AULA EXPOSITIVA: AINDA HÁ ESPAÇO?
Por: Yhan Oliveira • 5/9/2018 • Resenha • 974 Palavras (4 Páginas) • 249 Visualizações
AULA EXPOSITIVA: AINDA HÁ ESPAÇO?
A aula expositiva caracteriza-se pela exposição oral do conteudo de ministro, pelo professor, sem levar em conta o conhecimento de mundo que eles possuem e a realidade em que eles vivem para além da escola. Muitos professores utilizam essa técnica de aula na ideia de que o conteúdo tem que ser passado aos alunos de forma somente expositória, sem os questionamentos, sem a ideia de pensar sobre o conteúdo ministrado; no caso da história, porque é que o determinado evento aconteceu e o que mudou numa determinada sociedade, num determinado território, etc. com esse evento. Também é importante que os alunos saibam e reflitam sobre a ideia de que um evento, com suas ações e dependendo delas, pode desencadear outro evento; isto explicado pelo historiador Arnold Toynbee.
Na aula expositiva, a avaliação pode ser feita com tarefas de fixação uma vez que não há um espaço para o pensamento em conjunto professor/aluno. Pode-se dizer também que esse tipo de aula se resume em apresentar um ponto, um assunto, resolução de exercícios sobre o assunto e proposição de que os alunos resolvam os outros exercícios. Quando a pergunta é feita, é para saber se o aluno conseguiu captar ou não o assunto. Além disso, essa metodologia de aula não leva em consideração de que o aluno é concreto e que o aluno precisa de motivação para a sua aprendizagem além de que o conhecimento se dá pela ação do educando sobre o objeto à ser estudado. O aluno também traz uma bagagem cultural; ele vive em uma determinada realidade social e cultural e é importante que o professor compreenda essa realidade e que ele utilize elementos dessa realidade para formentar a aprendizagem e fazer com que ele compreenda essa realidade.
A aula expositiva dialogada, – o que é diferente – que julgo que devia e deve ser mais utilizada, caracteriza-se pela exposição de conteúdos com a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio dos mesmos, sendo o professor o mediador para que os alunos questionem, interpretem e discutam o que se está estudando. Também é importante que o professor precisa contextualizar o tema de modo que mobilize as estruturas mentais do estudante para que este articule informações que já traz consigo com as que serão apresentadas. Considero a melhor de ser utilizada pois ela cria o diálogo entre alunos e professor, onde há espaço para questionamentos, críticas, discussões e pensamentos, onde o conhecimento possa ser sintetizado por todos na classe.
Neste modelo de aula, a avaliação pode ser realizada pela participação dos estudantes contribuindo na exposição, questionando, respondendo, enfim, no dialogo da aula e/ou por atividades complementares tais como sínteses escritas, produção de mapas conceituais, esquemas, e resoluções de situações problema.
Alguns autores sobre, não descartam a aula expositiva e a consideram, “no conjunto das formas didáticas”, como um meio de mobilizar e estimular o aluno e na combinação com outros procedimentos didáticos como o trabalho em grupo, o estudo dirigido, etc.Portanto, não condenam a aula e é um dos primeiros a propor sua associação com outras técnicas didáticas.
Acredito que a aula pode ser aprimorada, tornada dinâmica, atraente, transformada em uma aula rica de recursos. O professor procura seduzir a plateia com seu palavreado apropriado e moderno, com timbre de voz cambiante, com alternâncias de posturas de corpo, com bom-humor e descontração, com apelos à participação da assistência, sem pressa para encerrar. A boa aula dá vida a ideias que podem estar contidas em um livro. Vivifica fatos e informações que repousam friamente nas páginas do livro. Tudo bem que aula não é show de entretenimento, mas também não é coisa triste, velório. Melhor que seja alegre do que triste. Mas, fazer cena enquanto se ensina é bom.
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