As cruzadas vistas pelos árabes
Por: Maria Franco • 5/12/2019 • Resenha • 773 Palavras (4 Páginas) • 647 Visualizações
Universidade Federal do Pampa
Maria Eduarda Franco Gallo
Prof. Dr. Édison Cruxen
História Medieval
MAALOUF, Amin. As cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.
Resenha:
O texto congrega depoimentos de historiadores e cronistas para que assim possa-se ter uma noção de como era a visão dos árabes em relação às cruzadas. E seu início se da com o luto e a consecutiva revolta que vinha sendo sentida pelos muçulmanos, por conta da carnificina efetivada durante o caminho a cidade de Jerusalém. O autor traz que atuação do cádi de Damasco foi o ponto crucial pra que os crente tivessem noção das invasões francas, e assim, se ter uma reação, mesmo os habitantes contemporâneos não tivessem um ideia tão clara do perigo que os cercam.
Os primeiro capítulo, e consecutivamente o primeiro relato - “A Invasão (1096- 1100) – traz o início das invasões das tropas armadas a região islâmica. São relatos da empresa de Pedro, o Ermitão e da primeira cruzada, a qual retirou a Nicéia do sultão Kilij Arslan, e que alcança os portões de Antioquia. Os caminho entre as cidades sírias é permeada por uma imensa barbarie dos franj, o que faz com que haja uma fragmentação política no interior do Islã.
O livro segue com a “A Ocupação (1100- 1128)” que apresenta a efetivação perante ao domínio dos franj no Reino de Jerusalém e o que seria início da criação do novo estado franco- o Condado de Trípoli. Com isso, a população muçulmana acaba vendo que não há ninguém que possa deter as invasões de franj.
A terceira parte traz “A Resposta (1128- 1146)”, onde se vê algumas respostas vitoriosas em relação às ocupações. Elas têm início com Buri e seu seguimento vem por Zinki. A essencial do capítulo está em apresentar uma nova geração de franj, os quais não chegam a conhecer o ocidente, o que faz com que tenham um pensamento puramente oriental, e isso faz com que as fragmentações entre os franj passem a ficar maiores e mais fortes.
Já no quarto capítulo do livro, que se intitula “A Vitória (1146- 1187)” , se tem a oportunidade de análise a duas figuras de principal destaque quando o assunto é as cruzadas: Nureddin e Saladino. Em um análise acerca da virtude e justiça do primeiro, se vê uma imensa semelhança com os califas iniciais, a sua expansão é impedida pelos rum, contudo, obtém sucesso impedindo a invasão e crescimento territorial dos franj. Consegue perceber que nesse momento, há uma mudança considerável nos conflitos que saiam da síria e tinham o Egito com seu ponto de chegada.
Já no país do Nilo, Saladino consegue se tornar sultão e recuperar Jerusalém sem que haja batalhas, mas para isso, necessitou do apoio de seu mestre para chegar ao cargo de vizir e assim, conseguir derrotar a dinastia Fatímida. Mas essa relação entre os dois começa às se fragmentar, e por sorte Nureddin, seu mestre, vem a falecer, o que faz com que Saladino alcance o poder.
No penúltimo capítulo do livro – “Os Sursis (1187- 1244)” – evidência que as intenções franj não tem mais ligações com nenhuma noção religiosa. Se vê um cenário cruzadista de trégua entre crentes e franj, e ainda assim, antes da morte de Saladino e a sequente posse de seu irmão al-Adel, se tem uma recuperação de Acre e de Jerusalém.
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