A Compreensão e Produção de Texto

COMPREENSÃO E PROD. TEXTUAL EM LP

PROF|a: CARMEN PIMENTAL

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

- conhecimento é pré-requesito pro entendimento, mas o conhecimento não é um tão importante ao entendimento. Não precisamos saber tudo sobre determinado assunto para entendê-lo. Uma montanha de fatos pode servir de obstáculo a entendimento.

- hoje em dia temos acesso a muitos fatos, mas não o entendimento deles.

- toda leitura deve ser ativa. Quanto mais o leitor exigir de si próprio e do texto que estiver lendo, tanto melhor ele será.

- Acredito que a partir do momentos em que nos tornamos leitores ativos, e conseguimos conciliar a compreensão do ponto de vista com o autor com as nossas próprias conclusões acerca daquela leitura, não apenas nos baseando no que o autor que que pensemos daquele texto, mas analisando profundamente as intenções do autor e como ele as trabalhou, nos tornamos verdadeiros pensadores e não apenas depósitos de informação sem fundamento. A partir do momento que conseguimos progredir de apenas nos contentar com informações mastigadas, e muitas vezes "partidárias", para buscarmos a "figura completa" com o propósito de investigar á fundo o que aquele texto está argumentando e qual era o objetivo do autor, e analisar ambos e nos posicionar perante aquilo em acordo ou não, nos tornamos não só verdadeiros pensadores, mas leitores ativos. Que compreendem que há grande prazer na leitura, mas o real exercício dela requer bastante trabalho cognitivo e averiguação da nossa parte. 

E isso é extremamente útil enquanto universitários, pois a partir do momento em que nos propomos a ler o material disponibilizado, não por obrigação, mas conscientemente para nos engajarmos ativamente na aula, debatendo e contribuindo com o professor e os demais alunos, a dinamicidade da aula muda de maneira significativa. Todos nós temos opiniões, análises e conclusões que podem acrescentar algo á aula, quando nos propomos a de fato trabalharmos em cima disso. E não apenas basear nossas conclusões nas conclusões alheias pois é mais fácil. Conhecimento é construído através de observação e análise, e as análise temáticas e interpretativas nos permitem construir nosso conhecimento enquanto exploramos nossa própria capacidade e autonomia perceptiva enquanto sujeitos pensantes.

SENSO COMUM “X” CONHECIMENTO CIENTÍFICO

( 13.10)

- toda pesquisa visa satisfazer a curiosidade humana, a pesquisa nasce do desejo de conhecermos a nós mesmos, nosso corpo, mente, comportamentos, passado, presente e até pela vontade de “prever” o nosso futuro. Vivemos buscando respostas ás nossas dúvidas e anseios fundamentais.

- a pesquisa sempre fez parte do cotidiano humano, mas a busca por respostas de modo criterioso, sistemático e racional foi iniciada a partir da criação do método científico.

- a ciência só surgiu na Idade Moderna, no início do séc. 16

- a palavra ciência nos remete á palavra conhecimento, que representa aquisição de uma informação sobre um fato, um ato dos seres vivos ou pelas forças da matureza.

- há vários tipos de conhecimento, porém 2 se opõe:

* Senso comum: revela a precipitação humana quanto ao desejo de obter explicações simples e fáceis acerca de fenômenos á primeira vista incompreensíveis.

~ Subjetividade: sujeito se baseia em suas próprias impressões e escala de valores para definir e lidar com tais fatos vistos por ele  mesmo ou que lhe foram dados a saber.

~ Relativismo: o conhecimento se torna relativo, variável de um sujeito para outro.

~ Generalidade: tendência humana de estabelecer relações diretas de causa e efeito para os fatos ao seu redor.

~ Preconceitos: noções prévias, conceitos imaturos e opiniões formadas sem qualquer prova ou evidência concreta.

- em contrapartida ás características do senso comum, a Atitude Científica, é constituída por um conjunto de traços que pode ser resumidos aos 5 principais:

~ Objetividade: busca encontrar o mesmo funcionamento de um determinado fenômeno estudado em qualquer parte do universo.

~ Racionalidade: utilização de raciocínios lógicos, no processo de investigação, por meio de procedimentos metódicos e bem planejados.

~ Quantitativo: quantificação indubitável dos dados para posterior comparação e análise. “os números falam por si”

~ Regularidade: busca encontrar leis gerais para explicar o funcionamento dos fenômenos naturais e comportamentais do homem. Busca a repetição da ocorrência do fenômeno investigado.

~ Teórico: refere-se ao que não é doutrinário, não definitivo nem absoluto; admissão de que determinada conclusão poderá ser revista, corrigida e alterada, caso esteja incompleta. Outro procedimento importante na construção de teorias é a síntese que consiste na recomposição posterior do mesmo fenômeno para explicar seu modo de funcionamento.

- na prática carregamos porções de cada uma dessa faculdades que são adquiridas consciente e inconscientemente.

- nas instituições universitárias, há uma supervalorização do conhecimento científico. Mas existem muitos tipos de conhecimentos produzidos, replicados e preservados pela raça humana:

~ c. Filosófico: questiona as coisas essenciais e profundas da vida. Para responder tais questões, o filósofo usa a razão, a lógica e as observações sensoriais para chegar a certas conclusões. Suas bases são: Idealismo (Platão 427-347), Materialismo (|Aristóteles 384-322) e posteriomente, Idealismo Subjetivo/ Racionalismo ( Descartess 1596-1650).  Derivam dessas ideias outras correntes filosóficas como o Empirismo e Positivismo . A corrente empírica foi defendida por Thomas Hobbes (1588-1679), John Lock (1632-1704) e David Hume (1711-1776). o Positivismo (Auguste Comte, 1798-1857) deriva do Materialismo Dialético ( Karl Marx, 1818-1883/ Friedrich Engels, 1820-1895). contemporaneamente foi desenvolvido o Existencialismo (1º com Kierkegaard, 1813-1855 e Heidegger, 1889-1976, e depois com Jean Paul Sartre, 1905-1980). em síntese, o conhecimento científico é o ponto de partida pra toda investigação científica.