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A Escravidão e Racismo

Por:   •  29/3/2020  •  Resenha  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  230 Visualizações

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Bruno Molina Melati

Resumo do capítulo 1, "Escravidão e racismo", do livro "Sobre o autoritarismo brasileiro", de Lilia Moritz Schwarcz.

No Brasil a escravidão acabou se enraizando e gerando uma espécie de linguagem, na qual foi criada uma forma tão baixa de preconceito para se tratar de qualquer pessoa com um vínculo na escravidão, desta maneira a escravidão se tornou mais que um sistema econômico, ela acabou definindo as desigualdades sociais, criando uma hierarquia baseada na cor. O escravo Brasileiro era tão explorado, que sua expectativa de vida não passava dos 25 anos, enquanto isso as mulheres se obrigavam a fazer qualquer serviço, em alguns casos deixavam de amamentar seus próprios filhos, para dar de mamar aos filhos de seus patrões, já algumas crianças eram levadas a instituições de caridade, embora serem apenas crianças, seus trabalhos eram tão pesados quantos os demais. Nessa época também foram criados estereótipos como "mulata" referindo a uma mulher mais "propensa" a realizar alguma atividade de vínculo sexual, criando até uma "cultura de estupro", que ainda é bastante presente em nossa sociedade. Alguns escravos não conseguiram suportar essa vida, os levando a se matarem muitas vezes, e em alguns casos eram eles que matavam os senhores de escravo. Embora sendo uma minoria, tinham os que conseguiam um pedaço de terra para morar e constituir uma família, e nesses casos para terem seus direitos, acabavam aceitando empregos com salários bem desproporcionais. E apesar de um sistema tardio, começaram a criar leis que beneficiavam esses povos, como a Lei do Ventre Livre (1871) na qual libertava somente os filhos, após completar a maior idade, e a Lei dos Sexagenários (1885), na qual se ocorria a despensa de escravizados mais velhos ou sem condições de trabalhar, e chegando finalmente a Lei Áurea no dia 13 de maio de 1888, criada pela Princesa Dona Isabel, concedendo a Liberdade total dos escravos e abolindo a escravidão no país, porém muitos senhores ficaram muito bravos, pois eles esperam serem reembolsados pela coroa, por sua perca. A partir deste período foi criado uma pirâmide social na qual sempre beneficiavam o homem branco, considerando os demais como inferiores, e os povos mestiços também sofreram muito com isso, agora a desigualdade criada na escravidão era justificada por um fator biológico. Os negros foram deixados de lado, e sempre vetados em instituições e em qualquer parte da política, e esse racismo criado a partir da cor de pele, persiste até hoje, levando muitos negros a terem medo da polícia, por criar um pensamento que o negro é mais propenso a violência, sendo que foi o homem branco que a praticou, e com o passar dos anos tanto a população negra quanto a parda, tiveram seu crescimento notável, e conquistando seus espaços de direito na sociedade. E mesmo tendo várias conquistas, os números não mostram isso, a quantidade de homicídios é de mais de 70% de população negra, e os índices de violência também mostram valores parecidos, isso comprova que embora a escravidão tenha acabado o preconceito ainda é evidente no Brasil, e depois de vários movimentos criados educacionais criados o Ministério da Cidadania, esteve a frente de demais projetos como a Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e mais pra frente o Estatuto da Igualdade Racial, visando diminuir a discriminação e desigualdade. Neste período foram também criadas as cotas raciais, que tem por objetivo garantir a vaga em instituições públicas para etnias, que normalmente são ocupadas por negros e indígenas. Dois importantes avanços foram o reconhecimento de Zumbi dos Palmares como herói nacional e tendo a data de sua morte como feriado nacional (Dia da Consciência Negra) e em 2003 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que introduziu a "História e Cultura Afro-brasileira e Africana" na grade curricular do ensino obrigatório. Promovendo Orgulho e compreensão de uma batalha que dura até hoje. Mesmo que não possamos mudar o passado, o que nos resta é mudar o futuro, e embora esse assunto seja de baixa importância para alguns, ele é de estrema importância, pois a partir dessas conquistas esses povos estão tendo mais oportunidades tanto de emprego quanto de estudo, podendo assim melhorar suas vidas cada vez mais, e que desta forma poderemos mudar o futuro do nosso país.

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