RESÍDUOS SÓLIDOS

RESÍDUOS SÓLIDOS

TATIANE ROBERTO DA SILVA

Resumo

Sob um prisma mundial, o Brasil ocupa o décimo lugar dos países que mais resíduos sólidos produzem. Há cerca de 50 anos atrás, cada brasileiro gerava cerca de 300 gramas de resíduos diários já nos dias atuais, cada um gera aproximadamente 900 gramas. Somente em vasilhames de plástico, vão parar nas ruas 90 milhões de toneladas ao ano. Deste montante, as cidades de Corumbá e Ladário juntas, produzem cerca de 90 toneladas os quais são depositados em um lixão a céu aberto e, tendo em vista que a nível geral, a população desses municípios ainda não se adaptou ao sistema da coleta seletiva, todo o resíduo se encontra misturado, dificultando todo e qualquer tipo de manejo e reaproveitamento.

Diante desta problemática, tal pesquisa visa analisar e reavaliar o setor de coleta e gerenciamento dos resíduos urbanos. Para tanto foi dedicado um tempo considerável de estudos, pesquisas e coletas de informações, para uma maior credibilidade nos dados aqui apresentados. A princípio, investigou-se a geração, o tratamento e o destino dos resíduos domiciliares, com o objetivo de poder tratar o lixo, tido como “desprezível e/ou insignificante”, como “matéria-prima e fonte de renda”.

Tal estudo foi de grande valia, pois se constatou ao final, que muito se perde com o não reaproveitamento dos resíduos. Nas cidades e nos países que já aderiram ao tratamento apropriado, os resíduos já fazem parte da sustentabilidade e do desenvolvimento econômico, garantindo a muitas famílias, uma renda extra ou até mesmo, uma renda total que os mantém sobrevivendo.

Sumário

Introdução ........................................................................................................................... 05

1. Capítulo I - Resíduos Sólidos ................................................................................... 07

1.1. Fundamentação teórica ......................................................................................... 07

1.2. Geração dos resíduos sólidos ................................................................................ 08

1.3. Classificação dos resíduos sólidos ......................................................................... 10

1.3.1. Quanto às características físicas ................................................................... 10

1.3.2. Quanto à composição química ..................................................................... 11

1.3.3. Quanto à origem ............................................................................................ 11

1.3.4. Quanto aos riscos de contaminação do meio ambiente ............................... 12

2. Capítulo II - Fluxo de resíduos .................................................................................. 13

2.1. Coleta seletiva ........................................................................................................ 13

2.2. Reciclagem ............................................................................................................. 16

2.3. Compostagem ......................................................................................................... 18

2.4. Aterro sanitário / Lixão .......................................................................................... 19

3. Capítulo III - Resíduo sólido e Meio ambiente .......................................................... 21

4. Resíduo: lixo ou matéria-prima ....................................................................................... 24

5. Conclusão ....................................................................................................................... 26

6 - Referência Bibliográfica ............................................................................................... 28

Introdução

Diante de todas as formas de vida existentes, a espécie humana é uma produtora de resíduos em potencial, o que coloca em risco o equilíbrio do ambiente e a própria qualidade de vida do homem, pois em processos naturais, não há lixo. As substâncias orgânicas (fezes e urina) produzidas pelos seres vivos são, em condições naturais, reciclados pelos decompositores.

O tratamento e a disposição de resíduos provenientes das atividades urbanas sempre foram uma grande preocupação das administrações municipais e demais atores envolvidos na área de saneamento ambiental. Porém, na maioria dos municípios urbanos brasileiros de pequeno porte, a administração se limita a varrer os logradouros e recolher o lixo domiciliar, depositando-o em locais distantes da visão dos moradores, sem que haja uma real preocupação com os cuidados sanitários na disposição adequada desses resíduos.

Dentre os vários problemas sérios causados pela inadequada disposição do lixo, e dados as suas características físicas, químicas e biológicas, estão à contaminação do solo e da água (superficial e subterrânea), gerando odores e até mesmo a falta de água potável, além da atração e proliferação de patógenos responsáveis por 80% das doenças de 65% das internações hospitalares.

Ainda assim, todo e qualquer debate sobre o tratamento e a disposição dos resíduos sólidos urbanos é negligenciado pelo Poder Público e, caso os lixões não sejam devidamente tratados e dispostos de maneira adequada, e diante da constatação da continuidade do crescimento da população e da produção de resíduos, esse quadro só tende a agravar mais ainda. Tais fatores legitimam a necessidade de buscar alternativas eficazes para o seu equacionamento.

No município de Corumbá/MS, segundo a Secretária Municipal de Meio Ambiente, a Prefeitura Municipal aguarda há anos a conclusão de um processo de requerimento para a instalação da Pirólise (Planta de Conversão Térmica de Biomassa – capaz de transformar o lixo e produzir energia na forma líquida “bio-óleo” e sólida “briquetes”).