A Geohistoricidade Camponesa Em “A Terra E O Homem No Nordeste”
Por: jimmy.melo • 16/6/2023 • Trabalho acadêmico • 6.636 Palavras (27 Páginas) • 101 Visualizações
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A GEOHISTORICIDADE CAMPONESA EM “A TERRA E O HOMEM NO NORDESTE”1
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Gerlane Gomes da Rocha2 Universidade Federal de Pernambuco Rodrigo Dutra Gomes 3 Universidade Federal de Pernambuco
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A partir do livro “A terra e o homem no Nordeste,”
escrito pelo geógrafo Manuel Correia de Andrade, as
direções metodológicas referentes ao campesinato nordestino mudam de uma perspectiva ambientalista[pic 6]
Resumo
Como citar:
ROCHA, G. G. da.; GOMES, R. D. A
geohistoricidade camponesa em “A Terra e o homem no Nordeste”. Revista Geografia em Atos (Online), v. 6, n. 2, Ano 2022. p. 111-128.
DOI:
https://doi.org/10.35416/geoatos.2022.9039
Recebido em: 2021-11-15
Devolvido para correções: 2022-03-08
Aceito em: 2022-04-05
Publicado em: 2022-09-22
descritivista para uma discussão pautada nos conflitos territoriais e contradições sociais dessa região. Assim, por meio da análise dessa obra e do pensamento geohistórico de Manuel Correia de Andrade pode-se entender a construção do campesinato nas sub-regiões nordestinas sob uma perspectiva crítica. Para realizar esse resgate interpretativo será utilizada a abordagem contextual do Geógrafo francês Vicente Berdoulay (2003, 2017) que consiste, de forma geral, em analisar a conjunção da lógica interna e do conteúdo da ciência com os contextos no qual o cientista e os objetos de estudo estão situados. Dentro da espacialidade nordestina nota-se uma diferenciação entre as suas sub- regiões que foram produzidas por fatores históricos e geográficos. Com isso, mesmo que as relações de exploração do campesinato se repitam nessas sub- regiões, os fatores que levam a esse cenário não são necessariamente iguais. No combate às contradições espaciais existentes na região Nordeste a junção de camponeses em sindicatos, cooperativas e movimentos rurais é uma ação que pode fazer frente a essas contradições.
Palavras-chave: Nordeste; Conflitos; Manuel Correia de Andrade
1Este artigo foi originalmente publicado nos Anais da XXI Semana de Geografia da FCT/UNESP: Outras Geografias e (a)diversidades: experiências e potencialidades ocorrida em 2021 e passou por revisões e melhorias para publicação nesta edição especial.[pic 7]
2 Graduanda em Geografia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Integrante do Grupo de Pesquisa de História do Pensamento Geográfico e Epistemologia da Geografia (GEHPEG) e estudante de Iniciação Científica (PIBIC/UFPE/CNPQ).
E-mail: gerlanegomesrocha@gmail.com
Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-0746-4150
3 Professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, graduado e licenciado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, é Mestre e Doutor em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Pós-doutorado - FAPESP.
E-mail: rdutragomes@gmail.com
Orcid iD: https://orcid.org/0000-0001-6452-3933[pic 8]
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Gerlane Gomes da ROCHA e Rodrigo Dutra GOMES
LA GEOHISTORIA CAMPESINA EN "LA TIERRA Y EL HOMBRE EN EL NORESTE”
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Resumen
A partir del libro "La tierra y el hombre en el Noreste," escrito por el geógrafo Manuel Correia de Andrade, las direcciones metodológicas referentes al campesinado em la región cambian de una perspectiva ambientalista descriptiva para una discusión pautada en los conflictos territoriales y contradicciones sociales. Así, por medio del análisis de esa obra y del pensamiento geohistórico de Manuel Correia de Andrade se puede entender la construcción del campesinado en las subregiones en Noreste desde una perspectiva crítica. Para realizar ese rescate interpretativo se utilizará un enfoque contextual del geógrafo francés Vicente Berdoulay (2003, 2017) que consiste, de forma general, en analizar la conjunción de la lógica interna y del contenido de la ciencia con los contextos en los que el científico y los objetos de estudio están situados. Dentro de la espacialidad se nota una diferenciación entre sus subregiones producidas por factores históricos y geográficos. Con eso, aunque las relaciones de explotación del campesinado se repitan en esas subregiones, los factores que llevan a ese escenario no son necesariamente iguales. En el combate a las contradicciones espaciales existentes en la región Noreste la unión de campesinos en sindicatos; cooperativas y movimientos rurales es una acción que puede hacer frente a esas contradicciones.
Palabras clave: Noreste; Conflictos; Manuel Correia de Andrade
PEASANT GEOHISTORICITY IN “THE LAND AND MAN IN THE
NORTHEAST”
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Abstract
From the book "The land and the man in the Northeast," written by the geographer, Manuel Correia de Andrade, methodological directions regarding the Northeastern peasantry change from a descriptive environmentalist perspective to a discussion based on territorial conflicts and social contradictions of this region. Thus, through the analysis of this work and the geohistorical thinking of Manuel Correia de Andrade, one can understand the construction of the peasantry in the Northeastern sub-regions from a critical geopolitical perspective. To perform this interpretative rescue, a contextual approach by the French geographer Vicente Berdoulay (2003, 2017), generally consists of analyzing the conjunction of internal logic and the content of science with the contexts in which the scientist and the objects of study are situated. There is a differentiation between its sub-regions produced by historical and geographical factors within the Northeastern spatiality. Thus, even if the relations of exploitation of the peasantry are repeated in these sub-regions, the factors that lead to this scenario are not necessarily equal. In the fight against the spatial contradictions existing in the Northeast region, the joining of peasants in unions; cooperatives, and rural movements is an action that can address these contradictions.
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