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A Paixão de Cristo: Uma análise do filme

Por:   •  8/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  2.273 Visualizações

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Título: A Paixão de Cristo

Ano de Produção: 2004

Diretor: Mel Gibson

Roteiro

Para análise do filme observaremos os seguintes itens: o contexto social e político de produção; a recepção do filme e a recepção da audiência, considerando a influência da crítica e a reação do público conforme idade, sexo, classe social, religião.

        A análise do filme baseada nestes itens nos proporcionarão uma visão histórico-social de como o cinema influencia no movimentar da sociedade.

A Paixão de Cristo – Uma Análise

O filme A Paixão de Cristo, baseado nos Evangelhos ditos canônicos, isto é, aceitos pela Igreja Católica Apostólica Romana bem como pelas denominações Protestantes diante de um mundo em que a religião é fator de discussões, debates sobre sua veracidade ou não, veio trazer nas telas do cinema todo o imaginário com algumas cenas baseadas em outros escritos como A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, da freira e mística alemã Anne Catherine Emmerich (1774-1824), imaginário este construído no decorrer de dois milênios e que é fator preponderante na construção moral e ética do ser humano do Ocidente.

As imagens retratadas no filme passam o objetivo de afirmar e reafirmar a figura de Jesus Cristo como Salvador da Humanidade, para isso passando por todo o sofrimento mostrado, sofrimento este que vai ao encontro da necessidade criada seja pela cultura seja por projeção de nosso ego, de se transferir dores e culpas para o outro. Em um contexto social onde a carência afetiva se faz presente na maioria das pessoas, uma imagem que traz o retrato vivo de alguém que leva sobre si nossas enfermidades e dores foi uma produção ideal para o momento.

Outro fator de destaque é a afirmação do filme quanto à existência do Jesus histórico, ponto este que não podemos perder de vista, pois sem o Jesus histórico não há imaginário a respeito de um Salvador, de um deus que se fez homem e sacrifício para redimir a Humanidade. Negar a existência do Jesus histórico é validar a cultura cética, indagadora e até mesmo ateísta presente mesmo em meio aqueles que frequentam as Igrejas Cristãs.

Afirmando a figura de um Salvador do mundo, também se afirma e reafirma que Judas realmente traiu Jesus, buscando o filme que se baseia em fontes cristãs aceitas por essa comunidade, um basta à polêmica surgida sobre a figura de Judas, se traiu ou não traiu ao Cristo.

Outra coisa são as figuras femininas como de Maria, mãe de Jesus, tendo retratada a sua pureza e virgindade; Verônica a enxugar o rosto de Jesus; Maria de Magdala, a “mulher de má-vida” perdoada e tornada seguidora de Jesus; estas figuras trazem uma leveza em meio às cenas violentas e traduzem fatos ditos históricos a comprovarem a veracidade dos escritos evangélicos.

A recepção do filme foi controversa, uns considerando que a violência proposta e mostrada no filme obscureceu-lhe a imagem; outros que foi um filme antissemita tão virulento quanto os filmes de propaganda alemães na Segunda Guerra Mundial; já a atuação do protagonista Jim Caviezel, a partitura musical, a maquiagem e a cinematografia receberam elogios.

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