Design Gráfico: Alexandre Wollner

Para Wollner, o design no Brasil, principalmente o design gráfico, evoluiu bastante, e é reconhecido no mundo todo.  Para ele, design é projeto e não ilustração, projeto esse que condiz com a funcionalidade do produto envolvido. Temos que criar peças como um complemento do homem: você usa, gosta e respeita. Segundo ele, o design se relaciona não só com a criatividade, mas também com a tecnologia, com o significado, com a linguagem; mas não uma linguagem única como um signo, que é para ser usado somente por alguém que compra tal produto, o design é para todos.

Processo de trabalho Eucatex, 1967 (ok)

Para a construção do logotipo ele usou uma referência à proporção áurea de Leonardo Fibonacci, e referências como a do ouvido humano e os jardins que têm forma de labirinto.

Itaú, 1980-90 (ok)

Para a construção do logo segundo ele foi usado o “conceito do 4”; um quadrado, divido por 4 na vertical, na horizontal e quantas vezes fosse necessário dividir para ter uma estrutura modular, fixa, de uso de linguagem.  As próprias letras, como o T que é a letra mais alta, foi dividida por 4 partes iguais, cada parte foi dividida em 4 de acordo com a necessidade da letra e assim com todas as outras letras também. Inclusive o espacejamento e o acento agudo, também foram construídos com base no conceito do 4.

Já nas aplicações, como na arquitetura, qualquer que fosse o desenho da fachada, poderia ser circular, vertical, horizontal, alta, baixa, entre outras, era sempre dividida em 4. Então a colocação das faixadas obedece a esse critério de divisão de 4 e a colocar todos os elementos dentro dessa divisão, inclusive toda a sinalização da parte interna.

Segundo Wollner o banco Itaú foi o primeiro e exercer esse tipo de atividade de em todos os departamentos usar os critérios de design bem identificado. Todo o processo demorou 3 anos no total até ser apresentado.

O rompimento da parceria com o Itaú foi marcado logo após a mudança do logo, que até então era branco e preto, para as cores azul, amarelo e laranja, que segundo Wollner era um absurdo e sendo assim não precisariam mais de um designer.

Exposição no Masp, 1980 (ok)

Todos os painéis da exposição foram feitos a mão, ele os projetava, desenha e pintava. Teve até auxílio de algumas pessoas para desenhar e pintar esses painéis.  

Forminform, Primeiro escritório brasileiro de design, 1958 (ok)

Projetos realizados na Forminform: Coqueiro, correio do amanhã, elevadores Atlas, mais outros projetos pequenos.

Design e publicidade

Para Wollner, não dá certo design com publicidade, porque não existe possibilidade do cliente dizer se gosta ou não do trabalho.