Colonização da América Espanhola
Por: Nathalia Julia Moura • 17/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.270 Palavras (6 Páginas) • 207 Visualizações
Introdução:
Esse trabalho tem como principal objetivo inserir o leitor ao contexto histórico, objetivos, formas pela qual ocorreu e consequências da colonização da América espanhola, tratando assim da conquista da América e a sua posterior colonização, cujas marcas principais estão diretamente relacionadas a expansão marítima e comercial ocorridas no final do século XV que se realizou com a perda de milhões de vidas e o extermínio completo das mais diversas civilizações indígenas.
Colonização da América espanhola:
A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização efetiva dessas novas terras pelos espanhóis em 1493, quando Cristóvão Colombo, um ano depois de ter aportado na ilha de Hispaniola (atual Santo Domingo, capital da República Dominicana) fundou a colônia de Natividade. A partir daí, iniciou-se de modo irreversível o embrião daquele que se transformaria num dos maiores impérios do mundo: O Império Espanhol na América.
Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar disso a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Depois de alguns contatos amistosos no início da colonização, ocorreu inúmeras atrocidades como a cruel matança de indígenas, sendo assim os primeiros momentos na América de pouca paz devido também as divergências existentes entre os próprios colonizadores, bem como desacertos ocorridos no processo de administração das terras conquistadas. Tudo isso ocorreu pelo fato que essa colonização foi motivada pela busca por riquezas e metais preciosos, a conversão dos índios ao cristianismo e pelo seu contexto histórico em que os mouros e judeus haviam sido definitivamente expulsos da Espanha e que o país passava por um período de transição política, através da unificação dos reinos de Aragão e Castela além de que os nativos não acostumados ao modo de vida dos europeus que se baseava numa existência sedentária, os indígenas simplesmente tendiam a não suportar tamanha diferença entre uma cultura e outra. Dessa forma, o choque entre ambas se tornou inevitável e a reação indígena assumiu as mais variadas formas: hostilidade, guerra, suicídios em massa e movimentos de resistência religiosa que levaram a extinção quase que completa da população nativa da ilha de Hispaniola.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezum, onde os europeus possuíam uma superioridade bélica que contava com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos, além da instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias e a instigação do acirramento das rivalidades entre duas tribos locais, pois dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.
A política colonial espanhola inseria-se perfeitamente dentro dos conceitos mercantilistas que dominavam a economia europeia no período da expansão ultramarina. Por sua vez, o princípio do metalismo (que estabelecia que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade de ouro e prata que a mesma possuía), aliado ao bulhonismo (que defendia a tese de que os países necessitavam ter uma balança comercial favorável), deram origem ao modelo econômico que moldou a configuração político-administrativa da Espanha em relação ao seu Império Colonial Americano, localizado a oeste do Tratado de Tordesilhas.
Tão logo foram descobertas as minas de ouro e prata no Peru e no México, a coroa espanhola começou a explorá-las, utilizando-se para isso da mão-de-obra indígena. A partir daí, foi organizado um vasto sistema de exploração econômica, que se baseava na servidão e na escravidão dos gentios da terra porem o trabalho forçado mostrou-se prejudicial aos índios, uma vez que os mesmos não estavam acostumados a uma existência calcada no trabalho sistemático e no sedentarismo imposto pelos europeus. Some-se a isso as doenças típicas do homem branco, o sadismo e o instinto bestial dos colonizadores e o resultado obtido foi a morte incontida de milhões de indígenas, bem como o desaparecimento completo das mais diversas civilizações. Entretanto, para os colonizadores isso não possuía a menor importância, pois uma vez
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