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A Lelia Em entrevista

Por:   •  8/2/2022  •  Artigo  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  84 Visualizações

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As falas da Lélia ainda se fazem muito presente no mundo de hoje. Lélia traz ainda consigo pensamentos extremamente necessário. Me chama atenção quando ela dá o exemplo da objetificação das mulheres negras, lincando com as diferenças sociais e raciais, e quando ela se refere a isso falando do teatro e outras culturas artísticas televisiva ainda remete muito o hoje, da mulher empregada, uso esse termo para exatamente exemplificar pois o certo seria ajudante das tarefas caseiras. Mas em 80% dos casos de hoje, a mulher preta ainda sim é colocada nesse papel de empregada, pobre, mal sucedida. A fala das atrizes negras ganhando salário inferiores, se torna pertinente ainda nas datas de hoje. Uma fala muito importante da Lélia que quero deixar em destaque é: "Se eu chego na universidade e fico calada em relação a questão racial, e saio para as passeatas levantando bandeira eu não estou sendo militante coisa nenhuma. A minha militância tem que ser dar evidentemente. [...] Militância não é só estar nas reuniões e movimentos negros.”

A fala sobre o patriarcado no movimento negro me traz a reflexão, de mesmo sendo a minoria e sendo os que mais sofrem, no caso a população preta, eles reproduzem o machismo cada vez mais objetificando as mulheres pretas. A falta da união nesse caso continua pertinente na sociedade de hoje.

Quero trazer a pauta desse vídeo para algo mais atual. Hoje temos a cantora Beyonce como a maior cantora preta da atualidade. Recentemente ela apareceu usando o Diamante Tiffany, ela foi a primeira mulher negra da história a usá-lo. E assim ela recebeu bastante críticas, uma delas foi do autor Aguinaldo Silva, que a criticou pela manchete trazer a pauta de PRIMEIRA MULHER PRETA a usar. E ao assistir a entrevista da Lélia me fez lembrar desse ocorrido, o quão ainda o retrocesso e a falta da incompreensão se faz presente.

Para nós, da comunidade preta, é uma representação gigantesca e necessária. Para deixar meu exemplo com mais base deixo comentários de alguns artistas pretos. O ator Ícaro Silva diz: “Você não sabe nada de Joelly, Aguinaldo. Não sabe nada de Jô, nem de Beyoncé. É visível que não. Seu olhar viciado sobre a sociedade brasileira, expresso em novelas ainda hoje tão embranquecidas, não contempla nossa história, tampouco nosso tamanho.”

Já a atriz Jessica Ellen disse: “Quando eu olho a imagem da Beyoncé poderosa e milionária, penso na potência que nós negros somos e o quanto ela inspira milhares de pessoas pretas no mundo todo. Em pleno 2021, a lista de protagonistas pretas na TV brasileira não chega nem a 5 nomes… E não é por falta de talento e sim oportunidades. O problema do Brasil não é a Beyoncé ser milionária, é a elite branca se incomodar com nossa autonomia e ascensão social.”

Pode acabar parecendo balela, mas a entrevista da Lélia me fez refletir e pensar sobre isso. Lélia diz em certo ponto que em algum momento podemos sim conseguir uma produção em que um preto roteiriza, produza, atua e edita um filme, uma novela. Hoje temos pessoas, porém em números extremamente baixos, que fazem isso, e Beyonce é uma delas. Contudo ainda sim são passos lentos e longe comparado com mulheres brancas na mídia.

Dessa forma, me arrepia assistir essa entrevista porque para meu ser, são falas atuais, falada sobre o mundo hoje. Logo

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