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Um Acidente Ambiental

Por:   •  10/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.464 Palavras (6 Páginas)  •  250 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        

DESENVOLVIMENTO        

CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS        


INTRODUÇÃO

Às 22 horas do dia 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, da empresa British Petroleum (BP), matou 11 funcionários e feriu 17 no Golfo do México, sendo que 126 pessoas estavam no local e tiveram que saltar de uma altura de 30 metros para se salvarem. Além de jogar no mar mais de 4 milhões de barris de óleo, no pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.


DESENVOLVIMENTO

A explosão da plataforma, administrada pela British Petroleum (BP), ocorreu na madrugada de terça para quarta-feira, 21 de abril de 2010, a aproximadamente 80 quilômetros da costa da costa do estado americano da Louisiana, e a cerca de 75 quilômetros da cidade de Venice. O acidente foi desencadeado por uma bolha de metano que escapou do poço e disparou para cima, pela coluna de perfuração, expandindo-se rapidamente ao eclodir através de diversos lacres e barreiras antes de explodir; informaram funcionários da plataforma entrevistados pela BP, que conduziu uma investigação interna do caso. Ao todo, 11 funcionários morreram no acidente e 17 ficaram feridos com diferentes níveis de gravidade. Um sistema automático deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar, mas não fechou assim, com a falha do equipamento de emergência, quando a plataforma afundou, a tampa do poço ficou aberta causando um vazamento submarino que liberou milhões de barris de óleo cru no Golfo do México.

O petróleo vazou da tubulação rompida a 1,5 quilômetros da superfície do mar, formando uma enorme mancha negra sobre o Oceano Atlântico correspondente a onze vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, estimativas da empresa BP apontavam para o derramamento de 5 mil barris de petróleo cru por dia no oceano durante o acidente, o equivalente a 800 mil litros. Aproximadamente 4,9 milhões de galões, ou cerca de 780 milhões de litros de óleo, entre 20 de abril e 15 de julho de 2010 configurando-se como a maior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos que prejudicou a fauna marinha, o turismo e a pesca na região. A quantidade acumulada era quase três vezes maior que o vazamento do navio petroleiro Exxon Valdez, ocorrido no Alasca em 24 de março de 1989, até então considerado o mais grave em águas norte-americanas. Na ocasião, foram espalhados 250 mil barris (40,9 milhões de litros) de petróleo cru no mar, provocando a morte de milhares de animais.

O Departamento de Pesca dos Estados Unidos emitiu um boletim alertando para os danos causados a animais marinhos do golfo, tanto pelo petróleo quanto por produtos tóxicos usados na limpeza. Segundo o documento, os componentes químicos do petróleo causaram irritações, queimaduras e infecções na pele dos animais marinhos e a ingestão do óleo causou problemas ao aparelho gastrointestinal, danificou órgãos e, em longo prazo, levou vários animais à morte. Entre os animais em risco estava a ave-símbolo do Estado de Louisiana, o pelicano marrom, que se tornou um dos símbolos dessa tragédia ambiental, com várias fotos divulgadas pelo mundo todo. Toda vez que o pelicano marrom mergulhava atrás de peixes, ele ficava com as penas cobertas de óleo; desse modo, não conseguia regular a temperatura corporal e morria de hipotermia. Cinco espécies de tartarugas marinhas, além de golfinhos, cachalotes, camarões e outros crustáceos e peixes foram contaminados e também estavam entre as espécies ameaçadas. Ao redor de todo o mundo, era possível acompanhar pela televisão imagens de aves e peixes mortos ou tentando sobreviver em meio à camada negra de óleo, com isso, a pesca comercial e recreativa foi proibida. O motivo, segundo o governo, era proteger a população do consumo de moluscos contaminados com componentes cancerígenos do petróleo. O biólogo Fabio Moretzsohn, Ph.D em Biodiversidade Marinha e cientista assistente de pesquisa do Harte Research Institute for Gulf of Mexico Studies, vinculado à Texas A&M University, dos Estados Unidos, em sua palestra sobre “Riscos à biodiversidade pela exploração de petróleo em águas profundas e no pré-sal brasileiro” afirmou que, apesar de impactantes, esses dados incluem apenas os animais vertebrados. “Pouco se preocupam com os invertebrados, plantas, algas e micróbios, que formam a base da cadeia alimentar, além das colônias de corais de profundidade”, alertou. Segundo ele, é provável que nunca se saiba a extensão da área afetada pelo derramamento, porque fazer pesquisas em profundidade é caro e difícil, e, além disso, o óleo demora dezenas de anos para se degradar e continuar a afetar o meio ambiente.

Inúmeras ações já tinham sido tomadas pelas BP para tentar conter o vazamento de petróleo, mas a lâmina d’água de trabalho (1.500 metros) e a profundidade do poço (5.400 metros) tornavam o desafio da empresa ainda maior. Uma câmara de três andares de altura, feita de cimento e aço e pesando mais de 100 toneladas fora abaixada em direção ao buraco principal para interromper o fluxo, conter o óleo ainda no fundo e bombeá-lo para a superfície, porém, cristais de gelo entupiram a estrutura e abortaram os planos. Outras das técnicas utilizadas para tentar minimizar o estrago do vazamento foram, a queima de óleo na superfície, transferindo o hidrocarboneto das águas para o ar, e a construção de uma grande barreira flutuante na tentativa de proteger o nono maior porto do país. Milhares de litros de dispersantes, produtos químicos surfactantes que fazem o óleo afundar, também foram lançados sobre a mancha com a expectativa de que o dispersante quebrasse a composição do óleo e que, com o passar do tempo, a mancha flutuante diluísse em partículas menores, e biodegradáveis. Até cabelo e pelo de animais foram utilizados para conter o óleo com a ideia de que o cabelo, colocado dentro de meias de náilon, absorvesse o óleo espesso que se aproximava das praias; em entrevista à BBC, a co-fundadora da entidade beneficente que liderava a campanha de arrecadação, Lisa Gautier, disse que o cabelo é um material extremamente eficiente na absorção de todos os tipos de óleo, incluindo o petróleo, explicou ainda que cada folículo tem grande área de superfície, à qual o óleo adere.

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