Resumo do livro "A Origem da Desigualdade dos Homens"

Resumo do livro

A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS

Jean Jacques Rousseau

Pode-se dizer que o homem é um ser bom por natureza, conforme os povos vão

desenvolvendo diversas formas de organização social surgem os costumes, que acabam por

degenerar a bondade do homem. E a partir do momento que se passa a viver em sociedade é

que as desigualdades aparecem.

Na espécie humana pode-se destingir duas espécies de desigualdade: natural ou

física, porque é estabelecida pela natureza, como a diferença de idade, saúde, das forças do

corpo e das qualidades do espírito e da alma; e a outra pode-se chamar de desigualdade moral

ou política, que seriam os diferentes privilégios que alguns tem com prejuízo de outros, como

ser mais ricos, mais honrados, mais poderosos que outros.

A desigualdade física não submeteu um homem ao outro, pois mesmo que o mais

forte pudesse submeter o mais fraco, ele não conseguiria mantê-lo sob seu poder por muito

tempo, e passaria a viver com insegurança e tornaria sua vida mais dificultosa que antes.

O homem natural é tido como solitário, provido apenas de razão potencial. Ele tende a

se proteger, mas não costuma cometer mal aos outros. O homem natural é robusto e tem

capacidade de desenvolver diversas habilidades e aperfeiçoa-las. A partir daí surgem

gradativamente alterações fazendo com que o homem deixe de viver isolado passando a viver

em sociedade, ai surgem as desigualdades políticas entre os homens.

Sempre que surgiam dificuldades em suas vidas, o homem era obrigado a supera-las e

nestas superações que ele adquiria conhecimentos empíricos. Surgem então abrigos

construidos por eles e atividades como a caça e a pesca. Os abrigos fazem com que o homem

se fixe com mais frequência e que desenvolva laços familiares. Gradativamente a língua vaise

desenvolvendo, permitindo com que os conhecimentos adquiridos possam ser transmitidos

com mais facilidade. As famílias passam a viver mais próximas umas das outras para suprir

suas necessidades e assim surgem as primeiras comunidades. Com o ato de produzir, e do

homem como produtor, surge a ideia de posse. Surgem também a metalurgia e a agricultura

que cria uma relação mais intima entre o cultivador e a terra cultivada, de forma que este tem

a terra para plantar e, faz isso por anos consecutivos, tendo o solo sob seu domínio, não mais

temporariamente, surgindo assim a propriedade privada.

Desta forma foram surgindo os ricos e os pobres e as atividades produtivas passaram a

ser divididas. As desigualdades sociais começaram a se acentuar, aqueles que tinham grandes

posses tinham o interessa se mantê-las e de aumenta-las, apropriando-se