Sinopse do Documentário Os Krahôs

Em meio aos cenários exuberantes do que hoje chamamos de Maranhão, um povo semi nômade chamado Krahô encontrava seu lar ancestral. No entanto, a história desses indígenas tomou um rumo doloroso a partir do século XVIII, quando os invasores brancos começaram a pressioná-los para o sul, forçando-os a buscar refúgio no atual estado de Tocantins.

Hoje, em uma extensa reserva de 320.000 hectares, abrigam-se cerca de 1.800 Krahôs em 16 aldeias, onde preservam sua língua nativa, o Krahô ou Timbira, parte do tronco linguístico Macro-jê. O contato com os não-indígenas trouxe profundas mudanças para suas dinâmicas culturais, exigindo que aprendessem o português e adotassem novos nomes na nova língua, além de sofrerem alterações em suas práticas agrícolas tradicionais e perderem preciosas sementes ancestrais.

Em meio a esse processo de transformação, contaram com o apoio de importantes órgãos, como a Embrapa, para resgatar suas sementes perdidas e protegê-las no banco de sementes. Esse passo crucial permitiu-lhes iniciar um promissor processo de retomada de sua agricultura tradicional, caracterizada pela diversidade e harmonia com a natureza, sem a prevalência de monoculturas ou busca desenfreada por lucro.

Nessa jornada de resgate das tradições esquecidas, os Krahôs encontraram novamente suas raízes culturais, cultivando suas crenças ancestrais e redescobrindo antigas práticas agrícolas. Essa busca por suas origens e saberes tradicionais permitiu-lhes fortalecer sua identidade como povo indígena, reafirmando a importância de suas raízes e visão única do mundo. Ao preservar sua herança e sustentabilidade, os Krahôs seguem firmes na luta pela valorização de sua cultura e pela proteção de suas terras sagradas.