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Terra

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Por:   •  6/11/2013  •  Seminário  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  248 Visualizações

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Solo

Da escolha de um terreno apropriado depende, em grande parte, o êxito de uma cultura.

Para a cultura de cebola ser viável, é preciso que o solo escolhido seja bastante profundo, um tanto solto, suficientemente fértil e rico em matéria orgânica.

Um terreno francamente arenoso seria impróprio, porque resiste pouco às secas e conserva pouco os adubos aplicados.

Os solos argilosos também devem ser evitados: são duros, difíceis de serem trabalhados, e sua superfície endurece e racha depois das chuvas e das irrigações, se não forem escarificados a tempo. Em suma, as plantas não podem enraizar-se com desembaraço, e o resultado é a formação de bulbos pequenos, deformados, aumentando o número dos charutos.

Técnicos americanos há que condenem os solos ácidos para a cultura da cebola. Todavia, ela prospera bem, entre nós, em solos relativamente ácidos, e, no Rio Grande do Sul, toda a cultura é feita em solos com pH entre 5,5 e 6,0. Não sendo exageradamente ácido, o solo pode ser utilizado para o plantio da cebola.

Preparo do Solo

Escolhido o terreno, passa-se a cuidar do seu preparo para receber a cultura.

Logo que seja possível, após as chuvas de verão, já se começa a trabalhar o terreno. Tal preparo consiste em arar e gradear a terra. Trinta dias depois, nova aração e gradeação, convindo, dessa ver, aprofundar um pouco mais a lavra, pois, ao contrário do que se pensa, a cebola explora o terreno não só superficialmente, como, também, em profundidade. A maioria das raízes se localiza de 40 a 50 cm de profundidade, regular porção delas de 70 a 80 cm e, algumas, de 90 a 100 cm.

Convém notar que as raízes não descem, de inicio, perpendicularmente, mas caminham cerca de 10 cm, paralelamente à superfície, e a 5cm de profundidade, para depois baixarem às camadas mais profundas. Por essa razão é que as capinas devem ser superficiais e cuidadosas, a fim de evitar que as raízes sejam cortadas.

Como as raízes de cebola exploram o terreno em sua profundidade, seria de esperar que, quanto mais profundas fossem as lavras e as adubações, maior seria a produção. A experimentação, todavia, provou não ser verdadeiro tal raciocínio. Experiências levadas a efeito no IAC-SP, mostraram que, em terras profundas, não há vantagem em aprofundar as lavras, porquanto a produção não se altera. Em terras rasas, as lavras, além de certo limite, tornam-se prejudiciais, por misturar o solo com o subsolo. Assim, não são aconselháveis arações profundas, bastando uma lavra de 15 cm, mais ou menos.

A época de preparo do terreno tem grande influência, sobre a cultura. Não é demais insistir em recomendar que a primeira aração seja feita no término da estação das águas, isto é, em fins de fevereiro. Dessa forma, a retenção das águas já contidas no solo será maior, devido ao revolvimento da parte superior; haverá, ainda, pelo fato de a terra estar bem solta, um maior aproveitamento por infiltração, das chuvas que caírem daí em diante. Ademais, como a primeira aração é a mais penosa, nessa ocasião, devido à umidade do solo, o trabalho será facilitado.

Entre a última aração e o transplante das mudas, deve haver, no mínimo, um intervalo de 15 dias.

Se a transplantação se der logo depois de uma lavra mais ou menos profunda, pode-se esperar grande número de falhas, pelo fato de as mudas caírem em camada de terra com baixo teor de umidade, devido à evaporação provocada com o revolvimento da terra. Mesmo depois de vingarem, as mudas não poderão dar bons bulbos, por causa do meio impróprio que lhes foi proporcionado nos primeiros dias de vida no campo, e tornam-se raquíticas.

Se a cultura não vai ser irrigada, é o bastante esse preparo. Quando muito, pode-se

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