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A História da América

Por:   •  17/10/2021  •  Artigo  •  1.972 Palavras (8 Páginas)  •  114 Visualizações

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A religião asteca e sua influência na vida cotidiana

La religión azteca y su influencia en la vida cotidiana

The aztec religion and it’s influence in the everyday life

Resumo

Este artigo tem como objetivo mostrar um pouco da religião, ritos e mitos importantes dentre a comunidade asteca com o propósito de entender o espaço que a religiosidade ocupava dentro de sua sociedade.

Palavras-chave: Astecas. Religião. Deuses.

Resumen

Este artículo tiene como objetivo mostrar un poco de la religión y ritos importantes dentro de la comunidad azteca com el propósito de entender el espacio que la religiosidade ocupaba dentro de su sociedad.

Palabra clave: Aztecas. Religión. Dioses.

Abstract

This article has the purpose to show a little bit of the religion and important rites in the Aztec community with the aim of understand the space that the religiousness took in that society.

Keywords: Aztecs. Religion. Gods.

A fundação de Tenochtitlán segundo a tradição

Em 1325, enquanto os astecas estavam exilados em Tizapán, Uitzilopochtli – deus da guerra, do Estado asteca e do sol – teria dito ao sacerdote Quauhcoatl que seu templo e cidade tinham de serem erguidos dentre o bambuzal, em uma ilha rochosa onde se avistaria uma águia dizimando uma cobra. Os sacerdotes então começam a procurar a “terra prometida” em busca pelo sinal dado por Uitzilopochtli, até que observam uma águia sob uma figueira-do-inferno, chamada por eles de tenochtli, com uma cobra em seu bico. Logo, construíram uma cabana de bambus como o primeiro santuário de Uitzilopochtli e futuro núcleo da cidade de Tenochtitlán.

A cidade de Tenochtitlán

O centro da cidade, como já falado, era onde foi construído o primeiro templo à Uitzilopochtli. Alí, se construiu um Tcocalli, uma pirâmide que o topo só era atingido após 3 lances de escadas com 120 degraus cada uma. No alto, havia os santuários de Uitzilopochtli e de Tlaloc, em que foram sucessivamente ampliados pelos imperadores. Ao redor, haviam outros monumentos sagrados, tais como o templo de Quetzalcoatl, da deusa terrestre Ciuacoatl, o Coacalco, que era o panteão para o culto dos deuses estrangeiros, o templo do Sol, além de vários santuários, casas de oração, e em volta haviam os campos para o jogo de bola, os colégios além dos arsenais. Fatos como esse nos demonstram como a religião tinha um papel primordial na vida dos astecas, tendo em vista que, o centro da cidade, era um local rodeado de pirâmides, torres e templos para os mais diversos deuses.

Ademais, a cidade era dividida em quatro grandes bairros, a leste Teopan (“o bairro do templo”), ao oeste Aztacalco (“casa das garças reais”), ao norte Cuepopan (“lá onde desabrocham as flores”) e, por último, ao sul Moyotlan (“lugar dos mosquitos”). Nesses quatro bairros, cada um possuía seu templo e colégios principalmente para a formação de guerreiros. Outrossim, era dito que o próprio Uitzilopochtli foi quem ordenou que a cidade fosse dividida em quatro bairros.

O tonalpoualli e as crenças sobre o nascimento

O tonalpoualli é uma forma de calendário asteca que conta 260 dias, dividindo-se em 20 séries de 13 dias. Cada série poderia ser iniciada como favorável, agourenta ou indiferente e inclusive os dias poderiam ser agourentos ou favoráveis. Além disso, as pessoas nascidas em certa série, em certo dia, estavam destinadas a serem, por exemplo, feiticeiros, médicos, comerciantes dentre outros. Vemos, portanto, que a visão do mundo asteca inclusive sobre o nascimento era recheada de adivinhações e premonições, sendo encarada como prederteminadas desde a data do nascimento, que era decidida por duas divindades: Omelecuhtli e Omeciuatl, o senhor e a senhora da dualidade.

 Era possível, no entanto consertar uma predestinação agourenta, esperando um dia mais favorável para dar nome ao bebê, em que era chamado o sacerdole-adivinho para verificar os livros e determinar a data em que a criança seria nomeada. Existia inclusive um ritual próprio em que o bebê era lavado pela parteira que fez o parto dele, e depois ela invocava a deusa da água, e enfim, o mostrava para o Sol e à Terra.

Antes mesmo de ser realizado o parto, haviam cuidados até mesmo com relação à parteira não olhar eclipses nem para objetos vermelhos. Quanto à mãe, ela era protegida pelas seguintes deusas: a “Mãe das Águas”, a “avó do banho a vapor” e a Ayopechcatl, a divindade que “em cujo lar nascem as crianças”. Se a mãe viesse a morrer ao dar à luz, os astecas acreditavam que ela tomaria o seu lugar no céu do lado ocidental por toda a eternidade, no lugar no qual estariam as mulheres, o Ciuatlampa, entre as Ciuateto, as mulheres divinas. Como julgavam que o corpo da falecida tinha propriedades mágicas, no caminho para o enterro no pátio do Templo das Mulheres Divinas, os rapazes guerreiros tentavam cortar um dedo ou o cabelo da morta, devido a ideia de que se colocadas essas coisas em um escudo, esse escudo cegaria os inimigos. Já os feiticeiros tentavam arrancar um braço da defunta.

As crenças sobre a morte

O ato de enterrar o morto era praticado apenas quando a mulher morria ao dar à luz, ao morrer afogado, pois era considerado que ele teria sido morto pelo monstro aquático Auitzotl, ao ser morto atingido por um raio ou por alguma doença em específico, pois essas mortes eram consideradas causadas por Tlaloc, o deus da água e da chuva. Após a morte, eles eram levados à Tlalocan, conhecendo a felicidade eterna em um jardim tropical. Porém, a maioria dos mortos eram queimados.

  Quando guerreiros morriam em combate ou quando morriam na pedra dos sacrifícios, os mortos iriam para o céu oriental, fazer companhia ao Sol durante 4 anos e depois retornariam para a terra sob forma de beija-flores.

A massiva maioria dos mortos ficariam na morada de Mictlan. Durante 4 anos, passariam por dificuldades na viagem até o submundo, depois atravessariam os Nove Rios, entrando na Nona Morada dos Mortos no qual sua existência desapareceria por completo.

As crianças que morressem muito novas, ficariam em Tonacaquauhtitlan, “o parque dos nossos alimentos”, um jardim em que viveriam para sempre como pássaros.

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