Resumo crítico: DAMIANI, Amelia Luisa. O lugar e a produção do cotidiano. In: Ana Fani Alessandri Carlos. (Org.). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 1999. P.(161-171)
Por: Ewerton Müller • 22/4/2019 • Trabalho acadêmico • 462 Palavras (2 Páginas) • 807 Visualizações
DAMIANI, Amelia Luisa. O lugar e a produção do cotidiano. In: Ana Fani Alessandri Carlos. (Org.). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 1999. P.(161-171)
Traça a crítica ao espaço produzido pela sociedade, ou seja, a organização sócia espacial e sua reprodução. O enfoque no texto é o lugar do cotidiano das relações sociais e isso, diante do m odo de produção vigente (capitalismo), ganha proporções globais na vida social. Tal fato é bem evidenciado pela autora e com um nível de análise eficiente.
No tocante aos fatos que coincidem na análise do problema, a vida social e a gerencia dessa vida social pela máquina, mostra-se, assim, o cotidiano a ser tratado. Dessa forma, então, o social está no cerne da análise, não mais submerso no econômico e no político. A tomada da ideia marxista e seus conceitos, mostram o panorama relacionado as práticas social, e assim, a crítica a vida cotidiana moderna, a qual, a teoria, propõe a “mudar de vida”, por ser um projeto revolucionário a vida cotidiana é analisada como uma totalidade, incluindo a vida privada, o indivíduo e o vivido.
A cotidianidade como nível de análise, acentua a reprodução, o qual é o processo pelo qual a autora expõe sua crítica, em loco. Assim, o desigual desenvolvimento ou subdesenvolvimento diante do econômico e político, marca a característica organizacional da sociedade capitalista. Isso permite o acesso às ideias do pensar analítico de todo um processo histórico dialético, o qual por mais que a autora não afirme este método, ela expõe as ideias primordiais do mesmo.
O criticismo, é o aspecto adotado no texto, como já analisado. Mas, é importante destacar sua importância no tocante a cotidianidade no âmbito político, econômico e social, os quais estabelecem uma relação de lugar, este definido pela sociedade inteira. Com isso, o Lugar constitui-se por fatos e situações, que rodeiam a vida, ou seja, aqui é evidente o historicismo dialético da autora, que não é explicitado muito bem pela autora, porém com uma análise ferrenha é possível ter a leitura correta.
Portanto, o lugar é apenas um espaço físico sem a presença das relações sociais, as quais inserem o cotidiano, e por sua vez, a história. Com isso, o gênero de vida é, então, marcado pelo texto numa leitura durkheimiana, a qual institui a vida cotidiana, as lógicas institucionais. Por seguinte, o lugar é desmascarado como uma análise eficiente no tocante a uma concepção geral, lugar, então é reduzido a interpretações particulares de regiões e localidades aleatórias. O lugar como particular, dotado de historicidade é marcado pelo surgimento da diferença, e o posterior desenvolvimento desigual. Contanto, as diversas análises do cotidiano e lugar acabam por se saturar no decorrer do texto, por mais pertinentes que sejam, tais análises em demasia denotam um foco especial do leitor a tais análise.
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