A Arte Moderna Geral
Por: Lauracat • 28/5/2018 • Trabalho acadêmico • 10.178 Palavras (41 Páginas) • 304 Visualizações
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Arte Moderna Geral
Aula 1 – 10 de Fevereiro de 2014
- Renascimento
- Maneirismo
- Barroco
- Itália no seculo XIV já é renascentista
- Portugal do seculo XIV ainda é Gótico
- Estamos num período complicado
- Europa esta a estruturar-se
- Durante estes três períodos não há uma realidade temporal para as várias culturas e povo
- Em Portugal os movimentos chegam de forma tardia e apresenta um gosto há “Flandres” diferendo do italiano
- Duas Matrizes
- Itália
- Norte da Europa
Aula 2 – 13 de Fevereiro de 2014
Renascimento
- “Nascimento de um novo Homem”
- Compreender o homem por trás da obra
- Seculo XV a XVIII – toda a história Moderna
- A história está dividida em vários períodos
- Época clássica
- Idade Media
- Idade Moderna
- Idade Contemporânea
- Estudar o Homem do seculo XV
- A história não evolui numa única linha
- Desfasamento cronológico
- O tempo é o mesmo, o contexto também, mas as pessoas são outras
- Basear o conhecimento em cronologias
- Não existem actos definidos que indiquem o início da Arte Moderna
- Como é que o homem faz obras nos vários seculos?
- Como e que o homem do seculo XV faz arte? É assim nos outros seculos
- Arte = Artista + Encomendador
- A arte complementa-se para o público
- A arte só existe em função do observador
- A arte que não é vista não é arte
- A arte tem uma função essencial – Que passa pela compreensão do homem de si mesmo
- A arte é um veículo, não termina em si mesmo
- Quando começa a idade Moderna?
- Não temos um ano, mas sim um seculo
- Começa nos finais do seculo XIV, inícios do seculo XV
- O que muda da idade Média para a Idade Moderna?
- Muda a política
- Muda a geografia
- Muda a cultura
- Muda o entendimento do homem de si mesmo
- Há o entendimento próprio de que se vive uma época diferente
- Há uma cronologia que se assume como diferente
- Há uma cronologia que assume a Idade Media como o “meio”
- Pela primeira vez na história, de forma generalizada, no seculo XV, o homem não olha apenas para a geração que o antecedeu, mas várias atras, procurando um modelo de comportamento
- Homem moderno vasculha a Antiguidade clássica à procura do “nada” apenas vasculhando
- Sociedade encontra uma fundamentação teórica para o tempo atual
- Encontram a antiguidade clássica através dos textos, dos vestígios
- Procuram atingir uma matriz cultural e civizacional
- Ideia da direção em que devem ir: Letras, Artes
- Problema: não se pode conhecer uma cultura apenas pela sua literatura, pois são apenas recriações sintéticas da realidade
- Termo “Humanista” apenas surge nos finais do seculo XVII, no seculo XV fala-se em “literatos”
- Visão que chegou aos literatos é romantizada, pois é uma interpretação de outras interpretações
- Sociedade extraordinariamente “aberta” (Itália) e individual, onde há fluidez social
- Itália é mais influente porque tem o Papa, os cardeais e os grandes artistas
- O que muda no homem da idade Média e da idade Moderna?
