TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Prova América

Por:   •  15/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  98 Visualizações

Página 1 de 5

Primeira atividade avaliativa de América II

Deborah Jeniffer Ribeiro Silva- 18.2.3172

Ramon Rodrigues Magalhães- 18.2.6900

2) A partir da leitura dos capítulos 1 e 2 do livro Mulheres, raça e classe, de Angela Davis (Capítulo 1 - O legado da escravidão: parâmetros para uma nova condição da mulher, páginas 15-41; Capítulo 2 - O movimento antiescravagista e origem dos direitos das mulheres, páginas 43-56), explique a importância das principais lideranças da luta abolicionista e feminista nos Estados Unidos, ao longo do século XIX. É importante citar os nomes das lideranças e abordar os diálogos que construíram em suas lutas.

O movimento abolicionista contou com o envolvimento de inúmeras personalidades importantes no século XIX. Não chegou a ter um único líder, mas contou com o envolvimento e liderança de diversas pessoas nos Estados Unidos da América. O movimento abolicionista não se fez apenas pela ação das pessoas livres, mas contou com a atuação fundamental dos escravos que resistiam à escravidão de diversas maneiras. Esses, muitas vezes, eram incentivados a fugir, mas, na maioria dos casos, as fugas aconteciam porque os escravos percebiam o crescimento do movimento e sentiam-se encorajados para tanto.

De acordo com a autora, Frederick Douglass foi o mais importante abolicionista negro dos Estados Unidos da América, além de um homem de maior destaque na causa da emancipação feminina em sua época, conhecido como “o homem do direito das mulheres”, pois deu seu apoio ao movimento pelo sufrágio feminino desde o início, e ele permaneceu firme em sua convicção de que as mulheres deveriam ter direitos civis iguais aos dos homens. Em sua trajetória em 1841, em uma convenção antiescravagista em Nantucket, em Massachusetts, Douglass foi convidado a descrever suas experiências como escravo. Seu discurso emocionante marcou o início da sua trajetória de abolicionista.

Sua oratória era tão impressionante que alguns críticos duvidaram de que tivesse sido escravo de verdade. Em 1845, ele rebateu essas críticas lançando sua autobiografia, The Narrative of the Life of Frederick Douglass, an American Slave (“Narrativa da vida de Frederick Douglass, escravo americano”).

Durante a Guerra de Secessão dos Estados Unidos, Douglass foi conselheiro do presidente Abraham Lincoln e lutou na guerra pela igualdade de seu povo.  Depois da guerra, teve vários cargos no governo. Douglass também continuou lutando pelos direitos humanos até sua morte em Washington, capital dos Estados Unidos, em 20 de fevereiro de 1895.

Falando em direitos das mulheres, de todas as abolicionistas pioneiras, as irmãs Sarah e Angelina Grimké, da Carolina do Sul, foram as que estabeleceram, segundo Angela Davis, de forma mais consistente a relação entre escravidão e opressão das mulheres, se vendo obrigadas a defender publicamente a abolição e consequentemente encorajar várias outras mulheres. As irmãs Grimkés falaram sobre as questões altamente polemicas da escravidão na América em uma época em que não se esperava que as mulheres se envolvessem na política.

As irmãs tinham uma credibilidade particular por serem nativas da Carolina do Sul e procedentes de uma família detentora de escravos considerados parte da aristocracia da cidade de Charleston. As Grimkés podiam criticar a escravidão não como estranhas, mas como pessoas que, embora tenham se beneficiado dela, acabaram por vê-la como um sistema maligno degradante para as pessoas pois, enquanto mulheres que reconheciam as negras escravas também como mulheres, se permitiam e calavam-se diante de tal perplexidade estariam assumindo sua passividade, seu caráter de inferioridade e de ação na luta contra tais atos. Para darmos as honras do real valor da ação destes que lutaram, não só pela abolição, mas também pela luta dos direitos das mulheres, se faz jus a compreensão do momento histórico, a metamorfose em que a sociedade civil passava.

O papel da mulher na sociedade norte-americana pós revolução industrial se torna escancaradamente inferior ao do homem. Difundida a ideia de que a mulher agora teria seu papel principal na organização estrutural da sociedade como donas de casa, boas mães provendo a vida e manutenção da família e consequentemente serventes aos seus maridos. O papel da mulher que antes a colocava em condição semelhante ao de seu marido com seus trabalhos e produções de artigos manufaturados em casa e/ou ajudando no campo agora eram obsoletas. Com as produções migrando para a fábrica, as mulheres, como dito anteriormente, tinham outras funções sociais. Tais condições começaram a incomodar e a trazer reflexões acerca de sua condição de inferioridade como cidadã norte-americana. Mulheres que trabalhavam em fábricas recebiam menos que os homens. Seja na esfera familiar como a mulher passiva que se difundia como a ideal no século XIX ou como trabalhadoras nas fábricas estas se viam oprimidas na sociedade que se projetava. A fundação da Sociedade Antiescravagista Estadunidense, em 1833, por William LLoyd Garrison é um ponto importante para entendermos a relação entre a luta abolicionista e o surgimento posteriormente das reivindicações das mulheres por direitos.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.8 Kb)   pdf (75.1 Kb)   docx (10.7 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com