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A Bandeira de Portugal

Por:   •  30/3/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.045 Palavras (5 Páginas)  •  306 Visualizações

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EVOLUÇÃO DA BANDEIRA PORTUGUESA

INTRODUÇÃO

Um país caracteriza-se por vários aspetos, como as pessoas, a gastronomia, os monumentos, o clima... Mas cada nação, desde há muito, se identifica com símbolos como a bandeira e o hino nacional. Nesta apresentação, o objetivo é retratar a evolução da bandeira nacional portuguesa. Um percurso que vale a pena conhecer…

DESENVOLVIMENTO

As bandeiras, numa fase inicial, consistiam na ostentação dos escudos de armas dos senhores. Quanto a Portugal a bandeira teve a seguinte evolução:

D. Afonso Henriques (1143-1185), durante as primeiras lutas pela Independência de Portugal, terá usado um escudo branco com uma cruz azul. Popularmente existe quem associe a cruz azul à lenda da Batalha de Ourique, que conta que D. Afonso Henriques terá visto o sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado, que lhe terá dito “In hoc signo vinces” (com este sinal vencerás), numa promessa de proteção ao Reino, prevendo a fundação de um grande Império.

Na época de D. Sancho I (1185-1211), as armas reais passaram a ser representadas por cinco escudetes azuis, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. Cada escudete tinha um número elevado e indeterminado de besantes de prata. Sobre a origem e o simbolismo dos escudetes existem muitas teorias. As mais conhecidas, relacionam os escudetes com as cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique; ou com os 5 reis mouros que venceu; ou com as cinco chagas de Cristo.

Por não ser filho primogénito de D. Afonso II, D. Afonso III (1248-1279), ao herdar o trono do seu irmão D. Sancho II, não pode usar o símbolo de armas do pai, razão porque se pensa que terá introduzido uma bordadura vermelha, semeada com um número indeterminado de castelos de ouro, provavelmente em homenagem à memória do avô, D. Afonso III de Castela, ou da sua mãe D. Urraca de Castela. Contudo, a tradição conta outra história, atribuindo os castelos às fortalezas que conquistou aos mouros, no Algarve.

Com a subida ao trono de D. João I (1385-1433), Mestre de Avis, surgiu nova quebra na continuidade dinástica. D. João I, filho bastardo de D. Pedro I, para se distinguir do seu meio irmão D. Fernando, adicionou à bordadura as pontas da cruz verde da Ordem de Avis. Nesta época surge o termo quina para designar os escudetes.

D. João II (1481-1495), ao subir ao trono, ordenou que fossem retirados das armas reais os remares de flor-de-lis e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura vermelha manteve-se semeada de castelos de ouro, em número de sete ou oito.

No reinado de D. Manuel I (1495-1521), as armas reais foram fixadas em fundo branco. O escudo estava ao centro, com a bordadura vermelha com castelos em ouro, sobre a qual foi colocada uma coroa real aberta.

No reinado de D. Sebastião (1557-1578) a coroa, que figurava sobre o escudo, foi substituída por uma coroa real fechada. Nas bandeiras desta época figuraram coroas fechadas com um ou três arcos. Mais tarde passaram a ter cinco arcos, os quais se conservaram até ao fim da monarquia. A coroa fechada pretendia reforçar a autoridade do poder real.

Durante a Dinastia Filipina (que governava também a Monarquia Espanhola), o escudo português não sofreu alteração, uma vez que as armas das duas monarquias se mantiveram sempre separadas.

No reinado de D. João IV (1640-1656), a bandeira de D. Manuel, com a Cruz da Ordem de Cristo e o fundo em verde, foi amplamente utilizada durante todo o período da Restauração.

No reinado de D. João V (1706-1750), o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época, terminando o bordo inferior em bico de arco contracurvado, a coroa mostrava 5 arcos e passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.

No reinado de D. João VI (1816-1826), surgiu a esfera armilar em ouro num campo azul por trás do escudo, simbolizando o reino do Brasil, sobre ela estava uma coroa real fechada.

No reinado de D. Manuel II (1908-1910), a bandeira passou a ser bipartida verticalmente nas cores de azul e branco, ficando o azul junto da haste e as armas reais colocadas ao centro. Esta bandeira, conhecida por bandeira liberal, fez desaparecer a esfera armilar e reaparecer o escudo utilizado por D. Afonso V.

Após a instauração do regime republicano (desde 1910), Dr. Teófilo Braga foi nomeado Presidente do Governo Provisório republicano. Mais tarde, o Dr. Manuel de Arriaga foi eleito Presidente da República.

A Bandeira Nacional, hasteada desde a implantação da República, passou a ser bipartida verticalmente em duas cores, verde-escuro e vermelho-escarlate, ficando o verde do lado da haste. A Bandeira tem de comprimento uma vez e meia a altura; a parte esquerda do fundo é verde-escura e ocupa dois quintos do comprimento total; a parte restante é vermelha-escarlate e ocupa os restantes três quintos do comprimento da bandeira; ao centro, sobreposto à união das cores, aparece a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada a negro, e o escudo das armas nacionais, orlado de branco, com cinco quinas azuis dispostas em cruz (as quinas possuem cinco besantes brancos, bordadura vermelha e sete castelos dourados na bordadura).

Relativamente ao simbolismo:

  • O verde significa as nações que são guiadas pela ciência. Na versão popular, simboliza a esperança no futuro (também há quem goste de recordar o verde como um símbolo das florestas portuguesas).
  • O vermelho-escarlate foi a cor das revoluções democráticas desde o século XVIII. Simboliza a luta dos povos pelos ideais de Igualdade, Fraternidade e Liberdade. Na versão popular, simboliza os sacrifícios do povo português ao longo da sua história.
  • A Esfera armilar, emblema do rei D. Manuel I, homenageia os descobrimentos.
  • O Escudo ou Brasão das Armas Nacionais, assenta sobre a esfera armilar, englobando as cinco quinas e a bordadura de castelos.
  • As Cinco Quinas e a Bordadura vermelha com os sete castelos dourados, evocam a original bandeira de D. Afonso Henriques e de D. Afonso III, respetivamente.

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CONCLUSÃO

A terminar este trabalho gostava de realçar que foi muito interessante desenvolvê-lo, porque tive oportunidade de perceber de que forma evoluiu a bandeira de Portugal, bem como transmitir essa evolução aos meus colegas.

Espero ter outras oportunidades semelhantes com temas diferentes!

BIBLIOGRAFIA: Bandeira e Hino. Editor: Impala, outubro 2008, 32p.
FONTE DE IMAGENS: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=487086

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