- Muda o modo como o homem se vê na sociedade
- Na idade media quem nasce na plebe, morre na plebe, mas na idade moderna inventa o valor do dinheiro e permite o nascimento do comercio “que não produz nada” apenas cambia as coisas/produtos em sítios onde os mesmo não são tao comuns
- Comércio terrestre é substituído pelo comércio marítimo
- Fator do dinheiro é diferencial entre o homem
- Idade Moderna não é um tempo ateu
- Italianos são essencialmente comerciantes
- Comerciantes = Burguesia
- Civilização do renascimento é essencialmente urbana
- Competição comercial começa nesta altura
- 1. Ter os melhores produtos
- 2. Comprar o mais barato possível
- 3. Vender o mais caro possível (lucro)
- Deixar memórias de si mesmos e refletir o prestígio no futuro dos filhos (Ex: Médicis que chegou a Papa)
- Fazem-se companhias para negociar mais facilmente, de forma mais rápida (associações)
- Surgem em Itália as companhias de seguro
- Vender produtos exóticos da mais lucro devido à raridade
- Surge o banqueiro e o funcionário, sendo que o primeiro não corre quaisquer riscos, mas obtém lucro através das pessoas em quem investe
- Acordos
- Itália – 1 Ano e 1 dia
- Norte Europa – 5 Anos
- Tem que cumprir os prazos e objetivos
- Tem que garantir a salvação da alma – Como?
- Ser “bom” não chega
- Tem que usar o seu dinheiro para apoiar a igreja e as suas obrigações – Venda de Indulgencias (seculo XVI)
- O que falta à Burguesia?
- Ancestralidade, mas podem subir socialmente por matrimónio ou ao investir na educação e futuro dos filhos, devendo este atingir cargos eclesiásticos ou políticos
- Os literatos é que dão uma educação especializada aos filhos dos comerciantes
- Compreender a ancestralidade, fundamenta-la e criar chancelarias em latim (língua oficial dos humanistas)
- Idade média já tinha contacto com a cultura clássica, mas apenas o homem moderno irá procurar a sua matriz nela
- Procuraram o verdadeiro latim, o ciceroniano
- Descobrem uma civilização extraordinária (língua, direito, mito)
- Latim “morre” na idade média, o que fez com que lhes cheguem mais do que uma versão de um texto
- Literatos juntam as duas versões e publicam o livro
Aula 3 – 24 de Fevereiro de 2014
Renascimento
- Época de expansão geográfica e de conhecimento
- O homem do renascimento insere-se no seu tempo
- A arte evolui para o homem do renascimento é diferente do homem do medieval
- Século XV
- Momento de charneira/ mudança/evolução
- A arte sem sempre evolui
- Procura de condições /saber
- Génese do movimento surge em Itália
- Resto da europa tenta estabelecer fronteiras, monarquias, sociedade
- Enquanto a Itália é um microcosmos?
Pressupostos do Renascimento
- Essencial: ligação à natureza (pode e deve ser integrada na linguagem artística)
- Influência da antiguidade clássica (Grécia e Roma), em modelos teóricos e modos de vida
- A arte como espelho do quotidiano
- A arte é uma linguagem que obriga a características de comunicações entre 3 elementos essenciais
- Artistas
- Encomendador
- Fruidor
- 3 Elementos de comunicação que tem de estar em sintonia
- Europa essencialmente católica
- No renascimento começam a aparecer outros temas
- Mais individualismo dos artistas, entre o tempo e o encomendador
- Evolução do artista, onde este é alguém diferente
- Seculo XVI – Fenómeno da assinatura
- Na idade média o importante é a peça e não a assinatura
- O homem medieval tem dois aspetos
- Elementos espirituais
- Elementos carnais – Elemento do pecado que se encontra na natureza
- O homem é um todo – S. Francisco de Assis (século XIII, prega a repartição da natureza)
- Nem tudo é um mal
- Natureza é criada por Deus para servir o homem
- Devoção sobre o próprio homem
- Integra o homem na paisagem
- Homens do renascimento são práticos
- Seculo XV – Cria-se uma medida de ficção para a arte
- Ligação a realidade – 3 Aspetos
- 1. Quanto ao tema
- 2. Quanto ao material
- 3. Quanto a natureza
- Não se fala se estética mas de valor simbólico
- No seculo XV não se consegue separar estes valores
- Encomendadores práticos
- Linguagem de compreensão, clara e esteticamente correta
- Bons materiais
- Humanistas servem aos artistas e encomendadores
- 1. Textos
- 2. Identificação das ruinas
- 3. A arte tem que ser contemporânea – Arte concreta
- Seculo XVI – Artistas vão a Roma estudar
- Roma e Grécia, ligação a natureza e a arte contemporânea
- Renascimento – Época ateia?
