A Formação mitológica e histórica de Roma

Segundo as lendas para a origem de Roma há duas versões, a mais conhecida é quando Amúlio e Numítor eram dois irmãos na disputa pelo reino de Alba Longa, Numítor por ser mais velho se tornara rei, Amúlio utilizou de astúcia e “destronou seu irmão e obrigou sua sobrinha Réia a tornar-se uma sacerdotisa”, Réia teve um relacionamento com o Deus da guerra Marte e engravidou de Rômulo e Remo (gêmeos), sendo obrigada a jogar seus filhos no rio Tibre. Eles escapam da morte certa e foram criados por uma loba e depois ficam aos cuidados de Fáustolo e sua esposa. Ao se tornarem adultos, “restauram o pai no trono de Alba Longa e pedem permissão para fundar uma cidade às margens do rio Tibre”, após uma briga entre os irmãos, Rômulo acaba por tirar a vida de Remo.

A outra versão é que “Enéias era um troiano filho da Deusa Vênus e de Anquises, rei troiano de Dárdano”, Enéias conseguiu escapar de Tróia antes de sua destruição pelos gregos, vagando pelo Mediterrâneo até chegar a Cartago, se tornou amante da rainha Dido, depois após Enéias decidir sair de Cartago, Dido comete o suicídio. Enéias chegando ao Lácio se torna rei por alguns anos, após a sua morte “seu filho Ascânio fundou Alba Longa e seu descendente Numítor, pai de Réia Sílvia, foi, pois, avô de Rômulo”.  

Para sua formação histórica há uma hipótese que Roma foi criada a partir de uma fusão entre os povos etruscos chefiando, sabinos e latinos. A partir de seu crescimento, Roma “deixou de ser uma pequena povoação e transformou-se numa cidade dotada de calçadas, fortificações e sistema de esgoto, tendo o latim consolidado-se como língua corrente”. Em 509 a.C. os patrícios revoltados com o governo etrusco, destituíram o rei e instauraram “um sistema republicano”, acabando com a monarquia. A partir de então se tornou em um dos maiores impérios do mundo antigo.

 Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. Editora Contexto, 2002, páginas 49,50 e 51.