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Guerra Triplice Aliança

Por:   •  23/2/2019  •  Ensaio  •  2.286 Palavras (10 Páginas)  •  118 Visualizações

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  RESUMO

Para entender as razões pelas quais o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai entram em conflito, o historiador Ricardo Sales propõe uma análise historiográfica profunda. O conflito é decorrente quase que exclusivamente da agressividade de Solano Lopes, que tinha pretensões expansionistas e homogêneas na região platina.

O Paraguai decretou guerra ao Brasil, com a invasão da região de mato grosso. Gerando assim a maior conflito aramado da America do sul. A Argentina, Uruguai e o Brasil se opuseram ao projeto nacional desenvolvimentista e agressivo de auto-suficiência paraguaio.

Durante a guerra do Paraguai, o país passou por um período de profundas modificações em sua estrutura social e econômica. Precisou se readequar economicamente, demonstrando assim a importância dos aspectos econômicos para se resolver inúmeros problemas, como logística, diplomacia e militar. Uma dessas transformações foi a formação do exército nacional.

Palavras chaves: Brasil; Guerra; Paraguai.

ABSTRACT

To understand the reasons why Brazil, Argentina, Uruguay, and Paraguay are in conflict, the historian Ricardo Sales proposes a deep historiographical analysis. The conflict arises almost exclusively from the aggressiveness of Solano Lopes, who had expansionist and homogeneous pretensions in the platinum region.

Paraguay decreed war on Brazil, with the invasion of the region of Mato Grosso. Thus generating the greatest wired conflict in South America. Argentina, Uruguay, and Brazil opposed the national development and aggressive Paraguayan self-sufficiency project.

During the war in Paraguay, the country underwent a period of profound changes in its social and economic structure. It needed to be readjusted economically, thus demonstrating the importance of economic aspects to solve many problems, such as logistics, diplomacy and military. One of these transformations was the formation of the national army.

Key words: Brazil; War; Paraguay.

INTRODUÇÃO

Quando falamos em Guerra da Tríplice Aliança, ou Guerra do Paraguai, como é mais conhecida, ainda permeiam, no imaginário popular, ideias tradicionais decorrentes de uma construção historiográfica positivista desse determinado episódio. Trabalhar sobre determinado período histórico é um desafio devido a diferentes construções historiográficas de um capítulo de nossa história nacional que permaneceu esquecido e limitado a versões oficiais. Seria o Brasil o mocinho ou o vilão ao intervir na guerra civil uruguaia? O exército nacional teria sido constituído, voluntariamente, por homens de honra que seriam capazes de dar suas as vidas a serviço da causa maior da nação? As relações contradizentes da sociedade imperial teriam ficado de lado durante o conflito? Seria o chefe do governo paraguaio um abominável e cruel ditador? Teriam os aliados libertado ou massacrado a população paraguaia?

A guerra do Paraguai trata-se do maior conflito bélico já existente entre países do continente sul americano. Um verdadeiro divisor de águas para as potências envolvidas.

REFERENCIAL TEÓRICO

ANTECEDENTES

Para entender as razões pelas quais Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai entram em conflito, o historiador Ricardo Sales propõe em XXXX, uma análise historiográfica profunda e algumas considerações aos escritos até então. Atenta para os excessos de oficialismo e factualismo das correntes mais tradicionais e para a superficialidade de alguns estudos revisionistas.

De acordo com algumas correntes tradicionais, o conflito é decorrente quase que exclusivamente da agressividade de Solano Lopes, que tinha pretensões expansionistas e homogêneas na região platina. A alegação da historiografia paraguaia de que declarava guerra ao Brasil, em função de um pedido oficial do governo uruguaio contra a intervenção de tropas imperiais no Uruguai é encarada como um pretexto para reforçar as pretensões paraguaias.

Do outro lado, a historiografia brasileira peca ao abordas os motivos e reais interesses por de trás da intervenção militar na região. Intervenção essa que apóia, na verdade, o retorno de Venâncio Flores² ao Uruguai, desafiando o governo estabelecido.

A partir da perspectiva de uma historiografia revisionista, o maior conflito armado do continente americano teria se iniciado pelo contraste de uma série de interesses. Apontam o Paraguai como um governo que tocava um projeto de nacional desenvolvimentismo, que após sua independência, relutava em bloquear os interesses ingleses e incorporar uma bandeira do um antigo projeto  de San Martin e Simon Bolívar. Com isso, teria no Brasil e nos comerciantes monopolistas de Buenos Aires, seus principais inimigos no continente, uma vez que simbolizavam os interesses ingleses na América do Sul.

Havia questões políticas, estas oriundas ainda das causas primordiais as econômicas. Depois, há o que se poderia chamar vulgarmente de “razões ideológicas”, que serviram para a propaganda, acusando o governo de Lopez de ser uma tirania, uma barbárie que se precisava exterminar para “libertar” o povo paraguaio. (CHIAVENATO, 1979, p. 11).

Antes propriamente da guerra, o Uruguai vivia um conflito armado, uma guerra civil, onde se tinham os blancos (grupo de orientação conservador e autoritário que governava o Uruguai) e os colorados (grupo de orientação liberal que formava a oposição aos blancos e contava com o apoio do Brasil e da Argentina). Os colorados, pedem apoio ao Brasil e a Argentina, que  visando garantir seus respectivos interesses, deslocam tropas. O governo brasileiro ordenou a invasão ao Uruguai. O governo paraguaio, com apoio dos blancos, como retaliação ordenou que aprendesse o navio brasileiro marquês de Olinda que navegava em águas paraguaias. A partir de então, o governo paraguaio ataca com êxito e invade a província do Mato Grosso. Seu segundo alvo em território imperial é a província do Rio Grande do Sul e para tal, Solano Lopez, invade a província de Corrientes, na Argentina. Em 1° de maio, Argentina, Brasil e Uruguai formam a Tríplice Aliança.

FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DA FORÇA MILITAR BRASILEIRA

Durante a guerra do Paraguai, o país passou por um período de profundas modificações em sua estrutura social e econômica

A decadência da produção escravista e expansão da lavoura de café no oeste paulista baseada no trabalho livre, a expanção de uma infra estrutura de serviços, o surgimento de manufaturas, estaleiros, pequenas fábricas, imigração européia e o crescimento das camadas médias urbanas.(SALLES, 1990, p55).

Uma dessas transformações foi a formação do exército nacional. O mesmo permaneceu enfraquecido desde a emancipação política, por ser encarado como uma ameaça a estabilidade do império. As funções locais e os impasses territoriais no âmbito nacional eram atribuídos a Guarda Nacional.

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