TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A CULTURA POP ART

Por:   •  20/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

Página 1 de 7

 CULTURA POP ART

De acordo com a análise de Enrique Padrós, autor do texto: Capitalismo prosperidade e Estado de bem estar social, a sociedade após a Segunda Guerra Mundial se transformou drasticamente ao que se refere aos meios de consumo, produção cientifica, artística, literária, musical. O século XX se encontrava em efervescência de ideias acerca do que seria uma sociedade ideal, e por conta disto, os países destruídos pela guerra queriam se reerguer através da economia de massas. Se pensou uma política voltada para a população geral, onde a geração de produção seria transformada em série, produtos passaram a se tornar cada vez mais baratos e mais próximos da sociedade. Foi com o fordismo que a produção em série se tornou primordial para que o capitalismo se tornasse mundial. Todos queriam copiar o preceito regido pelos Estados Unidos, onde se pensou num Estado de bem estar social, que era praticamente a visão de uma vida mais estável para a população, onde se pensava uma sociedade com benefícios voltados para o povo, um aumento de salário, escola pública e mais desenvolvimento industrial e tecnológico. Mas esse preceito de viabilização do povo estava longe de se pensar em bem comum, o que se pretendia era o maior número de consumo e mão de obra para as novas tecnologias criadas.

Isto ocorreria com o ensino de qualidade e com o advento de melhores salários, onde se podia beneficiar o consumismo tão venerado nos anos pós-Guerra. A população se beneficiou com uma nova forma de viver, mais tecnologia significava mais produtos para a utilização doméstica e para o lazer. Mas mesmo que essa população estivesse satisfeita, havia uma parcela que desejava um mundo mais utópico e propicio para a satisfação social. Onde se acabasse com as mazelas sociais e as guerras de poder. Grupos foram se tornando cada vez mais constantes. E com isso se tornou avassalador a luta pela paz pelos denominados de Hippies, esse grupo crescia cada vez mais pelo mundo afora, e se tornava unanime sua vida de liberdades extremas e de prazer condicional. Com este grupo nasceram movimentos artísticos que criticavam a massificação do capitalismo, através de tantas marcas que estavam se expandindo para outros continentes, como a Coca-Cola, através de propagandas que entravam na casa das pessoas pelos novos meios de comunicação em massa, como a tv, que se tornou um dos eletrodomésticos mais procurados nos Estados Unidos, havendo um maior número de produção. Com as propagandas, os produtos chegavam cada vez mais rápido as casas das pessoas, abriam suas mentes e as tornavam robôs do consumo.

Uma das movimentações artísticas criada em 1930 na Europa, volta com força total em meados de 1950 e 60, tornando-se expressão de destaque à crítica ao capitalismo crescente. Este movimento se chamava Pop Art, considerado um ícone de transformação na forma de se fazer arte. Ele foi considerado por muitos uma nova etapa para a construção de arte moderna. Os artistas desse movimento se consideravam únicos e acreditavam que cada um fazia sua própria arte. Pretendiam demostrar com suas obras de arte, a manifestação da cultura popular capitalista. Procuravam na estética das massas demostrar uma nova forma de arte, que buscava no material real, o que era chamado de arte distorcida, propondo o produto igual ao existente na realidade. Consideravam que a vida seria a própria arte, então utilizavam de produtos como gesso, poliéster, tinta acrílica e látex para mostrar a produção de objetos do cotidiano. Criticavam profundamente o capitalismo da sociedade e o consumo desenfreado, e demostravam isso através de signos estéticos, cores inusitadas e vibrantes, massificadas pela publicidade e pelo consumo. As obras se firmavam como – Sociedades de consumo; cultura popular; crítica ao modo de vida americano e o cotidiano. Um dos artistas pop americano que se destacou na pintura foi Andy Warhol, que criava obras em cima de mitos ao retratar ídolos do cinema e da música popular como – Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Marlon Brando e sua favorita Marilyn Monroe. Mostrava em suas obras como esses artistas eram figuras impessoais e vazias, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Ele utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objeto produzido e massa para consumo, como as garrafas de Coca-Cola e as latas de sopas Campbell. Também utilizava as técnicas de colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.

Duas obras em destaque a crítica do capitalismo de Warhol:

[pic 1] 

Campbell's Soup Can (1968)

A obra das latas de sopas Campbell foi retratada como uma forma de expressar o desenfreado consumismo de massa por produtos industrializados, demostrava como a partir da imagem a representação descaradamente comercial e mundana e consistia em um ataque direto as culturas de massa da época, sendo inicialmente uma ofensa para essas massas, mas queria representar a massificação sem deixar de ser um produto comercial. Saía da transcendental imagem de uma coisa comum para se tornar uma de suas obras mais importantes, na demonstração da produção em série e signo da cultura de massas, a obras extraordinárias, que buscavam a expressividade por meio da crítica ao modo de vida americano que estava em destaque o consumismo exagerado. Já que a sopa Campbell foi produzida em série, pra que motivo esta se tornaria uma desenfreada maquinaria de derivados artificiais em sabores excessivos? A sopa em si poderia ser feita com produtos naturais, mas a sociedade estava cada vez mais sem tempo, a mulher estava se tornando cada vez mais independente de seu maridos e lares, a sopa industrializada era mais prática e rápida. O sabor da vida urbana se tornava a imagem de uma lata de qualquer sabor ou produto, era a representação do mundo em mudanças, e os produtos industrializados nos EUA era a marca registrada de progresso. Mas que progresso não traria consequências para uma sociedade cada vez mais sedentária? Era o ápice dos enlatados, e o ápice dos infortúnios da tragédia da saúde alimentícia.

Uma das imagens em que Warhol retribui a industrialização em massa em forma de mídia que viaja oceanos se torna a imagem da Coca-Cola, produto popularmente famoso, com uma das propagandas mais bem produzidas, este se tornou o ícone da industrialização americana. O produto chave para a vida dos americanos, quem naquele período, ou até o presente, não adoram a Coca-Cola e seu sabor viciante? Tornou-se a imagem da juventude, dos lares, e das festas, foi se transformando como uma avalanche, o contrário de uma sociedade que vivia nos temores da guerra, as propagandas da Coca-Cola demostravam que a vida se tornava mais feliz com uma bebida gelada:

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.4 Kb)   pdf (194.4 Kb)   docx (101.4 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com