A Relação Teworia e Prática no Estágio Supervisionado- Resenha
Por: rosirenepinto • 8/9/2018 • Resenha • 663 Palavras (3 Páginas) • 473 Visualizações
GUEDES, Shirlei Terezinha Roman. A Relação Teoria e Prática no Estágio Supervisionado, IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, PUCPR, de 26 a 29/10/2009.
Rosirene Pinto de Oliveira Pantoja 1
O texto traz uma discussão acerca da relação teoria e prática no estágio supervisionado na formação de docentes, bem como, esclarece dúvidas conceituais sobre os termos. Estudos apontaram a necessidade de interação entre essas duas instâncias, ou seja, que o Estágio Supervisionado fase de treinamento profissional seja, de fato, o momento de praticar os conhecimentos teóricos, uma prática alicerçada na teoria, com a finalidade de transformação, não seja apenas o cumprimento de carga horária.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Lei 9394/96 faz a diferenciação entre os termos teoria e prática nos Art. 61 e 65, ressaltando ainda a importância de se fazer a associação entre eles, estabelecendo, inclusive, a carga horária mínima de 300h em prática de ensino. Já na Resolução nº. 2, 2002 do CNE/CP fica estabelecido 400h de prática ao longo do curso.
O Conselho Nacional de Educação - CNE orienta em seu parecer nº 9/2001 que a prática na matriz curricular dos cursos de formação de professores não pode reduzir o estágio como algo desarticulado do restante do curso. O parecer nº 15/2005 do CNE/CES determinou que “a prática como componente curicular é o conjunto de atividades formativas que proporcionam experiências de aplicação de conhecimentos ou de desenvolvimento próprios ao exercício da docência”. Essas regulamentações esclarecem o caráter da prática enquanto estágio “ação docente”, e da prática “ área curricular” mas não definem o trabalho a ser realizado em cada instância abrindo espaço para entendimentos diversificados.
A autora chama a atenção para a importância de se compreender que teoria e prática são indissociáveis, pois, afirma que o conhecimento não ocorre em momentos apartados, ele é ao mesmo tempo teórico e prático.
Segundo a autora é importante que haja a mediação do professor de estágio nas atividades desenvolvidas pelo estagiário, caso contrário suas ações podem não sair da zona do empirismo. Quando a autora diz “professor de Estágio” entendemos este como o professor supervisor interno, do local onde ocorre o estágio. Contudo, acreditamos que muito mais importante é o auxílio do professor da disciplina. O aluno necessita de instruções e direcionamento para a prática docente. Deveria, pois, esse aluno já chegar ao local do estágio com um cronograma, uma lista de tarefas ou práticas que devesse realizar diariamente, dentro do programa da turma e anteriormente acertado com a professora regente, supervisora interna. Dessa forma não cairiam no empirismo nem se deixariam tolher pelas ações do professor regente, a quem de direito a turma pertence.
É de suma importância a articulação entre as disciplinas com conteúdos que se complementem e convirjam para a formação do aluno para a prática docente. É necessário que haja mais prática em sala de aula simulando situações do cotidiano escolar para que o professor estagiário se desiniba e adquira confiança para a atuação no momento da prática em sala.
Assim, acreditamos que, de fato, o Estágio Supervisionado deve ser planejado, intencional e fundamentado no saber científico. Mas acima de tudo, que seja orientado. Compreenda orientado no sentido de direcionado. Com isso não estamos querendo dizer que o professor estagiário não seja capaz ou criativo, mas se não desejamos improvisos e empirismos, então que ele não seja atirado à prática docente sem um propósito.
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