As várias faces de um conceito

MAZZUCCHI FERREIRA, Maria Letícia. Patrimônio: as várias faces de um conceito. História em Revista, Pelotas, volume 10,29-39, dezembro/2004.

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Reflexões

01 Os representantes da construção civil do momento, que agiram desde a destruição pura e simples, visando a uma possível reconstrução, até o saque de elementos arquiteturais e decorativos.

01 Há vários interesses envolvendo o Patrimônio, sendo que a preservação real deste não é interessante para muitos, pois melhor para os especuladores é sugar do patrimônio o que lhes interessa para lucro, ou sendo através da reconstrução feito sem amor ao patrimônio não tendo o amor também não terão o compromisso com o tal.

02 Falar de Patrimônio é também falar de identidade, ou de afirmação de identidades.

02 O Patrimônio é a raiz de uma comunidade onde ali há suas lembras, origens, alegrias, medo, amores e em muitos casos ódio também ao observarmos essa identidade podemos nos deparar com as respostas de muitos porquês que em muitos casos não tínhamos respostas.

03 Colocam cadeiras e mesas na rua, reconstroem simbolicamente o lugar-Patrimônio. Importante ressaltar que uma grande parte dessa comunidade já não havia freqüentado o Los Antelitos, pois pertenciam a gerações mais recentes. Entretanto, essa memória reproduzida é na verdade aquela que mais se poderia aproximar do conceito de coletiva, construção imaginada, representação do passado. Entretanto, essa memória reproduzida é na verdade aquela que mais se poderia aproximar do conceito de coletiva, construção imaginada, representação do passado.

03 Temos aqui a amostra da importância de Patrimônio, pois esses moradores estão mostrando o real significado daquele local para cada um deles, mesmo não vivenciando o que ocorria naquele época. Eles vivenciaram aquilo tudo em forma de memórias, memórias essa que não se acabariam com uma moderna construção havia ali algo mais profundo, havia ali uma história passada de pais para filhos, uma identidade, uma raiz algo mais forte que a máquina do poder, o dinheiro, a evolução, algo mais forte que os grandes especuladores, o que havia ali era mais forte que tudo isso. Mas ao mesmo tempo era algo muito simples, o amor que aquelas pessoas tinham na história daquele lugar o amor a uma história que vez a união daquelas pessoas para preservar as lembranças de seus familiares.

06 Ao mesmo tempo, em que pese esses sentidos do sofrimento que são atribuídos aos vestígios industriais, os mesmos são de mais fácil compreensão e reconhecimento, pois falam da vida cotidiana, de pessoas comuns de ritmos modulados pela fábrica, do trabalho em si.

06 Com a preservação do Patrimônio industrial podemos entender melhor o que os operários passam naquela indústria, em que condição de trabalhos eles viviam, Legislação Trabalhistas se havia alguma no momento, modo de vida de cada um, qual maquinário usado, tudo o que envolvia não só as industrias, mas também seus funcionários e familiares.

08 Slogan “Rio Grande cidade histórica”, e a indiferença marcada pela ausência de políticas públicas para preservação