Rio Grande do Sul: história e identidade
Seminário: Rio Grande do Sul: história e identidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatahrutz • 7/5/2014 • Seminário • 9.073 Palavras (37 Páginas) • 494 Visualizações
Rio Grande do Sul: história e identidade
Manoelito Carlos Savaris
Tradição:
É o ato de transmitir os fatos culturais de um povo através de suas gerações.
Essa palavra vem do latim, do verbo tradere, que quer dizer trazer até, entregar.
Tradição é o todo que reúne em seu bojo a história política, cultural, social e demais ciências e artes nativas, que nos caracterizam e definem como região e povo.
Tradição não é simplesmente passado. É tudo aquilo que do passado não morreu.
Nativismo:
Os valores são o nativismo, a coragem, a hospitalidade, a honra, o respeito a palavra empenhada, o cavalheirismo, além de outros.
Nativismo não é um culto, mas um dos valores desse culto. Nativismo é o amor que a pessoa tem pelo chão onde nasceu, onde é nato.
Tudo aquilo que é próprio do local de nascimento, natural, que é do próprio lugar, nato. Arte que nasce da terra, que fala, que conta, que enfoca e que valoriza as coisas da terra dizendo-se: poesia nativista, música nativista, muito embora saibamos que a expressão correta pra designar a corrente artística que valoriza os temas da terra seja “regionalista gaucha”.
Tradicionalismo:
Tradição é um culto. Nativismo é um sentimento. Tradicionalismo só existe no Rio Grande do Sul.
Não é, obrigatoriamente associativo, coletivo. É um movimento cívico cultural.
É a tradição que marcha, de geração em geração. Busca conservar as boas coisas do passado através do culto e da vivencia.
Movimento popular que visa auxiliar o Estado na consecução do bem coletivo, através de ações que o povo pratica.
Tradicionalismo é um sistema organizado e planificado de culto, prática e divulgação desse todo que chamamos de tradição.
Tradição, comparativamente, é o campo das culturas gauchescas. Tradicionalismo é a técnica de criação, semeadura, desenvolvimento e proteção das suas riquezas naturais, através de núcleos que se intitulam “Centro de Tradições Gauchas”.
O termo se diversificou e se define como um Movimento alicerçado em nossos CTGs, tornando assim uma fonte de cultura.
Tradicionalista:
Tradicionalista é um nativista que acredita na força da tradição e, por isso, se perfila como se fosse um soldado, na defesa e difusão de valores, princípios e crenças que constituem a própria história do gaucho.
O tradicionalista é o militante do tradicionalismo. Valores básicos: o espírito associativo, o nativismo, o respeito a palavra dada, a defesa da honra, a coragem, o cavalheirismo, a conduta ética, o amor a liberdade, o sentimento de igualdade, a politização e o senso de modernidade. É uma pessoa que preza as tradições, sem ser retrofago nem saudosista.
Gauchismo:
O gauchismo foi uma espécie de Liga de Defesa Nacional em âmbito sul-rio-grandense e pretendia, fundamentalmente, a comemoração das datas cívicas.
Gauchismo é a qualidade do gaucho, é a expressão típica de seu linguajar. O que lhe é próprio, seus ditos, comparações e suas “largadas”.
Regionalismo:
É tudo aquilo que se diz a respeito a uma região, termo, locução ou costumes próprios daqueles que vivem nessa região. É o regionalista que defende os interesses regionais.
Cultura:
É um sistema de atitudes e modos de agir, costumes e constituições, valores espirituais e materiais de uma sociedade.
Compõe-se de duas partes: o núcleo e as alternativas.
O núcleo é constituído pelo Patrimônio Tradicional, onde se concentram os hábitos, princípios morais, valores, associações e reações emocionais partilhadas por todos os membros de determinada sociedade, ou por todos os integrantes de determinada categoria de indivíduos.
Alternativas, constituídas por elementos culturais, que atingem somente alguns membros de uma sociedade. Essa zona de Alternativas tem a capacidade de fazer a cultura crescer e aperfeiçoar-se, porém se o núcleo, o Patrimônio Tradicional, for fraco, haverá uma invasão das alternativas que destruirão o núcleo, causando confusão social, pois que haverá, fatalmente, a perda das referências e dos indicativos de identidade daquela sociedade.
Folclore:
Folk – lore, folk = povo e lore = saber. Os estudos dos usos, costumes, cerimopnias, crenças, romances, refrões, superstições, etc... Portanto dia 22 de agosto foi institucionalizado como dia do folclore, no mundo.
Folclore é a ciência que estuda a cultura espontânea do grupo social, que estuda todas as manifestações espontâneas, tanto do ponto de vista material, quanto espiritual.
É a ciência do povo, são as tradições, os costumes, as crenças populares, o conjunto de canções, as manifestações artísticas, enfim, tudo o q eu nasceu do povo e foi transmitido através das gerações.
Folclore é a ciência que estuda o homem nas suas manifestações de cultura espontânea, quer sejam materiais, quer sejam espirituais.
No Brasil, considera-se Folclore o ‘estudo da cultura espontânea do povo civilizado dos campos e das cidades. ’.
O gaúcho:
Na idade do couro, o habitante do pampa era chamado de ’guasca’.
No sec. XVIII surge o termo gaudério, tido como homem sem lei nem rei, mantinha-se um equilíbrio instável entre o índio e o homem branco. Gaúcho aparece como sinômino de gaudério, são apresentados como homem sem lei e nem rei, campistas perturbados da paz, vagabundos que alarmavam os governantes e ocupavam a policia. Um fator importante, que formava a estrutura do ambiente em que vivia era a pratica de distribuição de sesmarias.
Passaram a integrar as tropas dos comandantes militares locais que, de estancieiros, travestiam-se em coronéis, comandando a resistência contra as tentativas de invasão dos espanhóis e portugueses.
Aos poucos, gaucho adquiriu outro sentido. Aqueles homens rudes, valentes, independentes, amantes da liberdade,
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