Relatório de visita técnica à Quixadá
Por: Katyane Silva • 16/2/2020 • Trabalho acadêmico • 1.403 Palavras (6 Páginas) • 212 Visualizações
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DEPARTAMENTO DE ENSINO
CURSO: LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
AO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ
KATIANE FERREIRA DA SILVA
PROFESSOR: NATÁLIA ARAGÃO – DOCENTE DO IFCE – CAMPUS IGUATU
IGUATU – CE
MAIO - 2018
KATIANE FERREIRA DA SILVA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
AO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ
Relatório de Visita Técnica apresentado ao Curso de Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) – campus Iguatu, na Disciplina Geologia, orientada pela Professora Natália Aragão, como requisito à obtenção de nota.
IGUATU - CE
MAIO - 2018
1 INFORMAÇÔES GERAIS
1.1 Local da Visita Técnica:
Município de Quixadá/CE
Data: 18/05/2018, período da manhã e tarde.
Duração da Visita: 10 horas
1.2 Profissional Responsável:
Nome do Professor responsável pela visita: Natália Aragão.
Formação: Geógrafa
1.3 Natureza da Visita Técnica:
Coordenação do Curso: Nataniel Albuquerque
Curso: Licenciatura em Geografia
Disciplina: Geologia
Professor: Nataniel Albuquerque - Docente do IFCE – Campus Iguatu
Turma: 2018.1 – 1º semestre
1.4 Objetivos Didáticos da Visita Técnica:
Uma breve analise da paisagem, para tentar compreender, as ações dos fenômenos sociais e naturais, e como o processo de ocupação da urbanização sofre as interferências desses fenômenos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Descrição das atividades
No dia 18 de maio de 2018, foi realizada a visita técnica a Quixadá no estado do Ceará, onde teve inicio às 05h: 10min, na manhã de sexta feira, ao sairmos do IFCE campus Iguatu-Ce, unidade areias com destino a tão conhecida “Cidade dos Monólitos”. A visita foi acompanhada pela professora Natália Aragão e, o coordenador do curso de Licenciatura em Geografia, o professor Nataniel Albuquerque.
Na chegada às 09hs ao primeiro ponto, o Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão, fomos recebidos pelo professor João Luís, o qual foi quem nos apresentou todas as formações rochosas visitadas naquele dia. O Santuário que fica no alto do morro do Urucum, é um templo católico que foi idealizado e construído pelo o bispo Dom Adélio Tomasin, no qual foi inaugurado em 1995. A partir do Santuário é possível ver todo o relevo geográfico em inselberg daquela região.
O professor João Luís, explicou um pouco como foi à formação deste relevo que antes tinha o tamanho do Himalaia, e que hoje foi toda embora através do intemperismo e a erosão. O intemperismo que degradou as rochas, com os processos erosivos e as mudanças climáticas, pois a região nem sempre foi seca, antes era úmida, com isso, o intemperismo químico que era muito forte foi acentuando as rochas e formando mantos de intemperização, o solos, o período mais seco levou tudo embora e assim foi evoluindo.
Foi explicado também pelo professor o processo das rochas graníticas que é o resfriamento lento do magma. Ele contou também que existem duas zonas de cisalhamento que corta aquela região. Uma dessas zonas de cisalhamento é a de Senador Pompeu, que é perceptível a partir do Santuário, um alinhamento tipo os inselbergs que estão todas na mesma direção.
Já do outro lado existe outra zona de cisalhamento, mas que já é uma zona muito fraturada onde vai ter uma menor intensidade de inselbergs e por essa área ser mais frágil o curso d’água, a erosão e o rebaixamento desta área vai ser mais fácil de existir. Com tudo isso vai acontecer o processo de pediplanação, em que, toda essa área está sendo esculpida a 65 milhões de anos sobre o regime semiárido.
A professora Natália comenta que todo esse processo que o professor João falou refere ao processo orogênese brasiliana que é o encontro da placa africana com a do Brasil. Essas formas só existem em 3 lugares no nordeste, Quixadá, Rio Grande do Norte e na Paraíba, são só nessas áreas que vão existir essa concentração maior de Inselbergs.
Através dessas zonas de cisalhamento foi permitido a exposição do Batólito que tem mais de 100 km2 que vai pegar Quixeramobim, Quixadá e Senador Pompeu. E ao redor dos inselbergs o Professor nos mostra os materiais sedimentares que, entre eles existe os espaços vazios “poros do solo”, que é muito fácil de acumular água durante o tempo chuvoso, formando a Plaia (praia em espanhol).
Teve um intervalo para conhecer o santuário e tirarmos fotos. Descemos o morro e fomos para o ônibus e saímos em direção ao local de almoço às 11hs: 42min, encerrando o almoço, às 12hs: 50min seguimos para o próximo ponto de visitas, a Pedra da Galinha Choca e o Açude Cedro.
Chegando ao Açude Cedro, conhecemos a sangria da mesma, um dos primeiros Açude do Brasil, construído em 1876 para combater a seca naquelas regiões , sua construção foi iniciada por D. Pedro II. Sua última sangria foi em 1989. Que deságua no Banabuiú e a Bacia do rio Jaguaribe.
Em seguida partiu-se para a Pedra da Galinha Choca, é o nome dado a um dos mais conhecidos monólitos existentes no município de Quixadá, no Ceará, tendo seu nome derivado de sua curiosa forma. O seu bico que foi quebrado pelo processo termoplastia. E não pelo fato de que o raio atingiu como muitos falam.
É um inselberg do tipo 2 que se caracteriza pela sua intensidade de fraturamento. Composto por 35% de biotita, que por isso tem uma fragilidade para que erosão molde a sua forma. Assim como os demais monólitos da região, a Pedra da Galinha Choca está sobre um terreno cristalino.
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