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A Origem do Livro dos Mortos (Egito)

Por:   •  16/2/2019  •  Seminário  •  699 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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O LIVRO DOS MORTOS

(Reu nu pert em hru)

O livro dos mortos, cujo nome original, em egípcio antigo significa “fórmulas de ida para a luz” (o termo “livro dos mortos” foi dado pelos arqueólogos e egiptólogos europeus), era uma coletânea de feitiçose orações da religião egípcia, escritos em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias.

Perante a religião egípcia, o objetivo destes textos era ajudar o morto em sua viagem para o além, que deveria ser recitado durante todo o longo caminho de barco até o Tribunal de Osíris- composto por 42 deuses e presidido pelo próprio Osíris, o coração do falecido seria pesado pelo deus Anúbis, que teria o papel de juiz, com o intuito de saber se suas ações em vida haviam sido boas e nobres, e o coração não deveria ser mais pesado que a pluma de avestruz (que era uma representação de Maat, tida como a deusa primordial da justiça e da verdade) colocado na contraparte da balança. Diante de Osíris, de nada valeriam as riquezas e nem a posição social do falecido, apenas os atos em vida. Se o seu coração fosse igual ou mais leve que a pluma, ele teria a permissão para viver a eternidade no Duat, equivalente ao paraíso da religião egípcia, convivendo lado a lado com seus deuses. Caso o coração fosse mais pesado que a pluma, seu coração era entregue por Anúbis à Ammit, a deusa-fera que devorava o coração do morto e junto dele, sua alma, deixando de existir. Os egípcios não tinham o conceito de inferno ou castigo eterno, só a ideia da desonra do esquecimento e da inexistência.

O livro dos mortos como uma doutrina da religião egípcia, se concretizou apenas no período do Novo Império, pois antes desse período era tido mais como um costume religioso e sendo mais comumente retratado nas paredes de templos e tumbas reais, conhecidos atualmente como Textos das Pirâmides. Antes desse período ele era resumido e vendido por sacerdotes num pequeno pedaço de papiro enfeitiçado e vendido a família do falecido, que anexava ao corpo na hora da mumificação; tido que objetos e pertences do morto iriam para o além com ele.

Nos dois primeiros períodos, por ter essa característica oral e sacerdotal, a datação de sua origem é extremamente complicada. Presume-se que o livro dos mortos foi um desenvolvido a partir dos textos das pirâmides com os feitiços, preces e escrituras cravados nos sarcófagos, conhecidos como Textos dos Sarcófagos.

Na crença geral, os textos eram creditados ao deus-escriba Thoth, dado à humanidade como um presente, e que segundo a lenda, foi encontrado na 1ª dinastia (ora na 4ª), pelo faraó Semti-Hesepti (ora pelo príncipe Herutataf), já cunhado numa estela de ferro pelo próprio deus, aos pés de sua estátua em seu templo em Khemenu, enconrado durante uma inspeção real.

O livro dos mortos, denota muito da importância do órgão do coração em sua crença. Na cultura egípcia, todos os órgãos eram retirados do corpo e mumificados, exceto o coração, que era o único mantido no corpo. Segundo a crença egípcia, o coração era o órgão mais vital do corpo, responsável pelas emoções e um recipiente para a alma. Ele era indispensável para se obter a imortalidade perante o Tribunal de Osíris. O medo dos egípcios de que as múmias sofressem ataques e consequentemente destruírem seu coração

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