EDUCAÇÃO DE OEIRAS APÓS TRANSFERÊNCIA DO LICEU E DO ESTABELECIMENTO DE EDUCANDOS ARTÍFICES.
Por: Áurea Nascimento • 2/11/2018 • Seminário • 980 Palavras (4 Páginas) • 223 Visualizações
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Centro de Ciências da Educação – CCE
Disciplina: História da Educação
Professor: Jurandir Gonçalves Lima
Capítulo III: EDUCAÇÃO DE OEIRAS APÓS TRANSFERÊNCIA DO LICEU E DO ESTABELECIMENTO DE EDUCANDOS ARTÍFICES. (1852-1928)
1. ERGUENDO-SE DAS CINZAS E ALÇANDO VÔO
1.1 Marasmo Educacional
Nesse capítulo a autora trata basicamente de como a educação em Oeiras após a transferência do Liceu e do Estabelecimento de Educandos Artífices para Teresina, em decorrência da mudança de capital, a tornou letárgica e o ensino perdeu vitalidade, período que se estendeu até as primeiras décadas do século XX, onde posteriormente a educação oeirense foi se consolidando e crescendo ao passar dos anos. Um dos pontos negativos a partir dessa transferência era que somente alunos com condições financeiras se preparavam para ingressar no Liceu da nova capital ou em outras instituições de cidades vizinhas, muitos desses jovens ao concluírem seus estudos não retornavam para Oeiras, pois não viam oportunidades profissionais e de trabalho na sua cidade natal. O ensino secundário foi o que mais sofreu com essas mudanças, uma vez que as aulas foram suspensas e todos os objetos de uso do professor foram enviados para Teresina, apenas as aulas de Latim e Geometria permaneceram em Oeiras, ainda assim de forma precária e arrastada. O Liceu foi restaurado pela Lei nº 599, de 9 de outubro de 1867, e autorizado seu funcionamento somente em Teresina. Desta forma o ensino secundário de Oeiras não foi mais anexado ao Liceu, retomando o modelo de aulas avulsas. Ainda assim as aulas na educação primária permaneceram ainda que de forma acanhada em Oeiras com um número bem reduzido de alunos. A instrução primária da Província, após a reforma imposta pela Resolução nº 485/ 1859, ficou dividida em três classes: na primeira classe, seriam consideradas as cadeiras de ensino primário localizadas nas cidades, já as das vilas eram classificadas como de segunda classe e as das freguesias e demais lugares eram denominadas de terceira classe. Em consequência desta divisão, os professores também foram divididos em três classes, recebendo salários e gratificações diferenciadas. Os conteúdos curriculares foram divididos a partir da região e da hierarquia social dessas classes, ficando portanto a 1ª classe com conteúdos mais complexos, que a partir da 2ª classe perdiam essa complexidade e iam ficando cada vez menos complexos. No período provincial, o Piauí foi fértil em leis e regulamentos educacionais numa tentativa de estruturação do ensino, como se uma nova lei ou um regulamento mais detalhado por si só pudesse corrigir as falhas anteriores. Utilizando esta orientação legal como suporte, o cotidiano das escolas públicas de Oeiras foi reconstituído, também podendo, em certa medida, ser estendido às demais localidades da Província, pois regulamento referido anteriormente atingia todo o sistema de ensino. A responsabilidade maior pelo atraso da instrução primária pública da Província era apontada pelas autoridades como sendo dos professores. Estes eram taxados de incompetentes e de não terem habilidade e vocação para o ensino, quase sempre sem levar em consideração fatores que contribuíam para esta situação como a baixa remuneração, a falta de prédios escolares, a carência de material didático e um local adequado. Com um quadro alarmante de analfabetismo no Piauí, foi criada uma Escola Noturna em Teresina, e Oeiras não tardou em implanta-la. Estas escolas foram criadas pela Lei provincial nº 753 e apesar deste ato ser uma tentativa plausível no combate ao analfabetismo da província, elas foram suprimidas pelo Presidente Adolfo Lamenha Lins (27/4/1873 a 27/11/1874), através da Lei Provincial nº 822, de 19 de agosto de 1873. A partir dessa realidade Oeiras implantou um sistema educacional privado, foram sendo criadas algumas escolas desta natureza, destacando entre elas o Colégio São Vicente de Paula, que atendia 26 meninos internos e externos, sob a direção de Dr. Manoel Rodrigues de Carvalho.
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