Atps anhanguera 1
Por: heysoulais • 24/9/2015 • Dissertação • 2.012 Palavras (9 Páginas) • 220 Visualizações
Celso de Mello cita a questão do ativismo judicial como algo de extrema importância
em sua entrevista, pois ele exalta atuação, do judiciário como coparticipe do processo de
modernização do Estado brasileiro, exalta também que pode suprir as lacunas da legislação no
intuito de fazer prevalecer o espirito da Carta de 88, pois ele acredita que a formulação
legislativa no Brasil não detêm imprescindível qualidade jurídica, o que fica evidenciado no
número de ações diretas promovidas perante ao STF, e pelo excesso de decisões declaratórias
de inconstitucionalidade das leis editadas pela União Federal e pelos Estados Membros sendo
que esta que esta queda na qualidade jurídica afeta a harmonia da Federação, comprometendo
muitas vezes, direitos e garantias fundamentais dos cidadãos da República.
O intuito do Ativismo Judicial era equilibrar a tripartição dos poderes. O ativismo é de
grande utilidade para a democracia.
O posicionamento não será apenas fundamentar nossos conceitos nas questões da
eficácia ou plenitude das teorizações de ambos os entrevistados, ambos são os pensadores de
nosso tempo e trabalham assertivamente na melhoria de nosso sistema jurídico, a visão um
pouco mais otimista de Cássio Schubsky, é natural, pois ele fundamenta suas teses com um
grande embasamento histórico, ele gosta de ver a compreensão de seus trabalhos e teorias
devido ao fato de que vivemos um ordenamento cheio de possibilidades de antinomias, porém
não se trata de misturas, mas sim de unidade.
PASSO 3 - ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Temos, através das duas entrevistas utilizadas para esse trabalho, a oportunidade de
vislumbrar um pouco da história do judiciário e do Brasil, o nobre historiador e jurista Cássio
Schubsky, nos mostra um prenúncio do ativismo judiciário com as importantes figuras de
Machado de Assis, Ruy Barbosa, Ulisses Guimarães, André Franco Montoro, entre tantos
Explica, com muita propriedade, a evolução do Direito, na sociedade brasileira, e
coloca em cheque a ritualística judicial, e afirma (ponto maior do nosso interesse), que o que
ocorre não é uma invasão do Poder Judiciário na autonomia dos outros poderes, mas uma
colaboração onde se detecta falhas no legislativo. Promove ainda, a discussão em torno de
medidas salutares com relação à ingerência do judiciário no legislativo e executivo, de forma
a preencher lacunas deixadas por esses poderes.
Não obstante, observamos que o Ministro José Carlos de Mello Filho, dispõe o
Supremo como “ferramenta” para “reelaborar e reinterpretar continuamente a Constituição. É
essa função, explica ele, que permite ao tribunal atualizar e ajustar a Constituição “às novas
circunstâncias históricas e exigências sociais”, atuando como “co-partícipe do processo de
modernização do Estado brasileiro”.(grifo nosso).
Verificamos que ambos os entrevistados compartilham da mesma visão em relação à
necessidade do judiciário, e em especial do Supremo Tribunal de Justiça, de colaborar e
complementar a atuação do legislativo, no que tange à disposição da Constituição.
Salienta ainda, o douto ministro, da transformação ocorrida no STF, desde sua nomeação,
galgando a função de equilíbrio entre os poderes, e entre os poderes e os próprios juízes e
Confirma a evolução do Direito, como promove o controlo de constitucionalidade dos
poderes da República, revitalizando a própria Constituição, sem alterar seu sentido,
adequando-a às novas circunstâncias históricas e exigências sociais.
O que difere no olhar dos entrevistados é a forma como enxergam o poder judiciário,
um como operador do Direito e historiador, conhece a abrangência histórica na qual se
encaixa o judiciário, e percebe o caminho que o mesmo toma na atualidade. O outro,
conhecedor dos meandros que envolvem a estrutura judiciária, a descreve com tom protetor e
funcional. Mas ambos dividem a sensação de atualização do Poder Judiciário, percebendo sua
Maior participação nos outros poderes, assumindo seu papel fundamental de
conciliador entre os poderes, não só julgando, mas dando voz às normas elaboradas no
legislativo, adequando-as à realidade da nossa sociedade.
Ressalto aqui o importante papel desenvolvido pela promotoria, em todos os níveis.
Promovendo amplamente, o direito de aplicabilidade da lei, estimulando o processo de
discussão e aprimoramento das leis. Sendo o núcleo móvel do Direito, vemos destacados
promotores, antecipando-se às lides e promovendo a paz e bem-estar social. Tudo isso graças
às inovações provocadas por esse movimento de ativismo judicial.
Cabe-nos finalmente, esclarecer que esse movimento não é exclusivo de nossa nação.
Ciclicamente, podemos observar o mesmo fato ocorrendo em outras partes do mundo,
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