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RELATÓRIO DE ESTÁGIO ANOS INICIAIS - GEOGRAFIA

Por:   •  10/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.735 Palavras (7 Páginas)  •  570 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Faculdade de Educação Departamento de Métodos e Técnica Análise da Prática Pedagógica de Geografia IV

Relatório de Estagio IV

                                  PROF.º: CARLOS  EDUARDO MAZZETTO SILVA

ALUNOS: JESSE VARGAS VIEIRA

        RONALDO MELO

Belo Horizonte

29/11/2010

I – Identificação

A escola Estadual São João da Escócia está localizada na Avenida Senhor do Bonfim 367, no bairro São Benedito, cidade de Santa Luzia, o telefone é (31)3634-8510 e o e-mail é saojoaodaescocia@yahoo.com.br

A Escola Estadual São João da Escócia foi construída por uma instituição maçônica em 1960, era um anexo da Escola Domingos Orneles, localizada no centro da cidade de Santa Luzia, o anexo escolar possuía apenas o ensino fundamental e continha alguns barracões antigos usados como salas de aula. Em 1986 o espaço escolar desvinculou-se da Escola Domingos Ornelas, foi fundada a Escola São João da Escócia, compreendendo além do ensino fundamental também o ensino médio (figura 1.1).

Essa região é marcada por uma histórica negligência por parte das autoridades tanto municipal como estadual no que se refere a investimentos na área social. Mas, pelo fato do endereço ficar a menos de 1 km da Linha Verde e da área de onde foi construído o novo Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais, região (denominada “Vetor Norte”) está passando por uma série de modificações motivadas pelo deslocamento da máquina administrativa do governo e de investimentos em infra-estrutura como a já citada Linha Verde e o projeto do Rodo Anel. Como reflexo desses investimentos a região está sendo alvo de uma grande especulação imobiliária e de um autoritário processo de desapropriação. A escola não possui o período de aulas noturno pelo fato de não haver uma segurança eficaz que reprima a alta criminalidade da região. Com autorização da diretora a escola abre aos finais de semana para utilização da quadra pela comunidade.

II – Introdução

O ensino de Geografia da Escola Estadual São João da Escócia, possui uma carga de aulas teóricas vinculadas ao livro didático que não proporcionam o mínimo de interesse dos alunos. A professora Rosilene, nos mostrou o material que seria administrado naquele dia para os alunos da 5ª série. A matéria era unidades do relevo com mapas de Aziz Abb Saber e Jurandir L. S. Roos, idênticos aos que nos foram passados na aula de Geografia Física do Brasil na graduação. Percebemos diante deste fato uma inadequação do programa escolar, pois, esses mapas são de certo modo complexos para serem ministrados em aulas de alunos da 5ª série, pelo fato da grande maioria destes alunos não possuírem uma visão do espaço que lhes permita uma boa compreensão das unidades de relevo apresentadas nos mapas, com isso o aprendizado se transforma em decoreba.  

   A professora Rosilene nos mostrou algumas provas aplicadas neste ano, todas possuem textos da matéria, segundo ela sem os textos os alunos não conseguem realizar a prova. Desta forma a prova de Geografia da escola acaba se transformando em uma prova de interpretação de texto, parecida com a de Língua Portuguesa.

   A escola não possui aulas práticas, devido à carência de material, como mapas e globos, fator prejudicial ao ensino. Os alunos quando indagados sobre a Geografia dizem que assistem às aulas por obrigação, pois, a matéria é chata e não lhes serve para nada. As aulas de campo só acontecem através do projeto Aluno Ecológico, que será relatado mais detalhadamente mais adiante, fora deste projeto não existem aulas de campo.

  Segundo nos a professora Rosilene, a vontade dela é trabalhar a Geografia no contexto da vida dos alunos, porque a Geografia aplicada na escola possui um assunto fora da realidade dos alunos, não trazendo uma perspectiva do real. Mas ela enfrenta muitas dificuldades, pelo fato, de ter que seguir o programa do livro didático e não possuir um método de ensino alternativo. Segundo a professora ela realizou sua graduação de forma precária a mais de vinte anos, desde então ela não realizou nenhum outro curso que lhe possibilitasse um método no qual insira a Geografia no contexto da vida dos alunos.

III – Síntese sobre a perspectiva do plano de regência

A série em que foi desenvolvida a regência foi o 8° ciclo do ensino fundamental, com um total de 32 alunos, as terças feiras no turno da manhã. A regência foi realizada em oito aulas, quando desenvolvemos o tema América Latina. Esse tema foi escolhido pela professora Rosilene, pois como a mesma já havia planejado todas as aulas do curso, ela nos cedeu as terças-feiras com a condição de trabalhamos a mesma temática. Em comum acordo com a professora ficou definido que durante as oito aulas iríamos desenvolver os seguintes tópicos: a desigualdade social na América latina, México e uma breve introdução das conseqüências do atual estágio do processo de globalização nessa região.

Iniciamos a nossa regência no dia 21/09 tratando o tópico “a desigualdade social na América latina”, os objetivos desse tópico seria discutir as diferentes formas de ocupação dessa região, sua inserção no processo de expansionismo europeu e seus reflexos no atual estágio de desenvolvimento econômico e social dessa região. Disponibilizamos três aulas para o desenvolvimento desse tópico ( 21/09, 28/09, 05/10 ), sendo a primeira uma aula expositiva, onde diferenciamos as formas de ocupação de Portugal e da Espanha e suas conseqüências para as populações nativas. Na segunda aula discutimos com os alunos uma texto da revista “discutindo Geografia” que trata da desigualdade social  nessa região, ainda pedimos para que os alunos levantassem algumas questões para fechamos o tópico com um seminário na terceira aula.

O segundo tópico que discutimos com a turma foi o México, para esse tópico reservamos três encontros ( 19/10, 26/10, 08/11 ), os objetivos desse tópico seria discutir com os alunos questões como o espaço agrícola e a questão agrária, a revolução Mexicana e a reforma agrária, a industrialização Mexicana, o comércio exterior, os aspectos populacionais e o México atual. Recebemos da professora uma apostila que foi montada por ela com fragmentos retirados do livro “Construindo o Espaço” ( Igor Moreira ), sendo também disponibilizada no Xerox da escola para os alunos. Utilizamos nas duas primeiras aulas a apostila da professora, pois todos os alunos já estavam com a cópia da mesma. Imaginamos que a professora tenha pedido para que todos providenciassem o material. Porém na ultima aula discutimos um pequeno texto da pasta da disciplina América Latina que trata da inserção mexicana no acordo de livre comércio Norte-americano (Nafta), estabelecido em 1° de janeiro de 1994 entre Canadá, México e Estados Unidos. Discutimos com os alunos como o acordo de livre comércio com os EUA devastou a agricultura mexicana, e como que os produtos subvencionados do “irmão do Norte” provocaram o desemprego de milhares de camponeses.

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