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CIPRIANO CARLOS LUCKESI

Por:   •  18/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  813 Visualizações

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ESMAC – ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso

CIPRIANO CARLOS LUCKESI

Ananindeua
2015

Ana Caroline Freitas Souza

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso

CIPRIANO CARLOS LUCKESI

Resumo elaborado para a disciplina Didática, do curso de História, 3º semestre, com requisito parcial para obtenção da média bimestral.

Orientadora: Maria José.

        

        

Ananindeua
2015

LUCKESI, Cipriano Carlos. “Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso”. In: ___. Avaliação da aprendizagem escolar – 19.  Ed. - São Paulo: Cortez, 2008, p. 168 - 180.

 Diante das dificuldades que se impõem atualmente à melhoria da qualidade da educação, a avaliação destaca-se como um conjunto de conhecimentos indispensáveis ao cotidiano do educador, na medida em que se constitui como prática reflexiva do processo ensino e aprendizagem. Nesse sentido, pensar em avaliação no contexto escolar significa pensar em tomada de decisões dirigidas a melhorar o ensino e, consequentemente, a aprendizagem dos alunos.
O autor destaca que o papel da avaliação é diagnosticar a situação da aprendizagem, tendo em vista auxiliar a tomada de decisão para a melhoria da qualidade do desempenho do educando. A avaliação é processual e dinâmica, na medida em que busca meios pelos quais todos possam aprender o que é necessário para o próprio desenvolvimento, é inclusiva e automaticamente, acaba por ser um ato democrático. Luckesi é enfático ao afirmar que o ato de avaliar, uma vez que está a serviço da obtenção do melhor resultado possível, implica a disposição de acolher a realidade como ela é, seja satisfatória ou insatisfatória, agradável ou desagradável.
Nesse contexto, a avaliação da aprendizagem é defendida como um ato amoroso, ou seja, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo, ela não está no fim, como resultado da aprendizagem, selecionando os mais aptos, mas sim o sujeito que aprende, aquele que se constrói, porque a avaliação está no interior do ato educativo, é ela que garante que o processo de aprender se efetive e é esse processo que torna o aluno sujeito na "feitura" de si mesmo.
Para isso, é necessário entender a avaliação como possibilidade de vir a ser ou fazer outro de si mesmo, a construção de cada um e do coletivo como diferentes, saudáveis, alegres, cidadãos. É a prática da nossa existência se construindo com base na avaliação que fazemos de nós mesmos e das incorporações que fazemos a partir da percepção do outro conosco, de tal forma assim como sofremos a interferência, também interferimos. Assim, a formação da identidade se dá no encontro com o outro, numa construção social, e não como algo meramente objetivo e natural. O caráter da avaliação é diferente, pois propicia avanço, progressão, mudança e a criação do novo. Ana Caroline Freitas Souza Ana Caroline Freitas
Dessa forma, o avaliador, por ser avaliador, não se assusta com a realidade, mas a observa atentamente, não a julga, mas se abre para observá-la, buscando conhecer essa realidade como verdadeiramente é, e, a partir dela, criar estratégias de superação dos limites e ampliação das possibilidades, com vistas à garantia da aprendizagem. Ana Caroline Freitas Souza Ana
 De acordo com Luckesi, a prática escolar usualmente denominada “avaliação da aprendizagem” tem pouco a ver com avaliação. Ela é basicamente constituída de provas/exames, pois, na maioria das escolas, a ação do professor é limitada a transmitir e corrigir. As provas/exames têm por finalidade verificar o nível de desempenho do educando em determinado conteúdo e classificá-lo em termos de aprovação ou reprovação, por conceitos, notas ou algo semelhante. Manifesta-se, nesse contexto, uma prática seletiva, na qual aqueles que conseguem atingir os objetivos do professor são incluídos e os demais são excluídos. 
A avaliação da aprendizagem realizada nesse contexto indica uma simples verificação quantitativa daquilo que o aluno aprendeu dos conteúdos abordados; avalia-se o resultado final, e não o processo; somente são levados em consideração os aspectos técnicos da avaliação. Essa forma de mensuração do aluno leva à desvalorização e à redução dos conceitos de avaliar, ocultando importantes reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem. 
Dessa forma a avaliação exercida apenas com a função de classificar alunos não dá ênfase ao desenvolvimento e em pouco, ou em quase nada, auxilia no crescimento deles na aprendizagem. Portanto, avaliar é muito mais do que aplicar um teste, uma prova, fazer uma observação, saber se um aluno merece esta ou aquela nota, este ou aquele conceito. Avaliar é um ato rigoroso de acompanhamento da aprendizagem. Ana Caroline Freitas Souza Ana
A avaliação da aprendizagem como processo contínuo deveria buscar diagnosticar as dificuldades do aluno, o professor deveria trabalhar de forma a propiciar a superação dessas dificuldades. Nesse sentido, a avaliação destaca-se como a própria ação educativa, que tem importante papel mediador no processo de ensino e aprendizagem, o qual não está fortemente presente nas concepções dos professores investigados. Ana Caroline Freitas Souza Ana
Uma ação educativa que tenha como objetivo real a aprendizagem precisa considerar as reais necessidades dos atores do processo. Nesse sentido, a avaliação não pode ser conduzida como “julgamento”. A avaliação, nesse contexto, tem como essência diagnosticar, pois o diagnóstico inclui, uma vez que busca conhecer a realidade como ela se apresenta, tendo em vista oferecer possibilidades aos envolvidos, no sentido da superação das dificuldades. Ana
Nesse contexto, o professor tem papel fundamental no processo avaliativo e, por isso, necessita, durante a ação educativa, buscar, estimular e incentivar o aluno, com estratégias diferenciadas, possibilitando o acolhimento, a integração e a inclusão dos sujeitos do conhecimento. É imprescindível ao professor, no seu fazer cotidiano, dar oportunidade para os educandos trocarem ideias, se expressarem e participarem dos trabalhos em grupo e/ou individuais. Tal prática precisa estar pautada na harmonia, na união e no clima de afetividade entre educandos e educadores.  Ana Caroline Freitas Souza Ana. Ana Caroline Freitas Souza
A avaliação deve criar a base para a tomada de decisão e, com isso, buscar maior satisfação nos resultados alcançados. Dessa forma, e através do uso de diversos instrumentos será realmente capaz de motivar o crescimento e proporcionar a autocompreensão, bem como, aprofundar e auxiliar na aprendizagem. Ana Caroline Freitas Souza Ana Caroline Freitas Seus
O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento "definitivo" sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Deste modo, por si, é um ato amoroso. Portanto, a partir destas reflexões, concluímos com a certeza cada vez maior do compromisso que temos, como educadores, em desenvolver práticas sustentadas na formação de pessoas mais humanas e solidárias e que só podem ser possíveis se fundamentadas em atos integradores, inclusivos e acolhedores.

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