Fichamento do Cap: Os trabalhadores se revoltam: O grande massacre de gatos na Rua Saint-Séverin

‘’O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa’’ DARNTON, R
Cap. “Os trabalhadores se revoltam: O grande massacre de gatos na Rua Saint-Séverin”.

RESUMO
O texto inicia com um relato de Nicolas Contat, um jovem estagiário de uma gráfica localizada na rua Saint-Séverin em Paris no final da década de 1730 (Século XVIII).
Ele conta que testemunhou um massacre de gatos juntamente com mais dois aprendizes Jerome e Lévelle. Eles dormiam em um quarto frio e sujo, levantavam-se antes do amanhecer para cumprir suas obrigações na gráfica, não recebiam absolutamente nada além de sobras para comer, havia um cozinheiro que secretamente vendia sobras, ele dava comida de gato para os rapazes.
Naquele período os gatos ocupavam um lugar especial na casa da Rua Saint-Séverin, a mulher do patrão os adorava, em especial sua gata de estimação chamada La Grise. Os burgueses (patrões) eram apaixonados por gatos, certo burguês possuía 25 bichanos e os tratava muito bem, alimentando-os com comidas ótimas.
Por outro lado, os operários tinham que conviver com uma grande quantidade de gatos pelas ruas e também na gráfica infernizando suas vidas. Eles miavam e uivava a noite inteira no telhado do quarto dos rapazes impossibilitando-os de dormir uma noite de sono tranquila, levando os operários a exaustão.
Eles decidem agir, Lévelle que possuía um grande talento de intimidação rasteja pelo telhado até chegar próximo ao quarto de seu patrão e então começa a uivar e miar de uma maneira tão terrível que nem o patrão nem sua mulher conseguem dormir. Esse ato repete-se por diversas noites até que os patrões chegam a conclusão de que os gatos estão enfeitiçados e dão a ordem para que os trabalhadores matem todos os gatos com exceção de La Grise, a gatinha de estimação da patroa.
Armados com pedaços de ferro os trabalhadores vão atrás de todos os bichanos que conseguem encontrar, ignorando a ordem da sua patroa Lévelle mata La Grise. Após o massacre, eles se reúnem e encenam um julgamento onde os gatos saem como culpados e ministram os últimos ritos pendurando os animais em forcas. Ao ver a cena, a patroa solta um grito ao avistar um gato morto parecido com La Grise, os trabalhadores negam. O patrão ao chegar no local se enfurece ao ver que sua gráfica está parada e logo os dois se retiram do local. Os trabalhadores então festejam o massacre em um delírio de alegria, desordem e gargalhadas. Lévelle repetiria a cena morte da gata La Grise por dias através de mimica, o que era bastante comum, os homens repetiam cenas engraçadas de seu dia-dia como forma de divertimento.

 

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