Resenha crítico avaliativa- estágio supervisionado
Por: Pâmela Suelen • 21/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.113 Palavras (5 Páginas) • 609 Visualizações
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro[pic 1]
Instituto Mutidicipinar- IM
Resenha critico avaliativa de Estágio Supervisionado III
As aulas de Estágio supervisionado III foram muito importantes para minha formação, pois me deparei com uma realidade pragmática e concreta do que é a escola pública, uma escola real, onde o professor é um trabalhador e não o salvador da humanidade, pois ao longo da graduação me foi apresentado uma visão romântica e culposa deste profissional que é "responsável por grandes partes dos problemas encontrados no educando" e sua metodologia de ensino sendo sempre questionada, em fim consegui enxergar esse profissional como trabalhador, intelectual orgânico e chefes de família dignos de seus salários.
Os textos abordados na disciplina me proporcionou uma visão ampla sobre as políticas voltadas para educação, a pressão que o professor sofre no âmbito educacional, as avaliações quantitativas sobre o trabalho deste, assim como a história de formação desse profissional.
Em sua perspectiva histórica foi muito interessante a abordagem sobre texto do Rocha (2000), pois aborda a questão do professor de Geografia era uma pessoa qualquer considerada erudita, tendo como um resultado o ensino propedêutico, pois era um ensino sem reflexão e geralmente pautado somente na descrição. Após trás uma discussão sobre a criação dos cursos de formação e Geografia apontando o quanto obsoleto é o nosso currículo, pois está pronto desde 1960.
O artigo de FERNANDES; BRITO; PERONI (2012) trás a problematização entre o Sistema Nacional de Educação (SNE) e o debate para a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020), onde SNE será um tema discutido nos próximos decênios, pois apresenta algumas implicações que trará problemas futuros, como o caso das relações entre o público e o privado (dado que o Estado brasileiro historicamente tem se eximido de garantir o direito à educação para todos) com isso tem ocorrido cada vez mais o setor mercantil influenciando a política nacional e todo o processo educacional, desde a gestão até o currículo, passa a ser definida pela instituição privada, imprimindo no público a lógica mercantil, além disso há o financiamento da educação básica brasileira (principalmente no que tange os recursos destinados para manutenção e desenvolvimento do ensino).
Quanto a discussão a respeito da formação de professores para o Ensino Médio, KUENZER (2011) apresenta um texto envolvente com a analise sobre a formação dos professores do ensino médio se constitui em estratégia de reprodução do capital, pois o trabalho docente não escapa à dupla face do trabalho capitalista: produzir valores de uso e valores de troca.
Estas duas dimensões, de produção de valor de uso e de valor de troca, não se opõem, mas sim guardam uma relação dialética entre si, compondo uma totalidade por contradição, em que, ao mesmo tempo, se negam e se afirmam, fazendo do trabalho um exercício qualificador, prazeroso e, ao mesmo tempo, desqualificador, explorador, causador de sofrimento. (KUENZER, 2011, p. 677)
No que tange essa discussão é importante ressaltar que o trabalho docente não foge a lógica do capitalismo, pois serve a lógica da acumulação do capital com a venda de sua força de trabalho e que forma capital humano para atender ao mercado. Isso é de certa forma sofredor para o docente, pois este acaba entrando em contradição que poderá se constituir em dimensões formativas contra-hegemônicas.
Macedo e Lamosa (2015) analisa a regulação do trabalho docente no contexto da reforma da educação, tendo como objetivo principal apresentar os resultados da pesquisa sobre implementação da contrarreforma gerencial do Estado, suas conseqüências na educação brasileira a partir da organização do novo modelo de gestão do trabalho escolar. Com um panorama histórico sobre a reforma geral da educação, após discute esse modelo no contexto no modelo de gestão integrada da escola com a inserção do Gide como um novo modelo de gestão da rede estadual de ensino pela Seeduc (Secretaria de Estado e Educação). após este ter ficado em na 26ª posição do Ideb (índice de desenvolvimento da escola básica). O Gide foi definida como o sistema de gestão para o conjunto de unidades escolares da rede estadual, que contempla os aspectos estratégicos, políticos e gerenciais inerentes à área educacional com foco nos resultados, tendo como referência as metas do Ideb, estabelecidas pelo Ministério da Educação. Assim, foram criadas diversas formas avaliativas, com isso foi criado o Iderj (Indice de desenvolvimento da educação do rio de janeiro), trazendo na bagagem diversas provas avaliativas sobre o rendimento escolar (exemplo : Prova Brasil e Saerj).
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