de aula, não há nem tempo nem espaço para a expressão dos alunos, seja no sentido de manifestarem seu não entendimento do que foi dito, seja no sentido de apresentarem alguma conclusão sobre o que foi dito.

Esse modelo de professor realiza o modelo de mestre, como Sócrates foi apresentado por Platão? Por quê?

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Professora: Vera Lucia de Souza Vieira

O QUE É SER mestre: no modelo de Sócrates

Sócrates, como nos é apresentado por Platão, concretiza o mo¬delo de mestre por duas posturas fundamentais: o reconhecimento de sua ignorância, o que leva à necessidade de interrogação constante, e o compromisso de levar os alunos à sabedoria, pelo exercício da interro¬gação, o método da maiêutica.

Sócrates se interrogou sobre seu saber e reconheceu sua ignorância, afirmando que sua única certeza era que ele nada sabia.

Quando Platão reconhece em Sócrates, o modelo de mestre, ele nos leva a interrogar se é possível atribuir a alguém que reconhece sua ignorância a condição de mestre: como pôde Sócrates realizar esse mo¬delo se afirmava a sua ignorância? Como pode ser mestre aquele que nada sabe?

Diferentemente do entendimento mais comum de que o mestre é aquele que tudo sabe, Sócrates é reconhecido mestre, por Platão, justamente por sua ignorância, condição para sua interrogação constante sobre o que foi definido como verdade. Ao confessar sua ignorância, Sócrates está afirmando a necessidade da interrogação como regra de vida.

Aceitar o instituído sem interrogação é optar pelo caminho mais fácil da apreensão do mundo. Por sua vez, a condição de sábio está, justamente, na disposição incômoda, desconfortável e trabalhosa de não aceitar o que já está instituído como sendo a verdade sobre a vida, a realidade, o homem.

O conhecimento é produto da interrogação. É só porque o homem pergunta que ele conhece.

Entretanto, o homem, nesse processo, ao alcançar as respostas, define-as como a verdade sobre a realidade. O domínio dessas respostas vai levar o homem à pretensão de tudo saber.

Porém, ter o comportamento de alguém que tudo sabe é uma impostura, um engano. Tal postura esconde, como Sócrates entendia o seu saber, o compromisso com a interrogação.

No entanto, Sócrates é considerado o modelo de mestre não só por reconhecer a sua ignorância, mas também por ser capaz de, por meio das suas perguntas, do seu exercício de interrogação constante, conduzir o aluno à sabedoria.

Assim, o modelo de Sócrates nos ensina que o mestre é comprometi¬do com o exercício constante de interrogação do instituído. Esse exercício não só parte do reconhecimento da ignorância como condição fundamental para o conhecimento bem como conduz o discípulo à sabedoria, pois, por meio da interrogação, o discípulo reconhece o que ignora e descobre a verdade que existe em si sobre o mundo, a vida e o homem.

Afirmar que o mestre é aquele que reconhece a sua ignorância, e que justamente por essa consciência é capaz de conduzir o aluno à sabedoria, significa relativizar a importância da formação técnica. Tal formação, nesse contexto, não parece ser fundamental e necessária para a educação.

A condição de mestre não se institui porque o professor domina um conhecimento específico, nem porque o professor domina um método, uma técnica e uma tecnologia de ensino. O mestre é instituído quando ele interroga o seu saber, e a educação é resultado dessa interrogação.

1. Um professor entra em sua sala de aula. O currículo acadêmico desse docente informa que ele fez o doutorado em sua área de conhecimento e que no momento,junto a sua atividade docente, ele está em estágio de pós-doutorado em um dos melhores institutos de pesquisa da América do Sul.

No seu exercício docente, o professor cumpre a seguinte rotina: entra em sala de aula, apresenta o conteúdo acadêmico planejado, trazendo as informações mais importantes sobre a disciplina, ocupando todo o seu tempo de sala de aula em transmitir, por meio de mídias mais avançadas, o que é definido como conteúdo acadêmico de sua disciplina. Terminado seu tempo, deixa a sala de aula. Durante o seu período em sala de aula, não há nem tempo nem espaço para a expressão dos alunos, seja no sentido de manifestarem seu não entendimento do que foi dito, seja no sentido de apresentarem alguma conclusão sobre o que foi dito.

Esse modelo de professor realiza o modelo de mestre, como Sócrates foi apresentado por Platão? Por quê?

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