Ucrania

Um dos principais fatores que causaram o protesto na Ucrânia foi o fato da mesma ser dividida em duas partes: oriental-sul e ocidental. A parte oriental-sul fica bem perto da Rússia, onde existe um forte sentimento de nostalgia dos anos de integração soviética.

Já da parte ocidental fazem parte a geração mais jovem e de onde saiu o movimento de aproximação da União Europeia. Por fim, cada um desses lados, têm interesses e pressões distintos e derivados de grandes potências mundiais.

Em novembro, quando Yanukovich decidiu recusar um acordo que aprofundaria as relações da Ucrânia com a UE que estava sendo negociado havia três anos. Em troca, o presidente fez maior aproximação com a Rússia, o que levou com que várias pessoas fossem às ruas.

As manifestações foram reprimidas pelo Estado e o número de mortos e feridos aumenta a cada dia. Segundo o Ministério da Saúde da Ucrânia, o balanço de mortos do dia 18 de fevereiro nos violentos confrontos entre manifestantes e forças de segurança é de 75 pessoas e outras 76 permanecem feridas.

O próprio Parlamento do país condenou os excessos da polícia para coibir os protestos e proibiu as operações antiterrorismo anunciadas pelos serviços secretos e o uso do Exército. As medidas foram aprovadas com os votos de 236 deputados, de um total de 450. Porém, somente 238 estavam presentes.

No dia 19 de fevereiro, o presidente Viktor Yanukovich se reuniu com os três principais líderes da oposição e anunciou uma trégua, a qual não foi realizada com sucesso, pois o que se via no dia seguinte em Kiev era, simplesmente, um banho de sangue nas ruas.

A situação está tão crítica que o Ministério do Interior Ucraniano chegou a pedir para que os habitantes de Kiev não saíssem de suas residências, para evitar pessoas armadas e com intervenções agressivas.