- Mentira, o homem é igual ao da época medieval
- Fogo eterno – Salvação da alma, proximidade da igreja
- Ligação a natureza
- O que o artista faz?
- O encomendador pede uma pintura e não emite valores estéticos, de cores, etc.
- Os Médicis não sabem nada de Arte
- Mas sambem aquilo que quer e o valor que pagam
- Encomendador faz acordo com o artista
- Contem o tempo de execução (Ex: até à pascoa tem que ter algo feito e vão pagando, e no natal tem que ter outra parte feita e só assim pagam
- Estando feita a obra é verificada por outos artistas para saber se paga o final
- Vêm os materiais se são bons, o tamanho e se está parecido com o real
- “A pintura é uma janela aberta para o mundo” – Da Vinci
- Imitação do real – Na arte é difícil de fazer
- 1. Para imitar a natureza é preciso que esta não seja considerada pecado
- 2. Valorização e compreensão do acto de ver
- O que é ver e para que serve?
- Serve para descobrir o mundo que nos rodeia
- Universo físico – Matéria e espaço
- Ver e compreender as texturas, cores, espaço, etc.
- A visão permite medir a dimensão e profundidade
- O espaço é mensurável através do olhar
- O objeto varia perante a distância – Perspetiva
- 2 Conceitos na pintura e escultura
- Medida
- Modulo
- Conjunto de medida que constituem uma figura
- A pintura passa de bidimensional para tridimensional
- Fundamental é o homem e não a natureza
- Ciência e arte interligam-se
- Itália vai servir e compreender este percurso
Europa do Renascimento – Espaços e Poderes
- Europa do seculo XVI está muito dividida
- Itália esta desfragmentada – É um laboratório
- Itália faz fronteira entre o Oriente e Ocidente
- França e Espanha tem o mar mediterrâneo
- Como funciona a europa com a proliferação de Itália
- Imperio de Carlos V (1512)
- Charneiras com caminho para o mediterrâneo
- 1519 – Carlos V
- O mundo torna-se maior
- 2 Aspectos
- Flandres na época de Carlos V
- Império Otomano, vai da Hungria ao Egipto
- O Papa tem receio que sejam invadidos
- Itália do seculo XVI
- Vários estados
- Sienna é uma república
- Arte difunde-se em 3 Aspectos
- 1. Cultura
- 2. Difusão do estilo
- 3. As viagens dos artistas
- Artistas vão do Norte para Itália e vice-versa, mas também para a Península ibérica
Aula 4 – 27 de Fevereiro de 2014
A influência da Antiguidade no Renascimento Italiano
- O renascimento esta dividido em dois momentos essenciais
- 1. Descoberta da Natureza (Pintura realista)
- 2. Influência da Antiguidade
- Proteção dos humanistas e artistas
- Conjunto de artistas que sabem fazer perspetiva
- Invenção do espaço pictórico – Necessidade de desmontar a realidade
- Reconstruir para voltar a construir
- A arte reconstrói-se sempre, ou seja, o artista cria
- Pintura, não só desenho, não só cores, mas sim a composição que é um conjunto de objetos que criam a imagem
- A perspetiva está explorada em 1520
- A arte evolui constantemente
- Afirmação da individualidade
A pintura do Quatrocento em Itália – As Primeiras Experiências
- Relação de objetos
- Cenni Di Peppo, Dito o Cumabue, 12721-1300
- Entendimento da evolução não é contemporânea
- Vassari (Pai da historia da arte) considera que a arte tem uma evolução orgânica como o humano
- Como se aprende Arte? Trabalhando nas oficinas e não nas academias
- Os conhecimentos são passados de mestres para aprendizes
- Ensinamentos de Giotto só são recuperados no seculo XV
- Giotto – “A arte gótica, é onde a arte perdeu estética”
- Essencial na arte é a beleza estética
- Giotto ainda é medieval
- Seculos XIII e XIV
