RESENHA CRÍTICA DO FILME A LISTA DE SCHINDLER” DE STEVEN SPIELBERG
Por: Ariadne Vieira • 26/9/2020 • Resenha • 750 Palavras (3 Páginas) • 452 Visualizações
O século XX é apelidado por muitos como “o breve século XX”, devido à explosão de acontecimentos que aconteceu no mundo durante esse período. Basicamente, “o breve século XX” se inicia com a Primeira Guerra Mundial e se finda com o desmoronamento do socialismo real no leste europeu. Ou seja, retrata, apesar de diversos outros muitos acontecimentos, o que praticamente todos sabem que aconteceu: a primeira guerra mundial, a revolução russa que elege a URSS, o período entre guerras, com o ápice dos fascismos (fascismo, nazismo, salazarismo, stalinismo e franquismo), crise econômica (crise de 29 em NY), a segunda guerra decorrente desses processos anteriores, e se encaminha para o fim com a chamada Guerra Fria, que discutia a bipolaridade mundial. Podendo remeter ao século outro nome: “a era das catástrofes”. Esse século é responsável por um boom populacional, tecnológico, racional, empírico, estrategista e afins.
O século XX é o século das guerras, dos domínios, dos jogos estratégicos, que se entrelaçam com a geografia de uma forma muito particular, pois exige para todos esses acontecimentos um domínio territorial, cultural, espacial, tático, climático, entre outros... Remetendo a obra de Yves Lacoste: A geografia- isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra, que fala sobre a importância da geografia para fazer a guerra, e consequentemente foi nesse século que se fez um uso muito dinâmico da disciplina e que ela também se aprimorou em uma perspectiva muito ampla e positiva.
Entretanto, o filme A lista de Schindler, retrata um momento muito conturbado que foi o período nazista, liderado por Adolf Hitler, responsável pela morte de milhares de judeus, em prol da ideia de superioridade da raça ariana.
O filme é sobre Oskar Schindler, um polonês, que salvou a vida de centenas de judeus, dando-os emprego na sua fábrica de panelas. Conseguiu fazer isso graças ao status e relação de poder com a SS, durante o “holocausto” *. E baseado numa história real, o filme faz um retrato de todo sofrimento que os judeus passaram no período nazista, em todas as fases, desde quando eram humilhados até o holocausto, tudo em preto e branco para representar a situação dolorida e que foi mesclando os tons de escuro e claro com a relatividade dos lugares.
*O termo holocausto não deve ser usado, pois remete a “Shoah”, uma oferta de sacrifício, o que não aconteceu com os judeus, o que houve foi na verdade um Genocídio Judeu.
Schindler era um comerciante do mercado negro, participante do regime nazista, porém o que a priori parece uma história de alguém oportunista e maldoso, se transforma numa história de amor, de alguém que abdicou da sua fortuna para salvar a vida dos judeus, resgatando nos espectadores, o valor da vida humana. A mudança humana de Oskar se dá basicamente quando Hitler sanciona o fim que teria os judeus, e ele presencia a desocupação de um gueto e vê a carnificina humana que ali acontecia, o que o fez mudar de concepção.
O filme não foca em personagens principais, mas se destaca Oskar Schindler, Stern, um judeu, administrador dos negócios de Oskar, que o ajuda e Goeth, uma pessoa que reflete o tipo de gente que comandava o regime: repugnante, assustador e cruel.
A maneira que Schindler achou de salvar os judeus foi colocando o máximo deles em sua fábrica de panelas, quando Goeth teria de
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