- Pintura bidimensional
- Não há imitação da realizada
- É expressivo no entanto são evocativas
- Personagens são amontoadas (não existe espaço)
- Só existe um plano na pintura desta altura
- Representação humana sem nenhuma convenção
- Panejamentos já muito parecidos com as esculturas
- A arte é uma linguagem e promove um discurso próprio
- Discurso emocional
- Discurso material
- A arte é um jogo, com regas
- A arte é ilusória
- Distinção de planos – usando uma cor escura como fundo e uma cor mais clara por cima
- A figura está em movimento “brusco” onde não se percebe para que lado se mexe
- Cruz é feita de linhas retas e o corpo humano, ajudando a uma melhor distinção
- Conceito de volumetria
- Criação de um sistema visual – Pintura e escultura
- Evolução da pintura
- Salientar o rosto, com tratamento de sombra, tornando a imagem real (tratamento do real)
- Pintura é essencialmente feita em murais ou em madeira
- Pintura sob madeira tem dimensão media
- Pintura mural tem a dimensão que quiser, dependendo do tamanho da parede
Giotto da Bondone: 1267-1337
- Sentido de espaço entre as figuras
- Claro e escuro mais acentuado (Relevo)
- Panejamento melhorou em relação ao anterior
- Hierarquia de importância – Apenas Cristo é Importante
- Noção de dimensão
- Mais a proximidade do real
- Tridimensionalidade
- Panejamentos de menino Jesus é natural
- Igreja Superior, Assis – Ciclo da Vida de S. Francisco (1290-95)
- Igreja gótica
- Frescos de Giotto vão da capela-mor e dá a volta
- Historia contada pelas personagens em 1º plano e não pelo fundo 2º plano
- Figuras contracenam umas com as outras
- Toda a pintura do renascimento é feitas em torno da figura humana
Aula 5 – 6 de Março de 2014
Pintura (continuação)
- Descoberta da realidade/natureza que era uma forma de inspiração para os artistas
- A arte é uma linguagem
- Toda a pintura bidimensional, a profundidade (sugerir perspetiva) é feita pelos artistas
- Olhar para a natureza e tentar copiar
- Toda a arte é um jogo
- Toda a arte é manipulação que obriga o observador a entrar no jogo
- Toda a arte precisa de um emissor e recetor em sintonia
- Giotto era um estudioso da condição humana
- Giotto da expressão há personagem tentando imitar a realidade
Mosaccio – 1401-28
- Morre jovem com 27 anos
- Tem poucas obras
- Tommaso di ser Giovanni di Simone Guidi Cassai é o nome de batismo do artista que nasceu em 1401, tendo provavelmente estudado com Brunelleschi
- Em 1422 Mosaccio é reconhecido como mestre pela corporação dos artistas de florença
- De 1424-28 está a trabalhar em Florença, onde contacta com Donatello, Ghiberti e outros artistas essenciais para a compreensão do renascimento
- Sentido de profundidade
- Naturalidade na representação de panejamento
- Noção bastante clara de perspetiva
- Noção de volumetria deriva da cor (claro sobre escuro)
- Maior dinamismo
Aula 6 – 10 de Março de 2014
Pintura (continuação)
- O pintor é um criador total
- Se a pintura quer imitar a realidade então tem que haver movimento
- A realidade não é estática, mas está sim sempre em movimento
- Mosaccio
- Capela-mor, Igreja do Carmo
- A tridimensionalidade constituiu um elemento essencial para Mosaccio
- Uso dramático da cor e do movimento
- Artista domina a execução da pintura
- Sentido cada vez mais humano da ação
- Todas as linhas confluem num único ponto de fuga
- Mosaccio começa a perceber que o movimento pode ser sugerido através de uma sequencia de ações ou pelo movimento do corpo
Perspetiva
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